Educação Linguística

Por que falar outra língua na sala de aula é bom

Não foi há muito tempo que a educação bilíngue foi essencialmente banida da sala de aula, na Califórnia, graças a Proposição 227 . Avancemos 15 anos, e você vai descobrir que a educação bilíngüe é agora a norma – ao menos para uma cidade.

Conforme relatado no SFGate , San Francisco tornou-se rapidamente modelo em educação bilíngue na última década. Quase 30% dos alunos de Inglês da cidade estão inscritos em programas de educação bilíngue, com resultados promissores. Estudos recentes da Universidade de Stanford mostram que esses alunos são tão proficientes em seus resultados acadêmicos como alunos de ELL matriculados somente nos programas de língua inglesa.

 

Esses tipos de resultados mostram claramente que o apoio a língua nativa do aluno não é uma coisa “ruim”, no mínimo. Através de programas bilíngues, esses alunos recebem o apoio que precisam para começar a aprender, ao mesmo tempo, construir sobre as suas competências linguísticas o Inglês em um ritmo confortável.

Why Speaking Another Language in the Classroom is a Good Thing

Nem todos os distritos escolares concordam, no entanto. A maioria das cidades não são tão abertas a esta ideia como San Francisco, e não tem como a elevação de uma necessidade de apoiar a educação bilíngue, gastar  ou acabar construindo recursos para isto. Algumas administrações escolares em todo o país até tentaram “proibir” os estudantes de falar sua língua nativa completamente.
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Professores de Myanmar advertem para dificuldades na construção do censo

Professores de escolas do Estado tem a tarefa de realizar um censo deste mês na área rebelde de maioria muçulmana. Autoridades do estado de Rakhine expressaram preocupação de que a falta de conhecimento da língua local pelos professores dificulte a coleta de dados.

A preocupação aumenta ainda mais com a recusa do governo para atribuir segurança extra para a região rebelde, enquanto o censo estará sendo realizado de 30 de março a 10 de abril.

Vários professores designados para trabalhar em escolas em Maungdaw e Buthidaung, entre outros municípios no norte do estado de Rakhine, disseram ao The Myanmar Times que varias vezes suas escolas tinham afixados quadros de avisos dizendo que eles não entendem a língua dos muçulmanos tanto de Rakhine e Rohingya. No entanto, afirmam que isso é incorreto e a maioria só fala as línguas de Mianmar e Rakhine.

A Muslim man discusses the holding of the census with officials and EU ambassador to Myanmar Roland Kobia during the EU delegation's trip to Rakhine State on January 31. (Si Thu Lwin, The Myanmar Times)Autoridades de Myanmar Discutem  plano de ação para o censo

 “Apenas alguns grupos [étnicos] de Rakhine e moradores de Buthidaung e Maungdaw conhecem um pouco da língua bengali. A maior parte do resto do estado não pode compreendê-la ao todo”, disse um professor do sexo masculino da área do município de Taung Pyaw Maungdaw, que pediu para não ser identificado. Leia Mais

Carta de natureza

Com a aprovação unânime polo Parlamento da Galiza da “Lei Paz-Andrade para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia” durante a sessão plenária de 11 de março o galego “extenso e útil”, em palavras de Castelão, conhecido polo mundo adiante como “português” ganhou carta de natureza a Norte do Minho inaugurando um novo período para a língua.

Por Joam Evans Pim

JoamOs temporais das últimas semanas desvendaram um velho vapor português que naufragara frente as praias de Fisterra em 1927. O barco levava o nome de Silva Gouveia, reconhecido escultor portuense que imortalizou Eça de Queiroz em bronze. Um dia depois de que a comunicação social portuguesa anunciasse a redescoberta do navio, apareceu outro inesperado achado trazido pola maré, desta vez uma maré de mais de 17.000 pessoas.

O achado apareceu num prédio de Compostela cuja instância principal contém uma formosa vidreira na que se pode lêr “GALLAECIA”. Sob a forma de texto legal, este casco inconcluso fora abandonado no mesmo lugar em 20 de abril de 1983, quando a separação forçosa de galego e português foi imposta por decreto. Se naquela altura se defendia que “não interessa que nos entendam em Angola, Moçambique ou Brasil”, hoje o vento mudou e queremos rearmar o navio para aproveitar a “vantagem competitiva da cidadania galega”.

Com a quilha colocada em seu lugar, a Lei Paz-Andrade representa um primeiro passo para reflutuar a nossa língua. Para além dos aspectos pragmáticos e imediatos que se apresentam no articulado, a exposição de motivos da Lei faz justiça orgulhando-se da origem galaica da língua portuguesa e reconhecendo publicamente a Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, cujo vicepresidente é homenageado. Merecida homenagem, pois a Comissão foi responsável de que por primeira vez o nome da Galiza estivesse, por direito próprio, na abertura de um Tratado internacional.

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“Valentim Paz-Andrade” É APROVADA NA GALIZA.

Em votação unânime, o Parlamento Galego aprovou ontem a lei Paz-Andrade.

A Iniciativa Legislativa Popular (ILP) “Valentim Paz-Andrade”, que iniciou em 2012 e contou com 17 mil assinaturas, virou Lei e traz em seu artigo segundo que incorporará progressivamente  a “aprendizagem da língua portuguesa no âmbito das competências em línguas estrangeiras nos centros de ensino” da Galiza, devendo ainda promover – artigo terceiro – “relações a todos os níveis” com os países de língua oficial portuguesa e fomentar o “conhecimento” do português “entre os funcionários públicos”.

galiza-300x267Jóam Evans Pim, da comissão promotora da ILP “Valentín Paz-Andrade”, explicou à Lusa que, com a aprovação da legislação, mais galegos vão aprender o português no próximo ano letivo. Embora admitindo que o processo de “aplicação prática” dos diversos pontos desta legislação ainda “demorará tempo”, Jóam Evans Pim disse  que “é possível” que a parte referente ao ensino da língua “possa ser desenvolvida através de um decreto para que já no próximo ano escolar (2014-15) o português esteja presente num maior número de estabelecimentos educativos”.

No artigo quarto, o governo é instado a “favorecer e permitir” a reciprocidade das emissões televisivas e radiofónicas “entre a Comunidade Autónoma de Galiza e a República de Portugal”, com quem “partilha património linguístico”. Além disso, a empresa pública de rádio e televisão da Galiza deverá promover “intercâmbios” na produção audiovisual e cooperação em projetos comuns com televisões de língua portuguesa.

Por último, o artigo quinto estabelece que o Governo regional promoverá uma informação periódica e “pormenorizada” ao parlamento da Galiza sobre a aplicação desta legislação, ações levadas a cabo e previsão de outras a realizar. No preâmbulo da proposta de lei é vincado que o português, “nascido na velha Galiza”, é um “idioma de trabalho” em vinte organizações internacionais e língua oficial em nove países, além do território de Macau, na China. Paz-Andrade foi vice-presidente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, possibilitando a participação da Galiza nas reuniões para o acordo ortográfico da língua portuguesa que decorreram no Rio de Janeiro (1986) e em Lisboa (1990).

Fonte: IILP.

Cultura analiza creación de Instituto de Lenguas Indígenas

El director de Lenguas Indígenas del Ministerio de Cultura, José Antonio Vásquez Medina, anunció que existe una propuesta para crear el Instituto de Lenguas Originarias con la finalidad de proteger y promover su uso de acuerdo con las disposiciones vigentes. La información fue proporcionada en el marco del II Congreso Internacional de Educación Intercultural Bilingüe que se realiza en Abancay y culmina mañana 7 de diciembre.

Destacó que su jefatura trabaja en articulación con la Dirección General de Educación Intercultural Bilingüe y Rural del Ministerio de Educación, que busca fomentar y garantizar el uso de las lenguas en el ámbito público, que trascienda la escuela.

Del mismo modo, mencionó que su despacho ha diseñado cinco líneas de trabajo: una política lingüística descentralizada, investigación lingüística a través de la creación del instituto, fortalecimiento del derecho lingüístico, desarrollo de lenguas indígenas en diversos espacios y fortalecimiento de los procesos de consulta previa, para asegurar un diálogo intercultural entre los pares.

Otra de las exposiciones estuvo a cargo de Jhordan Morales, del programa de Pueblos Indígenas de la Defensoría del Pueblo, quien resaltó las acciones implementadas para la educación intercultural bilingüe. “Por primera vez tenemos un registro importante que permitirá trabajar la EIB y un proceso en marcha de docentes que hablan una lengua originaria”, sostuvo.  Asimismo, sostuvo que la entidad recomendó incorporar en el nuevo Marco Curricular Nacional el enfoque intercultural y bilingüe que permita una adecuada articulación con los diseños curriculares regionales y con los planes de desarrollo local.

Fonte: DIGEIBIR Peru.

Português na História

Curiosamente, o português surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas europeus e asiáticos. Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente acabou subdividida em cinco ramos: o helênico, de onde veio o idioma grego; o românico, que originou o português, o italiano, o francês e uma série de outras línguas denominadas latinas; o germânico, de onde surgiram o inglês e o alemão; e finalmente o céltico, que deu origem aos idiomas irlandês e gaélico. O ramo eslavo, que é o quinto, deu origem a outras diversas línguas atualmente faladas na Europa Oriental.

O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.), e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido na península Ibérica pelos conquistadores romanos. Damos o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No caso da Península Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua portuguesa.

O domínio cultural e político dos romanos na península Ibérica impôs sua língua, que, entretanto, mesclou-se com os substratos linguísticos lá existentes, dando origem a vários dialetos, genericamente chamados romanços (do latim romanice, que significa “falar à maneira dos romanos”). Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se, até constituírem novas línguas. Quando os germânicos, e posteriormente os árabes, invadiram a Península, a língua sofreu algumas modificações, porém o idioma falado pelos invasores nunca conseguiu se estabelecer totalmente.

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Somente no século XI, quando os cristãos expulsaram os árabes da península, o galego-português passou a ser falado e escrito na Lusitânia, onde também surgiram dialetos originados pelo contato do árabe com o latim. O galego-português, derivado do romanço, era um falar geograficamente limitado a toda a faixa ocidental da Península, correspondendo aos atuais territórios da Galiza e de Portugal. Em meados do século XIV, evidenciaram-se os falares do sul, notadamente da região de Lisboa. Assim, as diferenças entre o galego e o português começaram a se  acentuar. A consolidação de autonomia política, seguida da dilatação do império luso consagrou o português como língua oficial da nação. Enquanto isso, o galego se estabeleceu como uma língua variante do espanhol, que ainda é falada na Galícia,  situada na região norte da Espanha.

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