Fórum Bem Viver 2020
O Bem Viver ainda é possível?
Em 2007, o Equador ofereceu ao mundo uma iniciativa visionária, de deixar algumas das reservas de petróleo da Amazônia no solo em troca de uma compensação financeira da comunidade internacional. Alberto Acosta, o então Ministro do Petróleo do Equador, foi o principal arquiteto da proposta, projetada para salvar o Parque Nacional Yasuni, uma das regiões de maior biodiversidade do mundo.
A Maldição da Abundância (dir. Ewa Ewart, 2019), revela o dilema ideológico que o Equador enfrentou: um Bem Viver sustentável ou “duras realidades econômicas”. Este dilema está no cerne dos debates sobre ‘desenvolvimento’, ‘sustentabilidade’ e ‘justiça climática’. Mas na pandemia de hoje, tornou-se cruelmente focado como uma escolha da espécie: viva bem ou morra.
Povos originários, indígenas e tradicionais vivem bem há milênios, em biomas todos sustentados pela Amazônia que nunca foi tão vulnerável. Em tempos de medo existencial, regimes autoritários surgiram e exploram inteligências artificiais que invisivelmente nos viciam, minam e isolam, 24 horas por dia. Podemos educar a nós mesmos e a nossos filhos em casa e em nossas comunidades para renovar nossas raízes cortadas e relação sagrada com a Terra, para viver bem, à tempo?
Convidamos você primeiro assistir o filme, depois a se juntar ao nosso Fórum Bem Viver para entrar em um diálogo mundial com Alberto Acosta, Ewa Ewart (a cineasta) e especialistas-ativistas latino-americanos. O que podemos aprender com a experiência do Equador para cultivar um futuro Bem Viver?
Quando:
23 outubro, 16-18h (Brasil)
24 outubro, 10-12h (Brasil)
Onde: zoom
Com: Alberto Acosta
Alessandra Munduruku
Lideranças bem viver!
Antes do fórum, assista:
A Maldição da Abundância
(dir. Ewa Ewart, 2019)
Onde : Vimeo
Quando : 20-24 outubro
Link : https://vimeo.com/374886012
Senha : Maldicion_2019
Inscrição link:
https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZMvdumurzssG9IPUl406GYeMAC0f0ijear7
Chamada de textos para dossiê 2021/1: “Os estudos decoloniais centrados nas filosofias indígenas ameríndias”
A Revista PerCursos – Faed/Udesc receberá para análise, até 31/10/2020, artigos, resenhas, entrevistas e traduções de artigos inéditos para língua portuguesa relacionadas à temática do dossiê “Os estudos decoloniais centrados nas filosofias indígenas ameríndias”.
O presente Dossiê temático quer acolher artigos científicos que contribuam com as novas abordagens das teorias decoloniais a partir das perspectivas dos povos indígenas, seus saberes, suas práticas, seus sistemas de vida, relações socioeconômicas e com o meio ambiente, enfim, um conjunto de práticas e saberes específicos. Reunir perspectivas teóricas que tenham centralidade nas vivências dos povos indígenas, que apontem para o rompimento com a colonialidade e que sejam referências nas teorias decoloniais.
Os estudos decoloniais ganharam importante espaço nas produções acadêmicas nas últimas décadas, estabelecendo novas e profundas viradas epistêmicas ao criticar profundamente a colonialidade do poder, do saber e do ser. São produções que questionam a dominação colonial e propõem uma nova forma de pensar e de relacionar-se a partir de novos lugares e de outros valores, rompendo com a dominação histórica e o racismo epistêmico. Os saberes dos povos indígenas são centrais nesse processo, porque além da rica diversidade estão ancorados em experiências milenares, que se formaram a partir das próprias ciências nativas, de experimentos e vivências com o ambiente latino-americano, ou seja, gestados no Território de Abya Yala, conforme definem alguns povos o espaço continental. Ao longo da história dos últimos 528 anos da invasão Ibérica no continente, os saberes dos povos originários não foram considerados, exceto aqueles usurpados para serem transformados em mercadoria. Ocorreu o processo que o professor Boaventura de Sousa Santos definiu como epistemicídio, ou seja, tentativas de eliminação e substituição dos saberes nativos.
Apesar da violência história, os povos originários resistiram. O presente dossiê deseja revelar o grande desafio de conhecer a história e os saberes dos povos indígenas como apontamento para superação de diversas mazelas humanitárias. São temas que partem do pressuposto da interculturalidade e interdisciplinaridade não apenas nas áreas da antropologia e história, mas nas diversas áreas do conhecimento.
O dossiê integrará a primeira edição do ano de 2021 e será organizado pelos professores Clovis Antonio Brighent (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), Rosane Freire Lacerda (Universidade Federal de Pernambuco ) e Saulo Ferreira Feitosa (Universidade Federal de Pernambuco).
Semana de la Diversidad Cultural y Lingüística 2020 – Participe online!
Participe do evento online: https://www.facebook.com/events/268375497616761/
Organizado por Ministerio de Cultura del Perú
Semana de la Diversidad Cultural y Lingüística 2020: Cambiemos la historia
Hora: 6:00 p. m.
Transmisión en alianza con el Gran Teatro Nacional: “Cantos del Ande”, concierto del Coro Nacional de Niños con la participación de Pelo d’Ambrosio y el Conjunto Musical del Ballet Folclórico Nacional.
Disfrútalo a través de #GTNenVivo: bit.ly/CantosAndeGTNenVivo
Hora 10:00 a. m. – 12:30 p. m.
Foro Virtual Binacional: Avances y retos sobre la implementación de políticas públicas para la población afrodescendiente en Perú y Colombia. En alianza con el Ministerio del Interior de Colombia.
Hora: 6:00 p. m.
Conversatorio por el Día Nacional e Internacional de la Diversidad Cultural, en alianzas con las Direcciones Desconcentradas de Cultura de Junín, Ayacucho, Huánuco y Huancavelica: La diversidad cultural y su problemática en contextos de crisis sanitaria.
Hora: 4.00 p. m. – 5.30 p. m.
Hora: 6.00 p. m. – 7.30 p. m.
Hora: 2.30 p. m. – 4.00 p. m.
Hora: 4.30 p. m. – 6.00 p. m.
Hora: 6.30 p. m. – 8.00 p. m.
Ver aquí.► https://vimeo.com/409307885
Contraseña: keneconexiones
Ver aquí.► https://bit.ly/SembradorasVOD
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Ver aquí.► https://bit.ly/RioVerdeVOD
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Indígenas no espaço urbano: não foi a aldeia que chegou na cidade mas a cidade que chegou na aldeia
Quando se fala em indígenas sempre parece algo longe de nós, que não nos pertence, que está lá longe, na mata, na história etc. Para essa parcela da população, é reservado somente preconceitos e estereótipos. Até mesmo o termo “cultura indígena” costuma ser usado de forma romântica por quem se diz do meio, por desconhecimento, falta de acesso a informações mais coerentes ou preguiça. Mas o fato é: sempre tivemos indígenas entre nós.
Já nos séculos XIV e XVIII, há registros de cidades indígenas brasileiras, latino-americanas e dos povos polinésios. Somente no Brasil temos mais de 10 mil anos de presença humana. No estado de São Paulo, no mínimo 1700 anos levando em consideração exemplos de vestígios de cerâmica Guarani achados no interior do estado ao longo do Caminho do Peabiru, antiga e gigante trilha indígena que começava em Cuzco no Peru e terminava entre São Paulo e Rio de Janeiro, ou registros arqueológicos em cidades que até hoje mantém seu nome indígena, como por exemplo Indaiatuba. Também é sabido que na Amazônia brasileira tivemos cidades indígenas, assim como no nordeste.
Povo Jamamadi Deni – Caderno da Semana dos Povos Indígenas 2020
Povo Jamamadi Deni – Festa e resistência na Amazônia brasileira
A Amazônia brasileira vem sofrendo em decorrência do desmatamento, das queimadas, dos avanços agropecuários, da grilagem de terra e das mudanças climáticas. Esses impactos são também sentidos diretamente pelas comunidades indígenas que ali vivem.
Em um momento em que, cada vez mais, essas questões estão em pauta, o COMIN dá visibilidade a um importante povo indígena amazônico, que nos mostra como fazer resistência mantendo-se em seu território: o povo Jamamadi Deni.
No Caderno da Semana dos Povos Indígenas 2020, elaborado junto às pessoas indígenas, você tem a oportunidade de conhecer a comunidade do Tocimão, localizada na Terra Indígena Inauiní Teuiní (AM), e aprender com esse povo que fazer festa é resistir!

Acesse a publicação: http://comin.org.br/publicacoes/interna/id/116.