Oficinas “Línguas de imigração como patrimônio”, em Blumenau
Aconteceu no dia 09 de abril, na Sede da AMMVI – Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, em Blumenau, oficina do Projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”, contemplado pelo edital Edital Elisabete Anderle, da Fundação Catarinense de Cultura.
Na oportunidade, os pesquisadores do IPOL, Gilvan Müller de Oliveira, Rosângela Morello, Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira participaram de debates acerca da imigração no Brasil e do deslocamento necessário para uma compreensão das línguas de imigração não mais como um “problema”, e sim, como direito e como recurso linguísticos. Compreensão essa que tem apoiado a construção de políticas que visam garantir o futuro dessas línguas, tais quais o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) e as cooficializações de línguas em âmbito municipal, ambas debatidas nas oficinas.
A participação da Professora Maristela Pereira Fritzen, da FURB, enriqueceu a oficina trazendo o panorama das atividades que envolvem as línguas de imigração, sobretudo as de origem alemã, no Vale do Itajaí. A professora e pesquisadora situou o público presente sobre as pesquisas que vem sendo desenvolvidas, trazendo muitos exemplos que contextualizam vários fenômenos linguísticos e identitários que influenciam na manutenção e/ou perda dessas línguas na região.
No início da tarde, Rosângela Morello apresentou um panorama das cooficializações de línguas em nível municipal no Brasil, discutindo as potencialidades dessa política que vem se disseminando e que já alcança 11 línguas (4 de descentes de imigrantes e 7 de indígenas) em 19 municípios brasileiros.
A rodada de conversa do segundo dia de oficinas foi finalizada com um trabalho em grupo para a elaboração de proposições para a promoção das línguas de imigração na região e os grupos presentes socializaram suas reflexões e propostas.
Em breve o IPOL divulgará novas notícias, programação e um fechamento especial do ciclo de ações realizadas na região, contemplando o lançamento de documentário produzido pelo IPOL e que busca valorizar os saberes, memórias e fazeres culinários dos povos envolvidos “das doçuras às amarguras”, como se referiu a pesquisadora Rosângela Morello, no prefácio do livro Receitas de Imigração, também produzido no âmbito das atividades recentes realizadas no Vale do Itajaí.
Fonte: IPOL Comunicação
“The Music of German Emigrants Outside Europe in the 18th and 19th Centuries”
International Conference
“The Music of German Emigrants Outside Europe in the 18th and 19th Centuries”
4 to 6 May 2016
UDESC Florianópolis and FURB Blumenau
The musical practice of German emigrants outside Europe in the 18th and 19th centuries has already been the subject of musicological research – although not substantially from within Germany itself. The musical practice of the Moravians or Pennsylvania Dutch, for example, has already been well documented, reconstructed and contextualized; the musical life within German settlements in Southern Brazil during the late 19th century has been the focus of several master theses at local universities. Furthermore, the musical activities of missionaries in the colonial history of the German Empire in Africa has been investigated.
2ª Oficina do Projeto “Línguas de imigração como patrimônio” em Blumenau
Neste sábado, 9 de abril, acontece na Sede da AMMVI, Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, em Blumenau, o segundo dia de oficina do Projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”. O projeto, contemplado pelo edital Elisabete Anderle de Estimulo à Cultura 2014 é coordenado pela pesquisadora do IPOL e do NAUI – Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural – da UFSC, Mariela F. da Silveira e e executado pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística(IPOL).
O Projeto objetiva, através das oficinas, promover a educação patrimonial com destaque ao cenário plurilíngue e multicultural e às histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da culinária.
o primeiro dia de oficinas ocorreu no dia 19 de março e encerrou com o lançamento do Livro Receitas de Imigração. Segundo a equipe de trabalho, espera-se que o público esteja novamente presente para continuidade. Neste sábado, será abordado o tema Línguas e Imigração no Brasil. Outros participantes ainda podem se inscrever.
Mais informações: lingua.patrimonio@gmail.com ou telefone: (48) 9122-8517
Serviço:
O quê: Inscrições gratuitas para Oficinas do projeto “Línguas de Imigração como Patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”
Onde: Sede da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí. Rua Alberto Stein, n° 466, Bairro Velha, Blumenau
Quando: Oficina “Línguas e Imigração no Brasil” em 09/04/2016
Oficina “Línguas e políticas de reconhecimento e promoção” em 14/05/2016
Quem pode participar?
Membros das comunidades da região (professores, lideranças, comunidade em geral);
Gestores locais (representantes de Secretaria de Cultura, Secretaria de Educação e de associações);
Inscrição: no endereço https://docs.google.com/…/1E1MHt4PsBM7-laUH201UyuqJHuw…/edit ou entre em contato pelo e-mail lingua.patrimonio@gmail.com ou telefone: (48) 9122-8517
Fonte: IPOL Comunicação
Final de semana com atividades do IPOL no Vale do Itajaí
Aconteceu no sábado, dia 19, na Sede da AMMVI, em Blumenau, a Oficina do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”.
O Projeto, contemplado pelo edital Elisabete Anderle de estimulo à Cultura/ 2014, prevê a realização de oficinas, objetiva promover a educação patrimonial com destaque ao cenário plurilíngue e multicultural e às histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da culinária.
Participaram da Oficina representantes do IPOL, do IPHAN, autoridades locais e interessados no tema.
Após a abertura do evento pela coordenadora geral do IPOL, Rosângela Morello, a palavra foi dada à representante do IPHAN regional, a historiadora Regina Helena Meirelles Santiago,que situou as ações do IPHAN e a parceria com o IPOL no campo da promoção da diversidade linguística.
Para a temática da oficina – Diversidade Linguística e Patrimônio, foi convidado Gilvan Müller de Oliveira, professor adjunto da UFSC e assessor do IPOL que, retomando situações ocorridas em diferentes momentos e países, contextualizou a importância histórica das políticas linguísticas no Brasil e no mundo.
Sobre as línguas do vale, ressaltou os momentos de repressão vividos pelas línguas, em diferentes momentos históricos e destacou o fato de que, apesar dessa repressão, houve o que os estudiosos chamam de um processo de aclimatação das línguas, ou seja, como uma planta que se adapta a sua nova paisagem, muitas línguas brasileiras, entre as quais o alemão, polonês e italiano, viveram transformações e se adequaram ao novo solo cultural.
Para entender o quanto as discussões a respeito da diversidade étnica e linguística são recentes, Gilvan lembrou que apenas em 1988 os indígenas foram reconhecidos como cidadãos brasileiros e explicou que “desde 1988 estamos tento uma mudança de rumo, de olhar a diversidade brasileira e a diversidade no mundo, exigindo que os estados criem e estimulem formas de governanças que contemplem a diversidade étnica, linguística, religiosa nas nações, plurais em sua natureza.”
Dando continuidade, Rosângela Morello, coordenadora do IPOL, contextualizou as políticas de legimitação das línguas no Brasil, destacando que são muito atuais e estão servindo de exemplo para outros países que ensaiam formas de reconhecer e valorizar as suas línguas. Desde 2001, o IPOL esteve envolvido com a criação de políticas que culminaram, em 2006, com o INDL – Inventário Nacional da Diversidade Linguística, uma ação que permitiu, segundo a pesquisadora “mapear um conjunto de ações, gerando dados que mostrassem como e onde funcionam as línguas e qual seu grau de vitalidade.” Na metodologia do INDL houve a necessidade de categorização das línguas presentes no Brasil, pois dependendo do número de falantes e regiões onde habitam, há demandas diferentes de organização e métodos de pesquisa para olhar e compreender as situações nas quais as línguas funcionam. Houve interação e debates com os participantes. Na última parte da oficina, o grupo assistiu ao filme “Meio”, que aguçou o debate sobre a percepção de falantes sobre suas línguas.
O lançamento do livro Receitas de Imigração iniciou com a saudação em italiano de Paola Da Rui Gadotti, 9 anos, neta de Oliva e Mário Da Rui, moradores de Timbó e que foram entrevistados durante a pesquisa que conduziu ao livro. A publicação foi produzida no âmbito do projeto Receitas da Imigração – Língua e Memória na Preservação da Arte Culinária (2011-2014) fomentado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) através do Edital do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial-PNPI/2012 e executado pelo IPOL.
Na cerimônia de lançamento, o Presidente do Colegiado de Cultura da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), José Gabriel Corrêa, iniciou dizendo que desde o início do projeto esteve à disposição do IPOL para ajudar a concretizar a ideia. Segundo ele, o livro é importante para a região, pois a gastronomia significa muito para os municípios e através dela se organizam muitos encontros entre moradores das comunidades e de outras pessoas que visitam o Vale. Para ele, o livro é especial, pois nele são contadas as histórias do povo do Vale do Itajaí.
Regina Helena Meirelles Santiago, representante do IPHAN, também destacou a importância da Constituição de 1988, a partir da qual o conceito de patrimônio mudou sua natureza, se deslocando do sentido mais físico e material para a concepção de patrimônio imaterial, que exige formas diferentes de preservar. O livro, de acordo com Regina “é manifestação da concepção de patrimônio dos moradores das comunidades do Vale do Itajaí, ou seja, significa o que é importante para eles, o que eles julgam importante guardar nesse registro, através do trabalho de pesquisa.”
Como coordenadora do IPOL, Rosângela saudou a todos, conectando a pesquisa sobre as receitas e as imigrações com outros contextos no Brasil, em especial com o Espírito Santo, estado também plurilíngue. Ressaltou a atuação do IPOL no Vale do Itajaí, citando os projetos desenvolvidos e seus desdobramentos.
Ao final, as pesquisadoras Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira destacaram a importância da pesquisa e um pouco mais do processo que viveram de escuta e registro das histórias, envolvendo a imigração dos diferentes povos que constituíram a região.
Ana Paula destacou que a escolha das receitas foi feita pelos moradores e agradeceu às Instituições que apoiaram o projeto, aos parceiros de trabalho no IPOL e principalmente às famílias presentes, citando as famílias envolvidas presentes e lembrando também aquelas que não estavam.
Mariela Silveira também agradeceu a oportunidade de participar do Projeto e enfatizou como as histórias ouvidas no Vale nos remetem a tantas outras histórias de nosso Brasil, que precisam ser escutadas e valorizadas.
Finalmente, os familiares presentes manifestaram os agradecimentos ao Projeto e com muita emoção o dia terminou com o sentimento comum de gratidão, de alegria sincera e celebração ao finalizar um trabalho que partilha saberes e fazeres dos moradores do Vale do Itajaí.
Fonte: IPOL Comunicação
Inscrições para oficinas do projeto línguas de imigração como patrimônio
Estão abertas as inscrições para as oficinas do projeto “Línguas de imigração como patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”, coordenado pela pesquisadora do IPOL e do NAUI – Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural – da UFSC, Mariela F. da Silveira
e executado pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL). O Projeto do IPOL, contemplado pelo edital Elisabete Anderle de Estimulo à Cultura 2014, prevê a realização de três oficinas objetivando promover a educação patrimonial com destaque ao cenário plurilíngue e multicultural e às histórias das imigrações e das comunidades linguísticas da região através da culinária.
As oficinas são gratuitas e serão realizadas neste semestre na Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), em Blumenau, nos dias 19 de março, 9 de abril e 14 de maio de 2016. Vagas limitadas.
Serviço:
O quê: Inscrições gratuitas para Oficinas do projeto “Línguas de Imigração como Patrimônio: (re)conhecendo a diversidade linguística no sabor da herança culinária”
Onde: Sede da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí. Rua Alberto Stein, n° 466, Bairro Velha, Blumenau
Quando:
Oficina 1 “Diversidade Linguística e Patrimônio” em 19/03/2016
Oficina 2 “Línguas e Imigração no Brasil” em 09/04/2016
Oficina 3 “Línguas e políticas de reconhecimento e promoção” em 14/05/2016
Quem pode participar?
Membros das comunidades da região (professores, lideranças, comunidade em geral);
Gestores locais (representantes de Secretaria de Cultura, Secretaria de Educação e de associações);
Inscrição: no endereço https://docs.google.com/…/1E1MHt4PsBM7-laUH201UyuqJHuw…/edit ou entre em contato pelo e-mail lingua.patrimonio@gmail.com ou telefone: (48) 9122-8517
Fonte: IPOL/Notícias da UFSC
Carta do IV Seminário dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense
Carta do IV Seminário dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense
Divulgamos nesta postagem a Carta do IV Seminário dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense, que teve como tema “Construindo a política de Educação Escolar Indígena”. O Seminário foi realizado entre os dias 26 e 28 de novembro de 2015, na cidade de Marabá-PA.
Clique aqui para baixar o pdf com o texto da Carta