Edital em Libras do Enem já está disponível
Sabia que o edital do Enem 2021 já está disponível? Mas, eu não estou falando daquele edital impresso que você certamente imaginou. Estou falando do edital em Libras, a língua brasileira de sinais. Ele faz parte da política de acessibilidade e inclusão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, o INEP, que visa ampliar as oportunidades de participação da sociedade nos exames.
Joaquim Emanuel Barbosa é surdo implantado, ou seja, ele recebeu um dispositivo médico eletrônico que possibilita ouvir. Assim ele é bilíngue, pois pode se comunicar oralmente ou por meio da língua brasileira de sinais. Para ele, o edital nesse formato vai permitir a compreensão das pessoas surdas que aprenderam muito mais a Libras que o Português escrito. “Trazer acessibilidade para as informações chegarem a todo o público eu acho extremamente importante, até mesmo para os pais, vamos dizer que o pai não seja ouvinte e não é fluente na língua portuguesa a modalidade escrita, ele vê o edital em Libras, ele consegue entender tudo o que ele precisa para acompanhar o filho dele”, diz.
As inscrições para o Enem 2021 vão de 30 de junho à 14 de julho e os participantes que solicitarem atendimento especializado e tiverem o pedido aprovado poderão usar materiais próprios durante as provas. Também estarão disponíveis a prova ampliada, a super ampliada e a por contraste. As provas serão aplicadas nos dias 21 de 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a versão impressa. E o edital em Libras pode ser visto no canal do Inep no Youtube.
Por Tony Ribeiro* – Brasília
*Com supervisão de Sâmia Mendes
Edição: Sâmia Mendes/Edgard Matsuki
Sandra Goulart Almeida assume presidência da AUGM
Reitora da UFMG é a primeira mulher a ocupar o cargo; entidade completa 30 anos em outubro
Congresso Internacional PluEnPLi – Plurilinguismo, Ensino de Línguas e Políticas Linguísticas
Congresso Internacional nas temáticas de Plurilinguismo, Ensino de Línguas e Políticas Linguísticas, envolvendo pesquisadores de diversas línguas hegemônicas e minoritárias. O evento será gratuito e realizado virtualmente nos dias 27, 28 e 29 de setembro de 2021.
As submissões de propostas de minicursos e comunicações são gratuitas e devem ser realizadas pelo site do evento até dia 25/07/2021.
O IPOl estará presente com a participação da Coordenadora Professora Doutora Rosângela Morello na Mesa-Redonda 2 – Plurilinguismo e Políticas Linguísticas!
Toda a informação pode ser consultada aqui
Dicionários de línguas indígenas estão disponíveis para download gratuito
Segundo a USP, estima-se que, antes da vinda dos portugueses, havia entre 600 a mil línguas sendo faladas pelos nativos indígenas

Foto: Reprodução
Adna Fernandes e Malu Souza / Agência UniCEUB
Com o objetivo de sensibilizar o país para a Década Internacional das Línguas Indígenas (2020-2032), o Museu do Índio, da Funai, desenvolveu quatro aplicativos com dicionários das línguas Guató, Ye’kwana, Sanöma e Kawahiva.
Segundo um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), de 2020, estima-se que, no período que antecede a vinda dos portugueses para o Brasil, havia entre 600 a mil línguas sendo faladas pelos nativos indígenas.
Antes que esses povos fossem colonizados, eles possuíam as próprias tradições; vestimentas; comidas; músicas; rituais e, é claro, as línguas tradicionais, criadas pelos ancestrais.
Histórico de lutas
Segundo a professora de linguística Flávia de Castro, o estudo sobre essas línguas é importante, porque, isso dá a possibilidade de conhecer a diversidade cultural do Brasil. “Isso inclui também ter conhecimento histórico, de reivindicações, de lutas”, afirma.
As linguagens indígenas diferem da língua que estamos acostumados a falar e escrever e, assim como o português, os idiomas desses nativos são riquíssimos, carregados de muita identidade.
Os aplicativos
Foram implementados quatro aplicativos, cada um com uma língua indígena diferente, desenvolvidos pelo Museu do índio da Funai, com o intuito de traduzir palavras dessas línguas (Guató, Ye’kwana, Sanöma e Kawahiva), para o português.
As tecnologias se encontram disponíveis para download no Google Play, de forma gratuita. Assim, o aprendizado dessas línguas, mesmo que básico, fica mais acessível e simplificado.
A construção de cada aplicativo contou com uma equipe de pesquisadores indígenas, não indígenas e por pessoas sábias das tribos.
O desenvolvimento de cada dicionário demandou a organização de oficinas com a pretensão de reunir todo o conhecimento necessário para aplicar na descrição de cada palavra, da fonética, na contextualização e para a gravação dos áudios.
Conheça o projeto de documentação das línguas indígenas
Em entrevista para o Museu do Índio, o pesquisador Helder Perri, principal responsável pela estrutura da Plataforma Japiim, destacou a importância do trabalho como devolução aos povos indígenas do resultado das pesquisas:
“Acredito que o dicionário digital possa aumentar o acesso dos povos indígenas ao material que se pesquisa e documenta sobre sua própria língua”, contou.
A professora Flávia de Castro, que também já teve a oportunidade de pesquisar sobre línguas indígenas, explica que o respeito às tradições é forma de resistência. “É interessante saber o que os povos indígenas pensam sobre essas pessoas, que não são nativas em suas tribos, que tem acesso a esses conhecimentos tradicionais. Isso também não é uma questão simples, temos que levantar”.
A pesquisadora também lembra de outra tecnologia envolvendo as linguísticas indígenas, a opção de celulares serem configurados nesses idiomas. Hoje, empresas que fornecerem smartphones inseriram as línguas Nheengatu, ou Tupi moderno, e o Kaingang, como alternativa de uso.
Os povos indígenas no Brasil
O Instituto Socioambiental (ISA) do Brasil disponibiliza todos os dados a respeito dos povos indígenas que existem no país, como políticas, direitos, iniciativas, terras e, acessando o site, Povos Indígenas no Brasil, é possível encontrar o nome de todas as tribos existentes, divididas por estado e todas as línguas, que são faladas por eles.
Destino Brasil: Programa de mobilidade virtual internacional
O que é o Programa Destino Brasil?
É um programa de mobilidade virtual internacional, oferecido pela Andifes, em colaboração com as instituições federais de ensino superior brasileiras e destinado prioritariamente aos parceiros internacionais, com o intuito de dar visibilidade internacional ao Ensino Superior brasileiro na esfera federal. Esta é a edição piloto, com foco em cursos concentrados nos meses de julho e agosto, no período de recesso escolar de muitos de nossos parceiros em outros países.
Quais são os objetivos do programa?
Propor uma oferta coletiva, no âmbito da ANDIFES, de cursos em caráter extensionista livre, a serem oferecidos em língua estrangeira a parceiros internacionais, proporcionando uma imersão nas línguas e culturas brasileiras, através de um processo de mobilidade virtual. Dessa forma, pretende-se (1) estabelecer uma ação de internacionalização em nível nacional; (2) aumentar a visibilidade do Ensino Superior brasileiro no exterior; (3) valorizar e disseminar a língua e a diversidade cultural brasileira; (4) fortalecer o processo de internacionalização das IFES e (5) contribuir para o processo de internacionalização em casa.
Qual é o público-alvo e quantas vagas serão disponibilizadas?
O público-alvo são docentes, discentes e staff de instituições estrangeiras, parceiras das IFES brasileiras, bem como as comunidades acadêmicas das próprias IFES ofertantes. Serão 103 cursos ofertados por 42 IFES. Cada curso oferece entre 20 e 50 vagas, com um total de aproximadamente 3000 vagas disponíveis. 70% das vagas são reservadas para os parceiros internacionais e 30% a membros das comunidades acadêmicas das IFES brasileiras.
Os cursos estão organizados em um Catálogo disponível em:
Texto adaptado de https://www.andifes.org.br/?p=87814
52 minorias étnicas têm suas próprias línguas faladas na China, diz livro branco
Beijing, 24 jun (Xinhua) — Das 55 minorias étnicas da China, 52 têm suas próprias línguas faladas, com exceção da Hui, que historicamente usam a língua da etnia Han, e as pessoas Manchu e She, que geralmente também usam a língua da etnia Han, de acordo com um livro branco divulgado na quinta-feira.
O livro branco sobre a prática do Partido Comunista da China em respeitar e proteger os direitos humanos foi divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado.
Mais de 20 grupos de minorias étnicas usam quase 30 escritas, segundo o livro branco.
O documento acrescentou que o governo chinês protege por lei o uso legítimo das línguas faladas e escritas das minorias étnicas nas áreas de administração e magistratura, imprensa e publicação, rádio, cinema e televisão, e cultura e educação.
Via portuguese.xinhuanet.com