Nova plataforma de produção audiovisual em língua occitana

ÒCvod é a nova plataforma de produção audiovisual em língua occitana, com exibições em streaming de séries, desenhos animados, filmes e documentários. Essa plataforma é um projeto da associação Conta’m, responsável pela produção e distribuição de filmes de animação, filmes e programas audiovisuais em occitano.
UMA FORMA DE DIVULGAR A LÍNGUA OCCITANA PARA MAIS PESSOAS
A criação da plataforma ÒCvod foi possível graças ao trabalho conjunto entre Conta’m e a associação bretã Dizale. O novo projeto tem um duplo objetivo: atender ao público que costuma assistir a filmes e séries por meio da Internet, e difundir a língua occitana para um público maior. Nesse sentido, os usuários podem pagar pelo serviço ÒCvod+, que permite alugar um filme na plataforma por 48 horas, ou fazer uma assinatura mensal. A primeira opção custa 4.99€; a segunda tem o preço mensal de 5.99€.
As produções estão disponibilizadas em três dialetos da língua occitana: gascão, bretão e languedociano. As legendas, por sua vez, estão em occitano e francês.
Sobre a língua occitana
Na Catalunha, a língua occitana é falada na comarca de Vall d’Aran, onde é conhecida, também, como aranês, e é uma das três línguas oficiais, além do castelhano e do catalão, que é a língua própria da Catalunha.
O occitano tem como principal referência geográfica a região da Occitânia, administrativamente situada na França, e que engloba, por exemplo, o território da Catalunha Norte.
Comissão aprova projeto que prevê línguas indígenas como cooficiais
Texto foi aprovado em 2019 pela Comissão de Direitos Humanos

Sâmia Bomfim recomendou a aprovação da proposta. Fonte: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (8) o Projeto de Lei 3074/19, pelo qual os municípios que possuem comunidades indígenas passarão a ter os idiomas indígenas como línguas cooficiais.
A relatora no colegiado, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), recomendou a aprovação. “A cooficialização de línguas indígenas nas cidades onde há notória presença dessas populações poderá auxiliar na inclusão das comunidades e na garantia de direitos públicos básicos”, afirmou a parlamentar.
Pelo texto aprovado, o reconhecimento garantirá a prestação de serviços e a disponibilização de documentos públicos nas línguas oficial (português) e cooficiais. No Brasil, as cooficiais são adotadas apenas em nível municipal.
O autor da proposta, deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), disse que no País são faladas atualmente 180 línguas indígenas. São João da Cachoeira (AM), Tacuru (MS) e Bonfim (RR) já aprovaram leis que reconhecem as cooficiais.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Em 2019, o texto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Ana Chalub
Fonte: Agência Câmara de Notícias
ONU anuncia mais 175 livros infantis para Clube de Leitura ODS
Objetivo é incentivar a leitura e ampliar o conhecimento das crianças
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem um desafio a ser cumprido até 2030: são os objetivos do desenvolvimento sustentável. Essa agenda inclui 17 metas que todas as nações devem realizar para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente, o clima e garantir a paz.
E esse assunto também deve ser conhecido pelas crianças. Com o objetivo de incentivar a leitura e ampliar o conhecimento do público infantil, foram anunciadas as 175 obras escolhidas para aumentar o Clube de Leitura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma coleção de livros em língua portuguesa voltada para o público infantil.
Mais de mil inscrições para inclusão de títulos no clube foram feitas. Após a votação, realizada pelos leitores, a lista dos selecionados foi divulgada pelas organizações do setor editorial do Brasil e de Portugal.
Quem quiser ler essas obras, pode conferir no site da Câmara Brasileira do Livro. Entre os títulos estão Crianças na escuridão, A reforma da natureza, A boca da Noite, ABCdelas, dentre outros, todos com o propósito de ensinar crianças de 6 a 12 anos sobre temas relevantes da sociedade.
Ainda nesse mês, as obras escolhidas também serão publicadas no site da ONU.
No total, os livros estão disponíveis também nas seis línguas oficiais da ONU: árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que servem como norte para a escolha das obras, englobam temas que vão de saúde à igualdade de gêneros e educação.
Publicado em 13/06/2021 – 10:43 Por Luísa Câmara* – Estagiária da Rádio Nacional – Brasília
* Com supervisão de Raquel Mariano.
Edição: Raquel Mariano/ Renata Batista
Eduplay é o novo portal de conteúdos audiovisuais para universitários
Universitários do país contam agora com acesso gratuito a conteúdos audiovisuais exclusivos produzidos por instituições federais de ensino superior por meio de uma nova plataforma digital: o portal Eduplay.
Lançada nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação, a ferramenta foi desenvolvida em parceria com a RNP, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.
O Eduplay conta com tecnologia de transmissão em múltiplos formatos e, atualmente, disponibiliza mais de 30 mil vídeos educativos. Para otimizar o tempo dos estudantes, as transmissões ao vivo, videoaulas, programas de televisão, rádio e podcast são livres de propagandas comerciais.
Durante a cerimônia de lançamento da plataforma, o ministro de Educação, Milton Ribeiro, destacou que a pandemia conferiu importância ainda maior às ferramentas digitais.
O portal também dá acesso a canais de TV e rádio, como o Canal Saúde, da Fiocruz, e a TV Escola, além dos produtos da nossa EBC, Empresa Brasil de Comunicação. A programação ao vivo da TV Brasil e da Rádio Nacional estão disponíveis no site.
Destinada a alunos universitários, professores e pesquisadores, e aberta para visualização pública, a Eduplay quer se tornar o maior repositório de conteúdos audiovisuais para o ensino superior no Brasil.
O Secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas, destacou que a ferramenta é resultado de conhecimentos adquiridos ao longo de anos.
O MEC informa que está desenvolvendo o uso de inteligência artificial para geração de legendas e interpretação automática no site em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.
Os conteúdos já estão disponíveis e podem ser acessados na plataforma do Eduplay.
Edição: Bianca Paiva/ Beatriz Arcoverde
Por Daniella Longuinho, Repórter da Rádio Nacional – Brasília
Monsenhor Tabosa adota língua Tupi como cooficial e planeja instituir ensino do idioma nas escolas
O município no Sertão Central cearense tem cerca de 4.000 descendentes de povos indígenas

A História ensina que o colonizador português ocupou e impôs a sua cultura, língua e religião aos povos nativos. As tribos foram dizimadas na costa e no interior nordestino. Cinco séculos depois, uma iniciativa visa reconhecer e resgatar o ensino da língua indígena Tupi-nheengatu, no município de Monsenhor Tabosa, localizado no Sertão Central cearense.
A língua Nheengatu, frequentemente escrita Nhengatu, é indígena, da família de línguas Tupi-Guarani e derivada do tronco tupi. O texto da lei ainda institui a criação de programas comunitários para fomentar o aprendizado do idioma.
A Câmara Municipal de Monsenhor Tabosa aprovou por unanimidade um projeto de lei que reconhece a língua nativa Tupi-nheengatu como língua cooficial do município. O texto legal já foi sancionado pelo prefeito Salomão de Araújo Souza, que é descendente de povos indígenas.
“Estou muito feliz por essa aprovação e a alegria vai ser maior e o sonho vai se concretizar quando o ensino iniciar na rede municipal”.
O autor do projeto, vereador e descendente de indígenas, Vicentinho Sampaio, comemorou a aprovação da matéria e frisou que “era um sonho da nossa gente, que oficialmente dá o reconhecimento local e vai permitir o seu ensinamento à geração atual para preservar a história de nossa gente”.
O secretário de Educação do município, Renê Felipe, disse que vê o projeto “com otimismo e uma oportunidade de resgatar e valorizar a cultura local das comunidades descendentes de povos indígenas”.
Sobre o ensinamento na rede pública municipal de ensino, Renê Felipe, ponderou que “é preciso aguardar regulamentação por meio de decretos”.
O secretário explicou ainda que haverá um planejamento para definir o modelo de ensino, a contratação de professores e a carga-horária.
“Vamos transformar metade das nossas escolas em ensino integral, a partir do próximo ano, e no contraturno a disciplina poderá ser ministrada, como eletiva, mas ainda não temos essa definição”.
A líder comunitária e antropóloga Tereza Potiguar (Teka) pontuou que a aprovação da lei “representa mais uma conquista para os povos indígenas” e disse que aguarda com expectativa “a implantação do ensino nas escolas da rede municipal”.
Teka Potiguar lembrou que “há 15 anos que estamos sistematizando a língua Tupi antiga, contemporânea e em palavras soltas entre povos do Norte e Nordeste brasileiros para revitalizar e assegurar o futuro das atuais comunidades”.
Já o vereador Índio Vicentinho lembrou que houve, recentemente, curso e intercâmbio com professores e indígenas que falam a língua Nhengatu, oriundos do Amazonas e do Pará. “Quando o projeto for ser implantado defendemos a vinda de professores, de pessoas que dominam bem e conhecem a língua”.
O município de Monsenhor Tabosa tem em torno de 16.700 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 4.000 descendem de etnias indígenas. Há 17 escolas da rede municipal e cerca de 4.200 alunos matriculados no ensino infantil, fundamental e na alfabetização de jovens e adultos (EJA).