Palestra discute transmissão de saberes indígenas em podcast e vídeo
Seminário Internacional Comunicar Ciência recebe esta semana a Profa. Dra. Claudia Magallanes Blanco, da Universidad Iberoamericana (Puebla/México)
O Seminário Internacional ‘Comunicar Ciência: Democracia, Comunicação e Audiovisual’ realiza nesta sexta-feira (20.05) sua segunda palestra. A convidada da semana é a Professora Dra. Claudia Magallanes Blanco, da Universidad Iberoamericana (Puebla/México). A partir de uma perspectiva decolonial, a pesquisadora discute a colonialidade do poder, do saber, do ser e da linguagem e apresenta experiências de transmissão de saberes indígenas do México em podcast e vídeo.
Blanco é PhD em Humanidades pela University of Western Sydney, na Austrália. Desde 2006 ela colabora com a ‘Ojo de Agua Comunicación’, organização de comunicação comunitária e indígena, na avaliação e sistematização de experiências de comunicação em povos indígenas do sudeste mexicano. Além disso, é autora de várias publicações em livros e revistas sobre comunicação indígena, comunitária e de mudança social.
O Seminário é o primeiro evento internacional realizado em conjunto pelos dois programas de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Poder (PPGCOM) e o Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO). O evento teve início no dia 13 de maio, com a palestra do professor João Carlos Massarolo e vai até o dia 8 de julho.
Durante nove semanas são apresentadas palestras ministradas por prestigiados pesquisadores de diversas instituições públicas das diversas regiões brasileiras, além de cientistas do México, da Espanha e de Portugal. O principal objetivo é debater novas formas de comunicar ciência e a democratização da cultura científica no contemporâneo. Também é tema de discussão o lugar da ciência, dos cientistas e da comunicação de ciência no contexto digital, especialmente na era em que notícias falsas, que invalidam o valor da ciência, são propagadas de maneira tão veloz.
Fazem parte da organização do evento a professora doutora Maristela Carneiro, coordenadora do ECCO, o professor Bruno Araújo, coordenador do PPGCOM, e o professor Benedito Diélcio Moreira, líder do Multimundos. A coordenação é do professor Pedro Pinto de Oliveira. A palestra, que será realizada em língua espanhola, tem início às 14h30, no canal do PPGCOM no Youtube, neste link.
UFSCar oferece especialização EaD em Educação de Surdos em Abordagem Bilíngue Libras/Língua Portuguesa
O avanço de uma proposta de aprendizagem inclusiva e a ampliação do número de pessoas com deficiência dentro da escola comum nas últimas décadas aumentou a necessidade de formação de professores para surdos, que sejam fluentes na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e tenham conhecimento cultural relacionado a área, assim como por profissionais intérpretes educacionais. Para atender essa demanda, estão abertas as inscrições na seleção para o Curso de Especialização a Distância (EaD) de Educação de Surdos em Abordagem Bilíngue (Libras/Língua Portuguesa), ofertado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Apesar de ter sido definido em 2005 que Libras estivesse nas escolas, só em agosto de 2021, uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases garantiu a educação bilíngue como uma modalidade de ensino, de forma transversal, desde o ensino infantil até o nível superior. “Libras deve estar no currículo e nas práticas de ensino. Isso faz com que a gente, de fato, tenha que adequar a realidade escolar ao currículo bilíngue. Na própria Lei Brasileira de Inclusão, há indicativos da necessidade de promover acessibilidade comunicacional, com urgência, nos mais variados espaços sociais e em especial na esfera educacional”, diz a professora Vanessa de Oliveira Martins, docente do Departamento de Psicologia e coordenadora da especialização.
Para a especialista, o maior problema na educação dos surdos é justamente a falta de profissionais qualificados para orientar as escolas quanto ao direcionamento dos estudantes. “Muitos surdos adultos lembram com tristeza da escola, pois passaram por ela sem aprender, provavelmente porque o professor não foi capacitado com os métodos necessários. Uma criança surda precisa adquirir o aprendizado em Libras e depois ser letrada em Língua Portuguesa para poder correlacionar. As escolas devem se adaptar e isso passa, principalmente, pela formação dos educadores. Os docentes têm que conhecer muito bem a estrutura de Libras. Existe a necessidade de uma formação continuada e a especialização atende essa demanda que é e urgente”, ressalta a professora. Continue lendo
Google Tradutor ganha 24 novas línguas, incluindo o guarani!
O Google anunciou, nesta quarta-feira (11) durante o Google I/O 2022, que a ferramenta Tradutor terá acesso a novos 24 línguas. Um dos novos idiomas é o Guarani, que é originalmente da população indígena da América do Sul e ainda falado pela etnia tupi-guarani em países como o Brasil.
O recurso de tradução também poderá identificar palavras e frases em bambara (Mali), concani (Índia), Sepedi (África do Sul) e Twi (Gana).
O CEO da gigante da tecnologia, Sundar Pichai, explicou que o serviço online consegue ter acesso a novas línguas por causa dos avanços em modelos neurais de inteligência artificial. Confira, abaixo, os idiomas que foram adicionados ao serviço:
De acordo com o Google, os 24 novos idiomas são falados por mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo. A empresa cita o Mizo, falado por cerca de 800 mil pessoas no extremo nordeste da Índia e o Lingala, usado por mais de 45 milhões de pessoas na África Central.
Em relação aos indígenas das Américas, também foram contempladas as línguas Quechua e Ayamara. No dialeto inglês está o Krio, falado por habitantes da Serra Leoa.
Por Carlos Palmeira no Tecmundo
Nheengatu: Cearenses criam plataforma para tradução da única língua viva descendente do tupi antigo
Conhecimento sobre o idioma pode evitar a extinção e permitir o entendimento sobre palavras do português brasileiro
.jpeg?f=16x9&h=240&w=425&$p$f$h$w=b436551)
O termo que dá nome ao idioma Nheengatu surgiu no século XIX, significando “língua boa”. É resultado de uma evolução gradual do tupi antigo ao longo de 500 anos. Foto: Kid Junior
A iniciativa faz parte do grupo de pesquisa Computação e Linguagem Natural (Complin) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em conjunto, eles buscam manter a única língua viva descendente do tupi antigo. As informações são da Agência UFC.
Existem apenas 6 mil falantes do nheengatu no Brasil – concentrados na região amazônica – e 8 mil na Colômbia, de acordo com o catálogo de línguas “Ethnologue”, do Summer Institute of Linguistics (SIL). Assim, o idioma está em risco de extinção.
II Seminário de Línguas de Sinais: Libras em Ação

O Grupo de Pesquisa em Línguas de Sinais do Piauí (GELSPI), da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promove nos dias 11 e 14 de maio o II Seminário de Línguas de Sinais: Libras em Ação. O evento acontece através do canal oficial da UESPI no Youtube e da plataforma Zoom Metting.
Cronograma
Data: 11/05 (Quarta-feira)
Horário: 19h às 20h30
Local: Youtube da UESPI
Mesa-redonda 1: Idealização e Realização da Nova Escola para Surdos
Tema 1: A nova escola para surdos na perspectiva do surdo
Tema 2: A nova escola para surdos e a formação docente
Data: 14/05 (Sábado)
Horário: 9h às 11h (manhã)
Local: Zoom Meeting
Comunicações: Propostas e Resultados de Pesquisas em Libras Resultados de pesquisa PIBIC/GELSPI/UESPI e PIBIC/IFMA
Horário: 15h às 16h10
Local: Youtube da UESPI
Mesa-redonda 2: Línguas de Sinais no Cenário das Pesquisas Linguísticas