II ENCONTRO NACIONAL DE MUNICÍPIOS PLURILÍNGUES – 1 e 2 de setembro de 2025
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O Brasil abriga uma rica diversidade linguística, com mais de 250 línguas faladas, entre
indígenas, de imigração, de sinais e afro-brasileiras. Dos seus 5.570 municípios, 80 já
cooficializaram uma ou mais línguas através de leis das Câmaras de Vereadores, em todas as
cinco regiões do país, perfazendo um total hoje de 60 línguas.
A cooficialização de línguas em nível municipal, nascida da experiência de São Gabriel da
Cachoeira, Amazonas, que deu este status ao baniwa, ao nheengatu e ao tukano em 2002,representa uma inovação na política linguística nacional, permitindo que diferentes
comunidades tenham suas línguas reconhecidas e valorizadas institucionalmente.
O processo de cooficialização, no entanto, tem três fases: a) a declaração de oficialidade,
através de uma lei municipal b) a regulamentação da oficialidade, que vem a ser uma segunda
lei municipal e c) a implementação da oficialidade. A regulamentação define as atuações, os
agentes, os prazos e os resultados esperados pela política de cooficialização; a implementação,
por sua vez, coloca em prática a regulamentação através dos instrumentos jurídicos da gestão
municipal: decretos municipais, portarias e instruções normativas, medidas provisórias
municipais, convênios e termos de cooperação, entre outros.
Este encontro será um espaço de troca de experiências, capacitação e debate sobre a
regulamentação e a implementação da cooficialização, seus desafios e oportunidades, reunindo
gestores públicos, pesquisadores, educadores, agentes culturais e demais interessados na
promoção do multilinguismo brasileiro.
A Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo (UCLPM/UFSC) e
o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL) tem o prazer
de anunciar a realização do II Encontro Nacional de Municípios Plurilíngues (II ENMP).
O evento ocorrerá nos dias 1º e 2 de setembro, na Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), e tem como objetivo aprofundar as discussões sobre a regulamentação das políticas
de cooficialização de línguas no Brasil.
Este encontro será um espaço de troca de experiências, capacitação e debate sobre a
regulamentação e a implementação da cooficialização, seus desafios e oportunidades, reunindo
gestores públicos, pesquisadores, educadores, agentes culturais e demais interessados na
promoção do multilinguismo brasileiro.
O evento tem limite de capacidade na modalidade presencial
Acesse a 1ª Circular aqui: https://geomultling.ufsc.br/wp-content/uploads/2025/05/1a-Circular-II-Encontro-Nacional-de-Municipios-Plurilingues.pdf
CONFERENCIA INTERNACIONAL DE OBSERVATORIOS DE LAS LENGUAS Y LAS CULTURAS
19-21 de mayo de 2025
Esta reunión de representantes de observatorios y centros de análisis relacionados con las lenguas,
las culturas y la comunicación tiene como objetivos principales el conocimiento mutuo de nuestros
centros y el intercambio de experiencias y metodologías de trabajo, así como la posible creación de
una red que permita mantener contactos permanentes entre distintos espacios de observación. La
Conferencia reúne representantes del ámbito español e iberoamericano, así como expertos
internacionales dedicados a la observación de diferentes lenguas y culturas
Link para exibição no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=62–b8ly-ts
Acesse o link para o programa e agenda:
Conferencia de Observatorios de Lenguas.docx
Edital fomenta projetos de educação para comunidades indígenas
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As inscrições para o “Edital Educação para o Bem Viver” encerram no dia 27 de março. A chamada selecionará 20 projetos, que receberão valor de até 50 mil reais cada
O Fundo Casa Socioambiental, em parceria com a Imaginable Futures, está com inscrições abertas para o Edital Educação para o Bem Viver. Focado no apoio às comunidades indígenas pela equidade na educação, a chamada aceita inscrições de todo território nacional, até o dia 27 de março. Serão 20 projetos apoiados, que receberão um valor de até 50 mil reais cada.
Cada organização participante pode apresentar uma única proposta, voltadas ao fortalecimento dos povos indígenas e promovendo o combate às desigualdades e ao racismo no campo da educação. Em 2024, a primeira chamada ‘Educação para o Bem Viver’ apoiou 31 iniciativas que fortaleceram a identidade indígena, o uso de línguas maternas, e a gestão comunitária das escolas, além de integrar práticas sustentáveis, como hortas escolares e educação ambiental.
Neste ano, o edital oferecerá um total de 1 milhão de reais, divididos para 20 projetos apoiados. 90% dos recursos serão liberados no início do projeto e 10% após aprovação do relatório final. O período de contratação começa no dia 28 de maio, mesma data em que os resultados dos selecionados serão divulgados.
A seguir, confira o critério de elegibilidade do edital:
- Associações indígenas comunitárias, sem fins lucrativos, devidamente constituídas, ativas, formadas por indígenas de um ou mais povos e representativas de comunidades;
- Organizações com orçamento institucional de até R$ 300.000,00 no ano de 2024;
- Organizações com a documentação institucional em dia e enviada juntamente com o formulário narrativo e o orçamento do projeto;
- Organizações que não possuam CNPJ também são elegíveis e podem apresentar projetos nesta Chamada por meio de uma organização parceira;
- Cada organização poderá apresentar apenas um projeto.
Para saber mais e inscrever uma proposta, basta acessar o site do Fundo Casa Socioambiental.
Sobre o Fundo Casa Socioambiental
O Fundo Casa Socioambiental é uma organização que busca promover a conservação e a sustentabilidade ambiental, a democracia, o respeito aos direitos socioambientais e a justiça social por meio do apoio financeiro e fortalecimento de capacidades de iniciativas da sociedade civil na América do Sul.
Saiba mais em: https://observatorio3setor.org.br/edital-fomenta-projetos-de-educacao-para-comunidades-indigenas/
Viver no Brasil falando Hunsrückisch [Documentário]
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Viver no Brasil falando Hunsrückisch [Documentário]
Após quase dois séculos da imigração alemã no Brasil, o Hunsrückisch ainda hoje é falado por mais de 1 milhão de brasileiros. Separados às vezes por milhares de quilômetros, as experiências e sentimentos dos falantes se entrelaçam. A partir das pesquisas realizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo, foram selecionados trechos de entrevistas que ilustram diferentes usos da língua, tanto no meio familiar como na administração, na imprensa, no comércio, em manifestações culturais, na educação e na religião. Além do cotidiano, da história e da cultura dessas comunidades, o documentário procura registrar temas essenciais para o entendimento da formação da língua e da identidade nas comunidades alemãs no Brasil, como as diferentes denominações, a grande variação interna da língua, a chegada à escola e a dificuldade na hora de aprender o português, a relação com o alemão standard e a convivência com outras variedades de alemão.