Lusofonias

Carlos Alberto Faraco analisa a situação atual do Acordo Ortográfico

O Acordo Ortográfico de 1990: Situação Atual (junho/2014)

Por Carlos Alberto Faraco*

carlos-alberto-faracoObjetivo

O único e exclusivo objetivo do AO foi superar a dualidade de ortografias oficiais do português. Essa situação vinha criando embaraços à presença da língua nos organismos internacionais e afetando também sua internacionalização.

Em nenhum momento, os filólogos da geração de Antônio Houaiss, portugueses e brasileiros, tiveram a intenção de fazer uma reforma ortográfica. As bases estabelecidas em 1911, que fixaram a ortografia do português, permaneceram sem alterações. Houve, sim, cedências de parte a parte, adotando uns soluções já existentes na grafia dos outros. Foram pequenos ajustes em cada uma das ortografias vigentes para submetê-las a um único conjunto de normas.

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Vocabulário Ortográfico Comum: palavras de todas as cores para usar do Minho a Timor

Vocabulário Ortográfico Comum. Palavras de todas as cores para usar do Minho a Timor.

Por Marta Cerqueira

logo-vocUm vocabulário comum aos países de língua portuguesa foi a exigência para aplicar o acordo ortográfico. Versão final é lançada a 22 de Julho.

Já todos se foram habituando às faltas dos “c” e dos “p” nas palavras portuguesas que se têm vindo a adaptar ao novo acordo. Mas como criar um vocabulário comum é mais do que impor regras, os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) lançaram uma plataforma que dá a conhecer a cultura linguística de cada país. São mais de 300 mil palavras, desde as que são comuns aos oito países até àquelas específicas de Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Timor-Leste, Guiné e Angola.

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Comunicação global sem barreiras linguísticas

Portugal lidera um projecto europeu
de comunicação global sem barreiras linguísticas

António Branco, da FCUL, é o coordenador
2014-04-29
A brancoA tradução automática é um procedimento computacional que procura fornecer a tradução de enunciados de uma língua para outra. Os resultados da investigação científica em torno deste grande desafio já permitem soluções práticas de grande utilidade. Permitem obter pelo menos um esboço do conteúdo daquilo que está a ser traduzido, ou até mesmo resultados bastante bons para alguns pares de línguas e domínios de discursos mais favorecidos, desta forma ajudando a reduzir custos e a melhorar a produtividade em negócios de âmbito internacional.

É neste enquadramento que foi concebido e se encontra em execução o QTleap, “um dos projectos de investigação científica mais ambiciosos dos últimos anos na área da tradução automática e da tecnologia da linguagem”, nas palavras do seu coordenador científico, António Branco, professor do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Na era digital e num mundo globalizado, a linguagem humana é uma das maiores barreiras comunicacionais. O projecto europeu de investigação científica “QTLeap–Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches” procura soluções tecnológicas para se ultrapassar esta barreira sem se diminuir ou destruir a diversidade linguística.

equipe

Tem como objectivo investigar e desenvolver uma metodologia inovadora para a tradução automática que tire partido de abordagens baseadas no processamento linguístico profundo das línguas. Segundo António Branco, “este projecto explora formas inovadoras de se alcançar traduções de maior qualidade, tornadas possíveis por uma nova geração de bases de dados semânticos cada vez mais sofisticadas e por avanços recentes na área do processamento semântico da linguagem natural”.

Com uma dotação de três milhões de euros, o QTLeap vem juntar-se à lista crescente dos projectos de investigação realizados por consórcios europeus com liderança portuguesa. É coordenado pelo Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lidera um grupo de oito parceiros, da Alemanha, Bulgária, Espanha, Holanda e República Checa.

Helder Macedo: Português tem de ser “língua da diferença”

O escritor Helder Macedo defendeu hoje que o Português “tem de se assumir como língua da diferença” e “explodir em todas as direções” até porque depende “muitíssimo mais dos que o adotaram” como sua língua.
Português tem de ser língua da diferença O português “tem de se assumir como a língua da diferença porque se nós, em português, não formos capazes de entender a diferença entre o português e o angolano ou entre o brasileiro e o moçambicano, aí torna-se numa língua impositiva, culturalmente colonialista, quando tem de ser o oposto: Tem de explodir em todas as direções e ser uma língua da diferença”, disse Helder Macedo, à agência Lusa.
Como assinalou o poeta, romancista e ensaísta – que proferiu, ao final da tarde, uma palestra subordinada ao tema “O Português e a Cultura Lusófona no Mundo de Hoje” no Instituto Politécnico de Macau – “é isso que, de certa maneira, acontece um bocado com a língua inglesa”, idioma literário de paquistaneses, nigerianos, indianos ou de norte-americanos. “Nós ainda temos o sentido um bocado imperialista da língua portuguesa”, criticou Helder Macedo, para quem “é muito importante que os praticantes culturais de língua portuguesa percebam que se podem entender uns aos outros sem nenhum dominar”.

Para o escritor, “se as várias culturas de língua portuguesa se levarem culturalmente a sério deixam de ser periféricas em relação à cultura inglesa e às outras culturas e passam a assumir a sua própria identidade”. “A sobrevivência da língua portuguesa vai ser muito menos dependente de Portugal europeu do que do Brasil, Angola, Moçambique. Esses é que são os países que vão manter a [sua] importância internacional e o desenvolvimento da língua portuguesa, com todas as variantes que vai ter”, argumentou.

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Embaixador reitera posição do Brasil de cumprimento do acordo ortográfico

O embaixador brasileiro Mario Vilalva enviou, no último dia 20, uma carta  aos deputados portugueses onde aponta a posição do Brasil sobre o AOLP (acordo ortográfico da língua portuguesa). O parlamento de Portugal debate e vota, na próxima sexta-feira (28), três projetos de resolução sobre o Acordo Ortográfico

O deputado Acácio Pinto, Deputado do PS, do Distrito de Viseu,  publicou em seu blog e transcreveu parte do documento: “Começo por reiterar o compromisso do Governo brasileiro com o cumprimento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Como se recorda, depois de assinado em 16 de dezembro de 2007, o Acordo foi ratificado pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado) e sua implementação passou a ser obrigatória em todo o país por força do Decreto nº 6.583/08, publicado no Diário Oficial da União, em 30 de setembro de 2008, ressalvado o período de transição, ampliado recentemente por decreto legislativo até final de 2015, a fim de assegurar a assimilação das novas regres entre os quase 200 milhões de habitantes, em um território de 8,5 milhões de km2.” Leia Mais

Cabo Verde assinalou Dia da Língua Materna com aulas ministradas em crioulo

Na sexta-feira, 21 de fevereiro, foi comemorado o Dia Internacional da Língua Materna. Cabo Verde está a tentar reforçar e oficializar o ensino do crioulo nas escolas do país.

 O Dia Internacional da Língua Materna, 21 de fevereiro, foi assinalado este ano, em Cabo Verde, com aulas ministradas nos estabelecimentos do ensino básico e secundário em crioulo, a língua materna do país, embora ainda não seja oficializada, segundo a agência Panapress.

O pontapé de saída para tornar o crioulo oficial foi dado a nível político quando a Constituição da República, no nº 2 do seu artigo 9º, atribui ao Estado competência para promover as condições para a oficialização da língua materna cabo-verdiana em paridade com a língua portuguesa. Daí que a promoção da aprendizagem das línguas estrangeiras no ensino e a valorização da língua nacional (crioulo) sejam um dos objetivos preconizados no programa do Governo na VIII Legislatura (2011-2016).

Em concomitância, estão sendo tomadas medidas no sentido de fazer com que o país caminhe, progressivamente, para um bilinguismo assumido, com a introdução progressiva da língua materna cabo-verdiana no sistema do ensino, paralelamente ao português. Neste sentido, a implementação de um projeto bilíngue de aprendizagem em língua portuguesa e em crioulo cabo-verdiano constitui uma das novidades do ano letivo 2013-2014. De acordo com o Ministério da Educação e Desporto (MED), trata-se de um projeto inovador que pretende introduzir a língua materna cabo-verdiana no sistema educativo e melhorar também a aprendizagem da língua portuguesa.

O programa começou a ser implementado em duas escolas básicas do país, sendo uma na Praia, no polo número três de Ponta de Água, e a outra no município de São Miguel, no interior da ilha de Santiago, no polo três de Flamengos. Para arrancar com esta experiência, o MED está a formar professores de modo a contribuir para a promoção e valorização de um corpo docente e agentes educativos com capacidade para materializar o ensino bilíngue em todas as escolas do país ao longo dos próximos seis anos.

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