Português na História
O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.), e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido na península Ibérica pelos conquistadores romanos. Damos o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No caso da Península Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua portuguesa.
O domínio cultural e político dos romanos na península Ibérica impôs sua língua, que, entretanto, mesclou-se com os substratos linguísticos lá existentes, dando origem a vários dialetos, genericamente chamados romanços (do latim romanice, que significa “falar à maneira dos romanos”). Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se, até constituírem novas línguas. Quando os germânicos, e posteriormente os árabes, invadiram a Península, a língua sofreu algumas modificações, porém o idioma falado pelos invasores nunca conseguiu se estabelecer totalmente.
Aprovado o Plano de Ação de Lisboa
O Plano de Ação de Lisboa, resultante da II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, foi aprovado pelo XII Conselho Extraordinário de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no dia 20 de fevereiro de 2014, em Maputo. Leia a resolução, clique aqui .
Português a quarta língua mais falada no mundo
O português é atualmente a quarta língua mais falada no mundo, segundo dados apresentados na exposição “Potencial Econômico da Língua Portuguesa” em exibição no Parlamento Europeu.
Esta exposição, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e de uma equipa de investigadores do ISCTE/IUL – Instituto Universitário de Lisboa, tem como missão rentabilizar e projetar o valor de mercado da língua portuguesa através do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
A exposição, que tem em conta os conteúdos do estudo realizado por investigadores do ISCTE, sob a coordenação de Luís Reto, está patente de 18 a 21 de fevereiro.
A língua portuguesa atingiu a sua plena identidade linguística no início dos Descobrimentos, no século XV, e hoje é usada por mais de 250 milhões de pessoas como idioma oficial.
Marvel Comics lança edições digitais em português
A Marvel Comics, editora proprietária do Homem-.Aranha, X-Men ou Vingadores, entre muitos outros super-heróis, anunciou o lançamento de um aplicativo com versões digitais das suas revistas de banda desenhada em 12 línguas, incluindo o português.
O anúncio foi feito pela vice-presidente para a área de produtos digitais, Kristin Vincent, e a grande novidade é a o facto de serem disponibilizadas revistas ou compilações noutras línguas que não o inglês, já há alguns anos disponíveis, em especial através do aplicativo Comixology. As 12 línguas, para além do português, são russo, espanhol, chinês, alemão, italiano, coreano, francês, japonês, hebreu e Hindi, numa clara tentativa de chegar aqueles que são, potencialmente, os maiores mercados mundiais.
Já estão disponíveis diversos títulos, todos anteriores a 2010, entre os quais Guerra Civil e Invasão Secreta, que os fãs conhecem bem, mas a intenção é aproximar cada vez mais as versões digitais das edições impressas. Como é habitual, existem diversas bandas desenhadas gratuitas.
O novo aplicativo, batizado Marvel Global Comics, está disponível para compra direta por modelos com o sistema iOS, mas a Marvel vai estender a oferta a outras plataformas durante o corrente ano. As traduções, que para já apresentam evidentes problemas de correção ortográfica, são da responsabilidade da iVerse, parceira da Marvel neste projeto. A compra de momento terá de ser feita utilizando um cartão de crédito internacional pois as edições digitais apenas estão disponíveis em dólares.
Fonte: Jornal de Noticias.
TV de Portugal, Brasil e Angola vai chegar à Guiné Equatorial
Gilvan Muller Oliveira, presidente do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, realça o trabalho “extraordinário” das autoridades de Timor-Leste, que assumem a presidência da CPLP em julho, na difusão do português, nunca tão falado como hoje. A implantação da língua alertou em entrevista ao Luso Monitor, é um trabalho de médio e longo prazo. Na Guiné Equatorial, vista cada vez mais como próximo membro da comunidade lusófona, será a “nova geração” a ter a oportunidade de aprender o português, e para isso deverá contar com programas de TV de Portugal, Brasil e Angola.
Fala-se frequentemente da baixa difusão do português em Timor e na Guiné-Bissau. A tendência é de maior ou menor divulgação da língua?
GMO – Em todos estes contextos é preciso analisar historicamente o fato de que o português anteriormente tinha uma presença ainda mais estreita nestes países. São países que, no caso de Timor, não só teve a língua portuguesa proibida durante um tempo, mas também mesmo no tempo colonial a presença de escolaridade para a população era insignificante. Sem dúvida alguma, hoje se fala mais português tanto na Guiné-Bissau como em Timor, mais do que jamais foi falado. Isto é, as pessoas muitas vezes acham que uma evolução linguística é coisa para um ano, para seis meses, quando sabemos que os processos de afirmação de uma língua, desenvolvimento do uso de uma língua, desenvolvimento de instrumentais para que uma língua possa estar num determinado local, é um fenômeno de médio e longo prazo que custa investimentos que muitas vezes os nossos países não fazem. Evidentemente que um país que tem os seus 12 anos de existência independente e conseguiu já escolarizar toda uma primeira geração em português, que é o que Timor conseguiu fazer uma geração inteira chegar às portas da universidade em português, sem dúvida alguma é um resultado extraordinário, positivo. Diria que a preocupação ou até a desmotivação que muitas vezes aparecem nesse campo se referem a pouca experiência que pessoas têm de como estes processos acontecem. Processos como esse demoraram séculos no Brasil, mesmo com muita repressão de outras línguas, o Brasil entrou no século XX com imensas regiões onde as pessoas não falavam português, porque os processos de difusão de uma língua são de médio e longo prazo e demandam investimentos, circulação de pessoas, percepção das oportunidades que uma língua abre para as pessoas.
RIILP número 2: A Língua Portuguesa nas Diásporas
“A presença do português em tantos espaços fora dos países de língua oficial portuguesa, como uma herança preciosa para as próximas gerações, em uma rede pujante de relações e de sentidos, é prova de que a língua embarcou definitivamente na era da globalização, das transnacionalidades e das novas territorialidades, associadas ao século XXI, e expressas nas comunidades de falantes no exterior, às quais devemos dedicar o melhor do nosso esforço de compreensão e de colaboração”. Essas são palavras com as quais o prof. Gilvan Müller de Oliveira, Diretor Executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP, apresenta o número 2 da revista do Instituto.
A língua portuguesa nas diásporas, tema do Colóquio da Praia, é o número 2 do volume 1 da RIILP e está acessível diretamente no link www.riilp.org, disponível na página do IILP www.iilp.org.cv. Boa leitura!