Primeiro Museu Multimídia Kaingang é lançado em Santa Catarina
Projeto online preserva e difunde patrimônio imaterial de comunidade indígena de Chapecó
O primeiro Museu Multimídia Kaingang do oeste de Santa Catarina, lançado nesta semana, nasceu a partir da escuta dos povos originários da região. Através de fotos e áudios, “Origens: rituais de resistência” traz histórias contadas por indígenas Kaingang moradores da Terra Indígena Toldo Chimbangue, em Chapecó/SC. O museu pode ser visitado virtualmente.
“Pensamos em um museu online, democrático, que possa ser acessado por pessoas de qualquer lugar no mundo, para que conheçam essas histórias e a diversidade cultural da nossa região, para que ela se dissemine, se difunda”, explica a fotojornalista e pesquisadora do projeto, Sirli Freitas.
Em uma abertura simbólica, na quarta-feira, 20 de abril, a equipe entregou uma placa com um QR Code impresso na escola indígena Fen’No, que direciona a comunidade para o Museu.

O conteúdo disponibilizado na plataforma trata ao menos de sete temas importantes para a comunidade: saúde e saberes de cura, o parto, lideranças femininas, lugares sagrados, a história de Índio Condá, arte e cosmologia Kaingang. A ausência dessas perspectivas na história oficial, que aprendemos muitas vezes na escola, é um dos motivos que impulsionou esse projeto.
“Conhecemos a nossa história a partir do que nos é ensinado pelos livros na escola, mas eles não trazem o ponto de vista dos povos indígenas. Eu acredito ser imprescindível e urgente que a nossa história possa ser contada pelos povos originários, por quem já estava aqui desde antes da chegada do colonizador, para que possamos realmente conhecê-la”, enfatiza Sirli.

O Museu integra o projeto “Origens” que foi desenvolvido ao longo de dois anos na TI Toldo Chimbangue. Durante esse tempo, uma equipe de pesquisadores, jornalistas e produtores culturais, orientados por lideranças e professores indígenas, vivenciaram a comunidade e registraram suas memórias, escolhendo a oralidade e a imagem como elementos de construção dessas narrativas.
O projeto, contemplado pelo Edital de Fomento e Circulação das Linguagens Artísticas de Chapecó, traz como objetivo preservar o patrimônio imaterial da comunidade. De acordo com Jandir Santin, produtor executivo, a ideia é que os indígenas Kaingang possam seguir gerando e difundindo conteúdo através dos canais de comunicação criados.
“Nós desenvolvemos um projeto, contemplado pelo edital do Governo do Estado através da Fundação Catarinense de Cultura, onde desenvolvemos oficinas com estudantes e professores da Escola Fen`nó, ensinando e repassando elementos técnicos do audiovisual. Trabalhamos o processo de inclusão digital na comunidade para que eles possam ter conhecimento técnico e autonomia para contar e salvaguardar as suas histórias.”

Os conteúdos disponibilizados pelo projeto estão disponíveis nas seguintes plataformas:
Site do Museu: https://www.rituaisderesistencia.com.br/
Instagram: @rituaisderesistencia
Spotify: Podcast Fabular Kaingang
Youtube: Origens Rituais de Resistência
Por Portal Catarinas
Samela Sateré-Mawé é destaque em canal jovem na cobertura da maior assembleia indígena do Brasil
Apresentadora e ativista ambiental, Samela Sateré-Mawé esteve acampada em Brasília junto com lideranças indígenas do Brasil inteiro, em uma mobilização pela luta dos povos indígenas e de todo o povo brasileiro
Samela Sateré-Mawé compartilhou detalhes do acampamento indígena Terra Livre com o público do Canal Reload
No dia 04 de abril de 2022, lideranças indígenas de todas as regiões do país deram início à 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior assembleia indígena de todo o Brasil que, há 18 anos, acampa em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, para reivindicar suas pautas e direitos, se tornando uma instância política decisória.
A apresentadora do Canal Reload (@canalreload), Samela Sateré-Mawé (@sam_sateremawe) realizou uma cobertura especial desta edição do acampamento que tem como tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política” (www.instagram.com/p/CcIg-wgl-HO/).
Samela trouxe ao público jovem detalhes desta grande assembleia que reuniu cerca de 8 mil indígenas durante dez dias, de 04 a 14 de abril, mesmo período em que o Congresso Nacional e o Governo Federal pautou a votação de projetos que violam os direitos dos povos originários, como o Projeto de Lei 191/2020, que abre as terras indígenas para a mineração.
Não é a primeira vez que Samela é destaque na cobertura de eventos nacionais e internacionais para o Canal Reload. Em 2021, ela esteve como repórter na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Glasglow (www.instagram.com/p/CWLfRsDMqTg/) e também no também no Acampamento Luta Pela Vida, contra o Marco Temporal (www.instagram.com/p/CTfqOLpFjg4/)
Desde o início do canal, ela também traz debates para o público sobre pautas essenciais para os povos originários, como nos vídeos “Você sabe como é feita a demarcação de terras indígenas?” disponível em: www.youtube.com/watch?v=NkRHZ_avNYk, ou “Amazônia em Chamas – Saiba o porquê”, disponível em: www.youtube.com/watch?v=24NFBErC86I.
Indígena do povo Sateré Mawé, Samela é uma das porta-vozes deste povo, que vive na zona Oeste de Manaus, Samela é ativista ambiental representando o braço brasileiro do movimento “Fridays for Future“ (@fridaysforfuturebrasil), criado pela sueca Greta Thunberg.
Estudante de Biologia na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), é também jovem comunicadora na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da ANMIGA – Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, além de integrar a Associação de Mulheres Indígenas Sateré Mawé (Amism) e o Movimento de Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam).
Samela é criadora de conteúdo digital nas redes sociais, artesã, consultora da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e recentemente foi premiada na categoria “ativismo” no Geração Glamour 2021 Gamechangers, em São Paulo, pela atuação em ações pelo clima e em defesa dos povos amazônicos.
No Canal Reload, ela se conecta com mais de 50 mil seguidores de todo Brasil por meio das redes sociais Instagram, Twitter, TikTok e Youtube. Um projeto voltado para jovens que abusa da criatividade para descomplicar temas complexos, como a educação e o combate à evasão escolar, as pautas LGBTQIA+, violência de gênero, racismo, preservação do meio ambiente, a resistência dos povos originários do Brasil, entre outros.
Espalhando conteúdos de qualidade em diferentes formatos, como histórias em quadrinhos, músicas e poesias, o Canal Reload busca tornar a informação mais acessível e atrativa ao público jovem, além de dar dicas para identificar as tão faladas fake news, evitando a disseminação de informações falsas.
O Reload é um canal jovem que produz conteúdo a partir de reportagens de 10 organizações: Agência Lupa, Agência Pública, Amazônia Real, Congresso em Foco, Énois, Marco Zero Conteúdo, O Eco, Ponte Jornalismo, Projeto #Colabora e Repórter Brasil. Juntas, elas têm mais de 100 prêmios nacionais e internacionais (Prêmio Gabriel García Márquez, Prêmio Rei da Espanha e Leão de Bronze do Festival de Cannes).
O projeto foi uma das iniciativas ganhadoras do Google News Innovation Challenge em 2019, projeto do Google News Initiative, e contou também com apoio da Fundação Ford no Brasil. Em 2022, o projeto foi selecionado para o YouTube’s Sustainability Lab, que tem o objetivo de apoiar organizações de notícias a desenvolverem modelos de negócios sustentáveis em vídeo na plataforma.
Mais informações em @canalreload no Instagram, TikTok, Twitter e Youtube.
SERVIÇO: Confira a cobertura do 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) pelo Canal Reload
Por Samela Sateré-Mawé
No Acampamento Terra Livre: www.instagram.com/p/CcIg-wgl-HO/
Twitter: twitter.com/CanalReload/status/1512797096377819139
Tiktok:www.tiktok.com/@canalreload/video/7084609161933114629?is_copy_url=1&is_from_webapp=v1
Entre neste link para receber conteúdos do Reload no WhatsApp: link.reload.news
Coberturas Anteriores:
Na COP26 em Glasglow: www.instagram.com/p/CWLfRsDMqTg/
No Acampamento Luta Pela Vida, contra o Marco Temporal: www.instagram.com/p/CTfqOLpFjg4/
Outros Vídeos:
Você sabe como é feita a demarcação de terras indígenas?: www.youtube.com/watch?v=NkRHZ_avNYk
Amazônia em Chamas – Saiba o porquê: youtube.com/watch?v=24NFBErC86I
Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – luciana.gandelini@gmail.com – (11) 99568-8773
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