Bilinguismo

Moradores tentam resgatar dialetos ‘esquecidos’ no sul do país

Moradores tentam resgatar dialetos ‘esquecidos’ no sul do país

Felipe Bächtold

Aula em escola municipal em Serafina Corrêa (RS), onde o talian passará a ser ensinado nos colégios - Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress.

Aula em escola municipal em Serafina Corrêa (RS), onde o talian passará a ser ensinado nos colégios – Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress.

Em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, funcionários da prefeitura são orientados a falar “sorasco” em vez de “churrasco” e “sinele” no lugar de “chinelo”.

Por enquanto, isso ocorre uma vez ao ano: na semana em que se comemora a emancipação da cidade de 16 mil habitantes. Por enquanto.

Ameaçado de extinção, o talian, uma espécie de variação do italiano, só agora começa a ter gramática, dicionário e aulas. E a cidade de Serafina Corrêa, na serra gaúcha, virou um bastião na luta para preservar esse idioma.

Mas não é a única. Outras comunidades pelo Sul do país também se mobilizam para manter vivos dialetos europeus hoje quase restritos a regiões rurais e a idosos.

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Pesquisador é primeiro índio a receber título de doutor em linguística pela UnB

Pesquisador é primeiro índio a receber título de doutor em linguística pela UnB

Maíra Heinen

joaquim

Joaquim Maná – Foto: Elson Martins

Nascido no município acriano de Tarauacá, na Terra Indígena Praia do Carapanã, Joaquim Paulo de Lima Kaxinawá se tornou o primeiro índio no Brasil a receber o título de doutor em linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Mais conhecido como Joaquim Maná, ele defendeu hoje (19) a tese “Para uma gramática da Língua Hãtxa Kuin”.

Alfabetizado na língua portuguesa aos 20 anos em um programa alternativo coordenado pela Comissão Pró-Índio do Acre, ele fez o magistério indígena no estado e a graduação em um curso intercultural indígena na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. O mestrado e o doutorado foram feitos na UnB.

Para ele, um dos maiores desafios durante o doutorado foi a indisponibilidade de pesquisas sobre a língua de seu povo, sobretudo em português. “Muitas pesquisas foram escritas em inglês, alemão, francês, espanhol e não foram apresentadas ao povo, ficaram guardadas”, ressalta.

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Patrimônio, língua talian luta para sobreviver no Brasil

Patrimônio, dialeto talian luta para sobreviver no Brasil

Língua falada por descendentes de italianos é forte no sul do país

Por Tatiana Girardi

Os descendentes dos imigrantes italianos tentam manter o dialeto talian vivo.

Os descendentes dos imigrantes italianos tentam manter o dialeto talian vivo.

Os descendentes dos imigrantes italianos que chegaram ao Brasil nos séculos passados conseguiram um reconhecimento inédito: ver o dialeto talian ser considerado uma “Referência Cultural Brasileira” pelo Ministério da Cultura.

Com origens no norte da Itália, de onde a maioria dos italianos veio para povoar a região sul e sudeste do Brasil, o dialeto também é conhecido como o “vêneto brasileiro”. Porém, o que é falado atualmente no país é uma verdadeira mistura de diversos dialetos italianos das regiões da Lombardia, Trentino Alto-Ádige, Piemonte, Toscana e, claro, do Vêneto.

Apesar do reconhecimento, o medo de perder a tradição é grande. Isso porque muitos jovens, por vergonha ou por receio, não aprendem a língua. Para Aliduino Zanella, presidente da Federação de Entidades Ítalo-Brasileiras do Meio-Oeste e Planalto Catarinense (Feibemo) e mestre e pesquisador de talian, esse receio foi causado pelo governo de Getúlio Vargas.

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Rosângela Morello em entrevista ao programa Páginas de Português da RTP: seminário em Foz e políticas linguísticas no Brasil

Rosângela Morello em entrevista ao programa Páginas de Português da RTP: seminário em Foz e políticas linguísticas no Brasil

Fala de Rosâgela Morello na entrega do diploma de reconhecimento da língua indígena Guarani Mbya (Fonte: Facebook de Maria Ceres Pereira)

Fala de Rosângela Morello na entrega do diploma de reconhecimento da língua indígena Guarani Mbya no Seminário de Foz do Iguaçu (Fonte: Facebook de Maria Ceres Pereira)

A coordenadora-geral do IPOL, Rosângela Morello, concedeu uma entrevista ao programa Páginas de Português, transmitido no último dia 07 pela Rádio Antena 2, afiliada da Rádio e Televisão de Portugal (RTP).

Os temas centrais da entrevista são o Seminário Ibero-Americano de Diversidade Linguística, realizado em Foz do Iguaçu-PR mês passado, e as políticas linguísticas no Brasil. Na entrevista, Morello destaca a importância do evento em Foz do Iguaçu tanto como uma política de reconhecimento e conhecimento das línguas brasileiras por parte do governo brasileiro, quanto uma oportunidade privilegiada de diálogo com outros países e suas respectivas iniciativas políticas concernentes à gestão da diversidade de suas línguas. A entrevistada discorre também sobre questões como o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) e a cooficialização de línguas indígenas e de imigração nos municípios brasileiros, a importância do espanhol nas regiões de fronteira entre o Brasil e países vizinhos, além da difusão e do futuro da língua portuguesa no mundo.

Ouça abaixo a íntegra da entrevista.

IPOL disponibiliza versão digital do livro Inventário da Língua Guarani Mbya

guarani-livro

Guarani segura o livro no I Encontro do ILG, realizado em Florianópolis no ano de 2011.

IPOL disponibiliza versão digital do livro Inventário da Língua Guarani Mbya

É com muita honra que o IPOL disponibiliza nesta postagem a versão em pdf do livro Inventário da Língua Guarani Mbya. Organizado por Rosângela Morello e Ana Paula Seiffert, o livro foi editado em 2011 pelo IPOL em parceria com a Editora Garapuvu, de Florianópolis.

Baixe o pdf do livro aqui: Inventario da Lingua Guarani Mbya

Fruto do projeto-piloto Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG), executado pelo IPOL em parceria com o IPHAN no âmbito do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), o livro apresenta os principais resultados da pesquisa e do levantamento sociolinguístico realizado em 69 aldeias guarani de seis Estados brasileiros: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A pesquisa iniciou em 2009, com o apoio do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD) da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e a parceria do IPHAN, tendo como foco conhecer os usos e as funções da língua Guarani Mbya, coletar e registar materiais nela produzidos e ouvir lideranças e moradores das comunidades sobre o valor que ela tem e o que esperam para ela.

Com o Inventário, a língua Mbya recebeu recentemente o certificado de referência cultural brasileira (ver notícia aqui) e passou a fazer parte dos bens imateriais reconhecidos pelo IPHAN/MinC como patrimônio da nação brasileira, gozando de políticas de salvaguarda e promoção.

Notícia relacionada: Lançada edição online da revista do Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG)

Literatura afro e indígena para leer y descargar gratuitamente

Literatura afro e indígena para leer y descargar gratuitamente

bvirtualDos nuevas colecciones en la Biblioteca Virtual de la Luis Ángel Arango.

La Biblioteca Luis Ángel Arango, a través de su Biblioteca Virtual (www.banrepcultural.org/blaavirtual), pone a disposición de sus usuarios, para consultar y descargar gratuitamente, los 27 libros que conforman la Biblioteca básica de los pueblos indígenas de Colombia y la Biblioteca de literatura afrocolombiana. Las colecciones, editadas en 2010 por el Ministerio de Cultura a propósito del Bicentenario de la Independencia, reúnen obras de literatura, antologías de poesía y cuentos, ensayos y documentos, en algunos casos inéditos o de edición bilingüe en lenguas indígenas y palenqueras, que buscan visibilizar una parte del acervo literario de Colombia desconocido por la mayoría de sus habitantes.

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