Emergência Indígena: Povo Pataxó luta contra reintegração de posse durante pandemia
NOTA DE PEDIDO DE APOIO PARA COMUNIDADE INDÍGENA
A COMUNIDADE INDÍGENA PATAXÓ da aldeia NOVOS GUERREIROS localizada no território indígena de PONTA GRANDE, foi surpreendida por uma decisão liminar que autoriza uma reintegração de posse em uma area da aldeia onde está sendo ocupada por 24 famílias indígenas. Os indigenas foram representados e representadas pelos Procuradores Pedro Dinis O’Dwyer e Fernando Zelada, em audiência realizada pelo Juiz Federal Pablo Baldivieso, em 20/08/2020, sofreu uma derrota que inicialmente tem impacto direto sobre 24 familias, mas que eventualmete poderá condenar toda a comunidade a desumanidade de não ter um território onde morare também a exposição ao covid- 19. O juiz determinou:
”Expeça-se mandado de reintegração de posse, devendo ser os requeridos invasores intimados para deixarem, em 05 (cinco) dias, o local, dali retirando os seus pertences, inclusive com a requisição de auxílio policial, caso se faça necessário, tendo em vista as peculiaridades do caso em pauta.
Cumprido o mandado de reintegração, fica aberto o prazo para contestação, no prazo de 15 (quinze) dias nos termos do art. 554, §1o, c/c art. 564, ambos do CPC/2015: por mandado, os ocupantes presentes no local, os quais deverão ser devidamente identificados e qualificados pelo oficial de justiça encarregado do cumprimento da diligência, que deverá ainda, em sendo possível, identificar o(s) líder(es) do Movimento ali presente(s); por edital, os demais ocupantes que não forem encontrados no local no momento do cumprimento da diligência.”
Caso essa decisão liminar se cumpra, Cairá sobre os ombros da Comunidade o peso do abandono e da morte. Observa-se que o papel da Funai é defender os interesses dos povos indígenas, amparando-os através dos recursos e providências para evitar este horror que recai sobre a comunidade. Além das falhas que constam
no processo (foto da área com erros), a comunidade não tem voz através dos seus representantes legais.
Apelamos a sociedade e aos Superiores do MP Federal com propósito de pedir que assumam o seu papel de luta na defesa dos interesses dos(as) indígenas. E façam cumprir o determinado pelo Supremo Tribunal Federal:
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender, até o fim da pandemia do coronavírus, todos os processos e recursos judiciais de reintegração de posse e de anulação de demarcação de territórios indígenas em tramitação no Brasil. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) considerou o fato uma vitória da mobilização nacional indígena.
“Para nós é uma decisão importante, até porque os povos indígenas estão sendo muito afetados nesse contexto de pandemia. Muitas comunidades estão enfrentando e adotando meios preventivos por conta própria”, aponta Eloy Terena, do setor jurídico da Apib.”
Fonte https://www.brasildefato.com.br/2020/05/06/stf-suspende-processos-de- reintegracao-de-posse-em-areas-indigenas-durante-a-pandemia
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2020/05/stf-suspende-processos- de-reintegracao-de-posse-em-terras-indigenas/
A medida do Juiz (Sr Pablo Baldivieso) é, ao nosso ver, desumana, injusta e desproporcional. Porém, o desinteresse do MP é flagrantemente assustadora. O silêncio em audiência, a falta de comunicação com as lideranças indígenas provoca caos e medo na Comunidade.
Pedimos atenção e respeito. Pedimos providências. Pedimos dignidade. SOBRETUDO PEDIMOS SOCORRO.
Atenciosamente, Aldeia Indígena Novos Guerreiros
Participação do IPOL no IV Encontro do CELIF
Entre os dias 17 de agosto e 18 de setembro, das 15h às 19h, por meio do google meet, será realizado o IV Encontro do Celif. O evento, a ser realizado uma vez por semana, é voltado para docentes de línguas, técnicos formados em Letras ou Linguística e intérpretes de Libras. As inscrições podem ser realizadas até 12 de agosto.
A participação do IPOL será no dia 25 de agosto com a presença da Profª. Drª. Rosângela Morello
Chamada para publicação: Lições do Expresso do Oriente: Metodologias de Ensino de Línguas Não-Hegemônicas no Brasil Data limite: 30 de outubro de 2020
b) línguas asiáticas (semíticas, indo-europeias, altaicas e sino-tibetanas) e;
c) línguas euro e afrobrasileiras, que poderão abrir novos panoramas de compreensão e avaliação de suas diferenças e semelhanças.
Serão aceitos textos desde alunos de graduação, licenciatura até de profissionais experientes e pós-graduados (desde que observadas as normas da revista) para fazer a colaboração e são livres os métodos, abordagens teóricas, procedimentos e técnicas utilizados pelos autores. Incentivam-se trabalhos colaborativos quando possível, bem como textos sobre processos formativos. Ainda se espera receber contribuições de profissionais que atuam no ensino formal e não formal e que desenvolveram métodos e trajetórias de ensino inéditas no contexto brasileiro para os mencionados grupos linguísticos.
Prazo para o envio: 01 de agosto até 15 de novembro de 2020
Encontro virtual Experiências Exitosas de Educação para Migrantes e Refugiados no Brasil



Programa UEMS ACOLHE – Acolhimento Linguístico, Humanitário e Educacional a Migrantes Internacionais
O Programa UEMS ACOLHE – Acolhimento Linguístico, Humanitário e Educacional a Migrantes Internacionais – é o resultado de uma série de ações de extensão desenvolvidas no âmbito da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul com a finalidade de atendimento diferenciado em diversas áreas do conhecimento a comunidade migrante internacional no nosso estado. A concepção deste Programa está em conformidade com a Política de Extensão Universitária da UEMS e reforça o compromisso contínuo da UEMS em retornar à sociedade os conhecimentos produzidos internamente, sendo o mesmo concebido por professores doutores da instituição, com larga experiência acadêmica e profissional na área de migrações e ensino e aprendizagem de línguas.
Em relação ao desenvolvimento das suas atividades, O Programa UEMS ACOLHE visa promover ações de extensão que possibilitem a inserção linguística, humanitária e educacional de migrantes internacionais no estado de Mato Grosso do Sul, a partir, inicialmente, do oferecimento de cursos de extensão gratuitos de Português como Língua de Acolhimento. Além disso, o Programa também contribui para a formação teórica e prática de agentes para atuarem no ensino de Português para falantes de outras línguas a partir do planejamento de cursos, da definição de níveis de ensino, da elaboração de formas de avaliação e da produção de material didático específico.
O Programa UEMS ACOLHE favorece as discussões no âmbito instituicional de políticas institucionais e públicas no estado de Mato Grosso do Sul para a implantação de ações efetivas de acolhimento linguístico, humanitário e educacional a comunidade migrante internacional, enfatizando a relevância do tema migração e deslocamentos no contexto nacional e internacional, favorecendo a reflexão sobre o que vem a ser uma sociedade que acolhe; uma sociedade que responde a expectativas e a necessidades daqueles que chegam e precisam ser acolhidos, ainda que no campo linguístico mais emergencial.
Conheça mais sobre o Programa: http://www.uems.br/midiaciencia/acolhimentopelalingua/