Línguas da Nigéria estão em perigo
A Presidente da Associação de Linguística da Nigéria (LAN), Prof Chinyere Ohiri-Aniche, disse que cerca de 400 línguas da Nigéria estão atualmente ameaçadas de extinção.
Ohiri-Aniche fez a revelação na celebração do Dia Internacional da Língua Materna na UNESCO, organizado pelo Ministério da Educação nigeriano, em colaboração com a LAN entitulado “Línguas locais para a cidadania global: destaque em ciência”. Ela comenta que as línguas foram ameaçadas devido à negligência e difamação no passado, acrescentando que algumas línguas já foram extintas, enquanto que 152 línguas estão à beira de serem extintas.
“A nossa maior preocupação, porém, é que as nossas línguas não estão sendo ensinadas a crianças em casas e escolas. Pesquisas mostram que, em média, 25 por cento das crianças com menos de 11 anos são incapazes de falar a língua dos pais. Se esta tendência continuar, então, as línguas nigerianas estarão em extinção em duas ou três gerações, ou seja, daqui a 50, 75 anos”. Afirma.

Ela chamou as partes interessadas (escolas, agências de telecomunicações, estabelecimentos de mídia, UNESCO e outras organizações internacionais) a tomarem medidas drásticas para impedir a morte das línguas nigerianas. De acordo com ela, os pais devem falar com os seus filhos na sua língua. Ela também pediu que as escolas garantam que cada criança seja ensinada na sua língua materna nas séries primárias e secundárias, como prescrito na Política Nacional de Educação desde 1977.
Guarani se torna idioma de trabalho no Parlasul
Tomando em consideração os antecedentes normativos do Conselho do Mercado Comum, que declara o guaraní como língua oficial do Mercosul, a Mesa Diretora do Parlasul nesses termos tomou a decisão que desde agora se realizarão as traduções simultâneas em guaraní durante o desenvolvimento das sessões plenárias do corpo legislativo, além do español e do português.
Para a incorporação plena da escritura e a oralidade em guaraní durante as sessões e documentações do Parlasur, seu Presidente, Rubén Martínez Huelmo visitará o Paraguay esta quinta e sexta-feiras, com o objeto de assinar um convênio marco de cooperação com a Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL) que como órgão do estado paraguaio, será o encarregado de assessorar nos procedimentos de seleção de tradutores da língua guaraní a outros idiomas e viceversa.
O convenio entre o Parlasul e a Secretaría de Políticas Lingüísticas será assinado pela ministra, Ladislaa Alcaraz de Silvero, nesta sexta-feira às 9h30m, na sede do Centro Cultural da República “El Cabildo”.
Os tradutores a ser contratados pelo Parlasul com assessoramento da SPL operarão nas sessões com as versões orais guaraní-portugués, guaraní-español e viceversa, o qual permitiria possuir um archivo oral em guaraní junto aos outros idiomas do Mercosul.
Fonte: Parlamento do Mercosul.
Embaixador reitera posição do Brasil de cumprimento do acordo ortográfico
O embaixador brasileiro Mario Vilalva enviou, no último dia 20, uma carta aos deputados portugueses onde aponta a posição do Brasil sobre o AOLP (acordo ortográfico da língua portuguesa). O parlamento de Portugal debate e vota, na próxima sexta-feira (28), três projetos de resolução sobre o Acordo Ortográfico
O deputado Acácio Pinto, Deputado do PS, do Distrito de Viseu, publicou em seu blog e transcreveu parte do documento: “Começo por reiterar o compromisso do Governo brasileiro com o cumprimento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Como se recorda, depois de assinado em 16 de dezembro de 2007, o Acordo foi ratificado pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado) e sua implementação passou a ser obrigatória em todo o país por força do Decreto nº 6.583/08, publicado no Diário Oficial da União, em 30 de setembro de 2008, ressalvado o período de transição, ampliado recentemente por decreto legislativo até final de 2015, a fim de assegurar a assimilação das novas regres entre os quase 200 milhões de habitantes, em um território de 8,5 milhões de km2.” Leia Mais
Aprovado o Plano de Ação de Lisboa
O Plano de Ação de Lisboa, resultante da II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, foi aprovado pelo XII Conselho Extraordinário de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no dia 20 de fevereiro de 2014, em Maputo. Leia a resolução, clique aqui .

Suiça diz que ameaças de boicote da UE pelas novas cotas de imigração são exageradas
País com 4 línguas oficiais ( alemão, romanche, francês e italiano) exemplo de respeito à diversidade e liberdade dos seus cidadãos, a Suíça com o referendo limitando a imigração, estremece e gera constrangimento na sua relação com a União Européia
O ministro da defesa suíço disse que é “impensável” que os acordos de seu país com a União Europeia sejam encerrados como resultado do referendo para travar a imigração, afirmando que ameaças de retaliação por parte do bloco são exageradas. Os eleitores suíços neste mês apoiaram, com pequena margem a favor, uma proposta para reduzir a imigração, um movimento que poderia violar o pacto de livre circulação dos cidadãos com o bloco europeu com seus 28 membros, que entrou em vigor em 2002.
O tratado é parte de um pacote de sete acordos visando a cooperação econômica e tecnológica, contratos públicos, e uma série de outras áreas entre a União Européia e a Suiça. O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, alertou que as medidas de imigração suíças teriam “consequências graves” para os laços com a UE, que já adiou as negociações com o país em programas de investigação e de ensino de vários bilhões de dólares.
“A União Europeia e a Suíça têm interesse em chegar a uma solução sensata” disse Ueli Maurer, um membro da extrema-direita Partido do Povo Suíço (SVP), que encabeçou a proposta, disse à Schweiz am Sonntag. “É impensável que os acordos bilaterais sejam encerrados, quer pela Suíça ou pela UE. Ambos os lados se beneficiam deles.”
Um cartaz contra a “iniciativa imigração em massa” do partido socialista SPS é visto através da cerca de arame farpado na Praça Federal antes de uma campanha na capital Berna em 29 de janeiro de 2014.
Maurer disse ao jornal que ele não aguardava muito progresso antes das eleições para o Parlamento Europeu em maio, mas espera conversas “construtivas” depois. Outros líderes da UE adotaram um tom mais conciliador, como a chanceler alemã Ângela Merkel , que alertou contra a retaliação, dizendo que os próprios interesses da Europa serão mais bem servidos esperando para ver como a Suíça implementara o resultado do referendo.
Bulgária, Hungria e Romênia condenam abolição de lei sobre línguas na Ucrânia
Os governos da Bulgária, Hungria e Romênia submeteram a severas críticas a decisão da Suprema Rada (parlamento ucraniano) de revogar a lei do uso ampliado de línguas minoritárias.
O Ministério das Relações Exteriores da Bulgária divulgou esta quarta-feira um comunicado em que exorta os novos líderes políticos da Ucrânia a buscar a integração de todos os grupos étnicos na sociedade ucraniana e respeitar os direitos humanos e a primazia do direito. De acordo com as autoridades oficiais búlgaras, a decisão do parlamento ucraniano vai afetar os 200 mil búlgaros que vivem no sul da Ucrânia, onde o búlgaro tinha recebido o estatuto de língua regional.
Manifestantes no centro da capital ucraniana, Kiev. (foto: Marcos Mucheroni )
O chanceler da Hungria, Janos Martonyi, também exigiu respeitar o direito dos 150 mil húngaros residentes na Ucrânia a usarem livremente sua língua materna. Ele condenou as ações dos ativistas do “Setor Direito” que haviam impedido uma manifestação da comunidade húngara na cidade transcarpatiana de Beregovo.
Por sua vez, o presidente romeno, Traian Basescu, disse que a Ucrânia, que abriga 400 mil romenos étnicos, poderá permanecer íntegra apenas se as minorias forem devidamente respeitadas por parte das autoridades atuais.
Fonte: Voz da Russia.


