O II ENMP visa aprofundar as discussões sobre os desafios da cooficialização de línguas com especial atenção às etapas seguintes à aprovação da lei municipal: a regulamentação e a implementação. Florianópolis, 1 e 2 de setembro. Participem!

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E-books de Morfologia Vegetal ganham versões bilíngues em português e idiomas indígenas no Pará

A iniciativa visa aproximar e valorizar culturas, promover a integração dentro da academia aos monolíngues, que falam apenas a língua portuguesa, com as línguas maternas dos povos originários, fomentando a pluralidade linguística e sociocultural.

Dois e-books elaborados por discentes do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) estão disponíveis para quem tem dificuldade ou curiosidade para entender os termos utilizados na disciplina de Botânica. A novidade é que ambos são bilíngues, em português e idiomas indígenas.

Os e-books, em formato PDF, abordam os conteúdos sobre morfologia da raiz, do caule e da folha. A iniciativa visa aproximar e valorizar culturas, promover a integração dentro da academia aos monolíngues, que falam apenas a língua portuguesa, com as línguas maternas dos povos originários, fomentando a pluralidade linguística e sociocultural.

Foto: Reprodução/Ufopa

A apostila ‘Morfologia Vegetal: português e wai wai – Parte 1‘ foi elaborada pelos alunos indígenas Jeremias Xeremias Wai Wai e Lucilene Wai Wai, além dos alunos Andressa Jaqueline Viana de Souza, Jeferson Figueira de Sousa e Alice Gabrielly da Silva Moura, e professoras Cristina Aledi Felsemburgh (disciplina de Botânica no Ibef) e Alanna do Socorro Lima da Silva, ex-diretora do Ibef.

Já a apostila ‘Morfologia Vegetal: português e munduruku – Parte 1‘ foi um trabalho do discente indígena Dinacildo Kirixi Munduruku, também em conjunto com os mesmos alunos e professoras do grupo de trabalho dos discentes Wai Wai.

A disciplina de Botânica está inserida na grade curricular dos cursos de Agronomia, Engenharia Florestal e Bacharelado em Ciências Agrárias da Ufopa.

FONTE: Portal Amazônia

Cacica Tônkyre e as línguas cantadas: entre rios e palavras

José Bessa Freire

E à noite nas tabas, se alguém duvidava / do que ele contava / tornava prudente: “Meninos, eu vi!” (Gonçalves Dias. I-Juca-Pirama, 1851)

– Minha filha, se eles invadem a aldeia e começam a matar teus irmãos, foge. Foge, minha filha. Foge!

Este conselho do cacique Payaré dado na língua Jê-Timbira à sua filha pequena Tônkyre Akrãtikatêjê, a primeira cacica do povo Gavião hoje com 53 anos, parece desconcertante na boca do valente guerreiro, cuja vida foi marcada por coragem e solidariedade. Estava ele se acovardando? Ou queria manter viva a filha, tal qual o literário guerreiro tupi I-Juca-Pirama preso pelos Timbira, que chorou diante da morte para salvar seu pai cego? Nada disso. Na sequência, Payaré completou:

– Escapa, minha filha, porque alguém tem de sobreviver para contar o que testemunhou com seus próprios olhos.

A filha, que depois substituiria o pai, sobreviveu e seguiu a recomendação sobre a necessidade de ocupar outra trincheira de combate: a da luta pela memória, sempre controlada pelo inimigo, que a manipula e distorce. Não era uma fuga, mas a escolha do campo de batalha, que requer combatentes do lado de cá, como no poema épico de Gonçalves Dias, de dez cantos e 484 versos, no qual o “velho Timbira, coberto de glóriaguardou a memória” daquilo que presenciara.

A luta pela memória passou pela recuperação da sua identidade e de seu nome indígena recusado pelo Cartório, que a registrou como Kátia – assim é hoje conhecida no Brasil. A conversa com o pai, aqui contada do meu jeito, está no filme “Pisar Suavemente na Terra” de Marcos Colón, lançado no Rio, sábado (5). Mas Kátia Tônkyre aparece ainda em outros dois filmes: “Entre Rios e Palavras: as línguas indígenas no Pará em 2021”, de Maurício Correia e indiretamente em Segredos do Putumayo, de Aurélio Michiles, os três filmes unidos pela temática da memória.

Pisar de leve na terra

O combate pela preservação da memória, das línguas e do território atravessa toda a Amazônia indígena assaltada por empreendimentos modernizantes, que falam em nome do progresso, numa destruição planejada pela  “economia do desastre” – segundo Ailton Krenak, um dos narradores do Pisar Suavemente na Terra. “Só trazem destruição, drogas, prostituição” diz o cacique Manoel Munduruku e criam “miséria, pobreza, contaminação, corrupção” nas palavras do Kokama José Manuyana.

As imagens revelam a área desmatada da mina de bauxita da Alcoa, em Juriti (PA), a rodovia Br-222, a estrada de ferro Carajás que corta a aldeia da mesma forma que os linhões de transmissão elétrica, o trem noturno que desperta moradores e espanta animais, o embarque da soja em Santarém, as hidrelétricas de Belo Monte e Tucuruí, o garimpo do rio Tapajós que mata a vida aquática, a ação devastadora de madeireiros e até o desfile de urubus entre as palafitas de Iquitos, no Peru.  A Amazônia está ferida de morte.

Como resistir num contexto em que a economia só existe se o desastre acontece, como ocorreu com mineração na Terra Indígena Krenak em área do Rio Doce narrada por Ailton?

A câmara acompanha o professor Kokama na Amazônia peruana, de onde se desloca para as aldeias do Pará. Em uma delas está o cacique Manoel Munduruku. Na outra Kátia Tônkyre, com sua assombrosa lucidez, relembra quando, aos 9 anos, presenciou o cerco à sua família, em Tucuruí, nos anos 1980, e três jagunços tentaram degolar seu pai. Mas o documentário registra também a resistência. No debate que se seguiu até às 23h00 com Ailton Krenak, Marcos Colón declarou:

– A Amazônia é geralmente pensada como mercadoria, como objeto de exploração. Mas devemos pensar a Pan-Amazônia a partir dos seus povos, do que é importante para eles: os modos de sobrevivência, a água, a floresta, a biodiversidade, as culturas locais porque, como disse Ailton Krenak “a gente só existe porque a terra deixa a gente viver. É a mãe terra que nos dá a vida. É preciso pisar suavemente na terra”.

Entre rios e palavras cantadas

Katia Tônkyre protagoniza também o outro filme Entre rios e palavras, onde dialoga sobre a história do Nheengatu e das línguas na Amazônia com vários indígenas, entre eles Bewari Tembé, Muraygawa Assurini, Márcia Kambeba e Dayana Borari. O filme exibido no V Colóquio Internacional Mídia e Discurso na Amazônia (DCIMA), em Belém, nesta quinta (10), foi seguido da mesa A Revolução Linguística no Baixo Tapajós com falas de Sâmela Ramos, Luana Kumaruara, Raquel Tupinambá e Vera Arapium.

O tema do evento “Outros Possíveis” foi na mesma direção do “Pisar suavemente na terra”. Seu objetivo foi visibilizar e fortalecer formas de vida diferentes das normas ditadas pelo sistema capitalista, com propostas para desconstruir a colonialidade, consciente de que “o planeta não é uma propriedade privada do homem”, que existem muitas outras linguagens além da palavra e que é necessário ver o mundo a partir de outro lugar.

A revolução linguística feita pelos Grupos de Consciência Indígena do Tapajós (GCI) recupera a memória e os processos próprios de aprendizagem do Nheengatu e de outras línguas indígenas duramente reprimidas. Kátia Tônkyre fala da preocupação do seu pai para que fosse alfabetizada em sua língua e resume a pedagogia Akrãtikatêjê, explicando como os ensinamentos são passados por meio de canções, com lições aprendidas na vivência diária. A língua é falada e, sobretudo, cantada, antes de ser escrita.

–  É a aprendizagem de como a gente inventa as músicas, como elas podem ser cantadas para entender a época de plantar, de conservar as sementes, da importância de guardar as músicas através das brincadeiras, do dia a dia, do tempo. Nossas músicas cantam os animais, o tempo, a madrugada, a noite, o cotidiano, o caminhar. Nós temos músicas da cabeça da onça, do peixe, da anta, da guariba, de cada animal, que são repassadas como mensagens, um recado através da cantiga.

Segredos do Putumayo

Embora os Gaviões Akrãtikatêjê não tenham presença física n0 longa-metragem Segredos do Putumayo, a preocupação pela memória foi discutida pelo diretor Aurélio Michiles e por Wanda Uitoto na quinta (27/10), quando o filme foi exibido no seminário “Darcy Ribeiro: pensamento humanista em tempos de barbárie” organizado pela Casa de Oswaldo Cruz.

O extermínio de mais de 30 mil indígenas no rio Putumayo aparece em todo seu horror no documentário, que recupera o diário do diplomata e nacionalista irlandês a serviço da Coroa Britânica, Roger Casement (1864-1916), cônsul no Brasil. Ele foi encarregado de investigar, em 1910, as condições de trabalho da Peruvian Amazon Company, financiada pela Bolsa de Londres, que escravizava indígenas nos seringais.

As informações do Diário de Casement, julgado e condenado à morte na forca pelo crime de “traição, sabotagem e espionagem contra o Reino”, são complementadas por imagens de Silvino Santos No País das Amazonas (1922), depoimentos, entre outros, do historiador Angus Mitchell, do escritor Milton Hatoum e de indígenas dos povos Uitoto, Bora, Okaina e Muinames, habitantes de La Chorera (Colômbia), depositários da memória e da documentação oral. Lá Michiles entrevistou uma igualmente brilhante Kátia local.

A exibição dos três filmes que tive a sorte de ver antecedem o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI) a ser realizado em Brasília de 2 a 11 de dezembro, com programação de longas-metragens de temática indígena e ambiental focada no tema central: “Como você cuida da sua aldeia?” e com indicações de caminhos sobre outras formas de viver no mundo. Já sabemos como os Gaviáo- Akrãtikatêjê cuidam de sua aldeia, onde a cacica Kátia vive com sua sabedoria. Meninas, ela viu. E todo mundo  também agora pode ver, graças ao testemunho dela.

  1. Pisar suavemente na terra. Direção de Marcos Colón, filmado no Brasil, Colômbia e Peru e vencedor do Prêmio de Melhor Fotografia no Festival Filmambiente 2022. Com Kátia Akrãtikatêjê, Manoel Munduruku, José Manuyama e Ailton Krenak. 83 minutos.
  2. Entre rios e palavras: as línguas indígenas no Pará, direção e montagem de Mauricio Neves Correia. Produção Ivânia Neves GEDAI. Elícia Tupinambá – Se anama (versão de Florêncio Vaz). 76 minutos
  3. Segredos do Putumayo dirigido por Aurélio Michiles e filmado na Amazônia brasileira e colombiana, inspirado no “Diário da Amazônia” de Roger Casement. Fotografia de André Lorenz Michiles. 83 minutos

 

Nova tecnologia promete mudar a realidade das exibições de cinema no Brasil

Nova tecnologia promete mudar a realidade das exibições de cinema no Brasil, beneficiando mais de 10 milhões de pessoas surdas, cerca de 600 mil pessoas cegas e outras 6,5 milhões de pessoas com baixa visão. Trata-se de um aplicativo de acessibilidade que reconhece o áudio do filme e sincroniza, em tempo real, os recursos de audiodescrição, legenda e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). O lançamento acontece no dia 9 de novembro em um evento em Brasília, em uma sessão dublada do filme Caça Implacável, no Espaço Itaú de Brasília, a partir das 10 horas.

A ação é promovida pela Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex – ABRAPLEX e tem o objetivo de democratizar ainda mais o acesso à cultura e ao entretenimento, ampliando a acessibilidade de pessoas com deficiências em todas as salas de cinema do País. “Estamos, com isso, mudando a realidade de uma parcela significativa da sociedade que não tinha o cinema como parte do seu entretenimento”, salienta o presidente da ABRAPLEX, Marcos Barros.

Para Lúcio Otoni, presidente da FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas), a iniciativa também vai beneficiar os exibidores de pequeno e médio portes: “Além de democratizar o acesso, a nova tecnologia não implicará em aumento de custos para as empresas, principalmente nas cidades menores, o que é essencial para este momento em que retomamos as atividades após um longo período de paralisação”.

A previsão de tornar os cinemas mais inclusivos já estava na Instrução Normativa 165, da Agência Nacional do Cinema – Ancine, que indicava as distribuidoras e exibidoras como responsáveis pela disponibilização dos recursos de acessibilidade audiovisual ao público. Também de acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o prazo para as salas de exibição fornecerem recursos de acessibilidade audiovisual às pessoas com deficiência era até a data 2 de janeiro de 2023.

O APP

Disponível em versões para Android e IOS, o aplicativo se chama MovieReading e é gratuito. Depois de instalado, ele reconhece o áudio do filme e sincroniza, em tempo real, os recursos de audiodescrição, legenda e LIBRAS. Assim, o usuário consegue escolher a melhor opção para acompanhar o filme em exibição. Os filmes com acessibilidade serão identificados com um selo acompanhado de um QR Code.

Além dos cinemas, outra vantagem é que a funcionalidade pode ser utilizada para assistir filmes em qualquer lugar, inclusive fora dos multiplex.

O aplicativo pode ser acessado em https://www.moviereadingbrasil.com.br/.

FONTE: Cenas de Cinema

Primeiro instrutor e examinador de trânsito surdo do Brasil é do DF

Emanuel Souza Andrade participa da banca de aplicação de exames para condutores com deficiência auditiva. Em média, o Detran-DF realiza de quatro a oito avaliações por mês para esse público.

Piauiense de nascença, mas brasiliense de coração, Emanuel Souza Andrade, 36 anos, servidor do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), se tornou o primeiro instrutor e examinador de trânsito surdo do Brasil. No órgão desde 2012, ele passou a participar neste ano da banca examinadora do processo de avaliação prática para obtenção da carteira nacional de habilitação (CNH) para pessoas com deficiência auditiva.

“Agora a tendência é tornar o processo mais acessível e fazer com que as pessoas como eu encontrem menos dificuldades pelo caminho”Emanuel Souza Andrade, servidor do Detran-DF

A nova etapa na carreira de Emanuel se deu após a graduação em Língua Brasileira dos Sinais (Libras) na Universidade de Brasília (UnB), a formação em um curso na área e uma fase de teste em que acompanhava intérpretes de Libras nas bancas examinadoras do órgão. “Me sinto realizado e com vontade de sempre melhorar. No começo, foi um grande desafio seguido de intenso aprendizado diário”, afirma.

Mais do que quebrar paradigmas ao ser o primeiro examinador surdo do país, Emanuel almeja expandir a inclusão na área, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, que garante a esse público acessibilidade comunicacional durante todo o processo. “Agora a tendência é tornar o processo mais acessível e fazer com que as pessoas como eu encontrem menos dificuldades pelo caminho”, comenta.

Emanuel almeja expandir a inclusão no processo para se obter a CNH | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Para isso, o servidor integra o projeto Libras no Trânsito, do Detran-DF, que tem como objetivo oferecer cursos de trânsito para pessoas surdas, e também faz um mestrado na UnB no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Tradução em que pretende traduzir do português para Libras o processo de obtenção da CNH. “Para que os surdos sejam atendidos por meio da língua de sinais”, completa.

Criado pela Escola Pública de Trânsito (EPT), da Diretoria de Educação de Trânsito do Detran-DF, o projeto Libras no Trânsito concorre ao Prêmio Espírito Público na categoria Promoção da Diversidade

Chefe do Núcleo de Avaliação de Candidatos do Detran-DF, Fábio Eduardo de Oliveira acredita que a presença de Emanuel na banca vai melhorar a experiência dos candidatos surdos e com deficiência auditiva. “Imagino que, para o candidato, ao ter um examinador surdo, a comunicação é colocada em pé de igualdade. Que seja algo reconfortante. É algo extraordinário para a gente ter uma equipe bem preparada e plenamente capaz de se comunicar”, avalia.

Tradução em Libras

Em média, o Detran-DF tem de quatro a oito exames por mês que necessitam da comunicação em Libras. Antes do início do trabalho de Emanuel como examinador, o órgão contava com até quatro intérpretes de Libras se revezando na atuação de tradução durante os exames teóricos e práticos.

Desde 1975, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) permite que pessoas surdas ou com deficiência auditiva possam participar do processo para tirar a CNH. Além disso, uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro garante a esse público acessibilidade comunicacional em todas as etapas. Apesar da garantia da legislação, a acessibilidade ainda é bastante reduzida no Brasil.

FONTE: Agência Brasília

GT do CNJ debate percentual de cotas para indígenas no Judiciário

 

GT do CNJ debate percentual de cotas para indígenas no Judiciário

Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

O grupo de trabalho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que estuda a regulamentação de cotas para indígenas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos no Poder Judiciário concluiu que deve ser assegurada reserva de vagas para essa população.

De acordo com o coordenador do grupo, conselheiro Sidney Madruga, os integrantes entenderam que a resolução que irá assegurar esta reserva deve contemplar a necessidade de ampliação da presença de indígenas para 5% do quadro. Atualmente, há somente 13 juízes no país que se autodeclaram indígenas. “Temos indígenas graduados, mestres e doutores que podem, sim, ingressar na magistratura de forma mais igualitária”, considerou.

Outra proposta do grupo é de que a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM) incorpore no curso de formação uma disciplina acerca dos povos indígenas, a exemplo da iniciativa do Comitê de Pessoas com Deficiência no Âmbito do Judiciário, que enviou ofício à ENFAM sugerindo a criação de uma disciplina sobre os direitos destas pessoas.

O grupo de trabalho também tratou sobre a inclusão de representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) no colegiado e a nomeação de um conselheiro para a presidência do Fórum Nacional do Poder Judiciário para monitoramento e efetividade das demandas relacionadas aos povos indígenas e tribais (Fonit), instituído pela Resolução n. 453/2022, que tem o objetivo de elaborar estudos e propor medidas para o aperfeiçoamento do sistema judicial quanto ao tema.

O procurador regional da República Felício de Araújo Pontes Junior, coordenador-executivo do grupo; o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Jônatas Andrade; a antropóloga Jane Felipe Beltrão, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA); e o procurador da República Onésio Soares Amaral, que também participa do grupo de trabalho sobre as cotas étnico-raciais da Procuradoria Geral da República, contribuíram com os debates da reunião.

No encerramento dos debates, os participantes reconheceram também a importância de que a questão dos quilombolas e povos tradicionais seja tratada em foros específicos. A previsão é de que o próximo encontro do grupo aconteça no início de novembro.

FONTE: Agência CNJ de Notícias

IFSC lança consulta pública sobre a oferta do Curso de Graduação em Pedagogia Bilíngue Libras/Português

A Secretaria Municipal de Educação e Esportes, por meio do Polo EaD/UAB, após contato com o Instituto Federal de Santa Catarina- IFSC, lança consulta pública sobre a oferta do Curso de Graduação em Pedagogia Bilíngue Libras/Português no intuito de ratificar a abertura do curso na cidade de Laguna.

A expectativa é que o curso seja ofertado ainda no 1º semestre de 2023, contemplando toda a região da AMUREL, com acesso ao curso de maneira gratuita e em instituição qualificada e renomada na área da Educação Bilíngue de Surdos.

Laguna no ano de 2020 foi contemplada pelo Governo Federal com a construção de uma Escola Bilíngue de Surdos, com a tem expectativa de conclusão da obra dentro de 02 anos. A escola atenderá alunos deficientes auditivos sinalizantes, surdos, surdocegos, surdos com outras deficiências associadas, desde a educação infantil até fundamental II, diante disso, faz-se necessário formar pedagogos aptos a atuar na área de surdos. A proposta prevê que a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS será ofertada como língua de comunicação, ensino, interação, instrução e a Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua.

A pesquisa visa avaliar o perfil do público que tem interesse na formação bilíngue de surdos.

Segundo a professora Crisiane Bez Batti, uma das idealizados desse projeto quando esteve a frente do DIPEBS – MEC e atualmente professora bilíngue da Rede Municipal de Educação, destaca que “a escola bilíngue de surdos vai oportunizar a comunidade surda o acesso a educação voltada para a suas especificidades  linguísticas e possibilitará que as crianças tenham acesso a sua língua materna, a LIBRAS”.

O link para consulta estará disponível até o dia 30/10.

FONTE: Município de Laguna

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