Comunicação

Diálogos PPGL – Sistema de Normas e a Evolução Demolinguística da Língua Portuguesa

A língua portuguesa, em seu desenvolvimento histórico, se transformou em múltiplas e variadas línguas, ajustando-se às realidades sociais locais, assim como estabelecendo visões de mundo próprias para cada sociedade que a adotou (ou em que ela foi imposta). Cabe, assim, no cenário perguntar: quantas são as línguas portuguesas? Quais são as relações existentes entre as sociedades pós-coloniais e a língua legada pela antiga metrópole? São muitos os caminhos para examinar tal presença na contemporaneidade. E a sua reflexão é pertinente para se pensar nos rumos que a língua portuguesa deve tomar em um mundo cada vez mais globalizado, mas com espaço ainda para a diversidade linguística, como a presente em países africanos de língua Portuguesa (Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Equatorial e Guiné Bissau) e em Timor-Leste.
Para conversarmos sobre a língua portuguesa no mundo e sua diversidade de normas, o Diálogos PPGL contou com o Prof. Dr. Gilvan Müller de Oliveira. Em mais esse encontro, intitulado “O sistema de normas e a evolução demolinguística da Língua Portuguesa”, o professor Gilvan, professor da Universidade Federal de Santa Catarina e pesquisador da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo, conversou coma Profa. Dra. Regina Pires de Brito, Ana Lucia Trevisan e Alexandre Marcelo Bueno, docentes do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Artigo Indicado para Leitura: encurtador.com.br/iruO0

Plan de Acción Mundial para el Decenio Internacional de las Lenguas Indígenas (IDIL 2022-2032)

 

Monsenhor Tabosa adota língua Tupi como cooficial e planeja instituir ensino do idioma nas escolas

O município no Sertão Central cearense tem cerca de 4.000 descendentes de povos indígenas
Cidade do Ceará terão idioma Tupi nas escolas

A História ensina que o colonizador português ocupou e impôs a sua cultura, língua e religião aos povos nativos. As tribos foram dizimadas na costa e no interior nordestino. Cinco séculos depois, uma iniciativa visa reconhecer e resgatar o ensino da língua indígena Tupi-nheengatu, no município de Monsenhor Tabosa, localizado no Sertão Central cearense.

A língua Nheengatu, frequentemente escrita Nhengatu, é indígena, da família de línguas Tupi-Guarani e derivada do tronco tupi. O texto da lei ainda institui a criação de programas comunitários para fomentar o aprendizado do idioma.

A Câmara Municipal de Monsenhor Tabosa aprovou por unanimidade um projeto de lei que reconhece a língua nativa Tupi-nheengatu como língua cooficial do município. O texto legal já foi sancionado pelo prefeito Salomão de Araújo Souza, que é descendente de povos indígenas.

“Estou muito feliz por essa aprovação e a alegria vai ser maior e o sonho vai se concretizar quando o ensino iniciar na rede municipal”.

O autor do projeto, vereador e descendente de indígenas, Vicentinho Sampaio, comemorou a aprovação da matéria e frisou que “era um sonho da nossa gente, que oficialmente dá o reconhecimento local e vai permitir o seu ensinamento à geração atual para preservar a história de nossa gente”.

O secretário de Educação do município, Renê Felipe, disse que vê o projeto “com otimismo e uma oportunidade de resgatar e valorizar a cultura local das comunidades descendentes de povos indígenas”.

Sobre o ensinamento na rede pública municipal de ensino, Renê Felipe, ponderou que “é preciso aguardar regulamentação por meio de decretos”.

O secretário explicou ainda que haverá um planejamento para definir o modelo de ensino, a contratação de professores e a carga-horária.

“Vamos transformar metade das nossas escolas em ensino integral, a partir do próximo ano, e no contraturno a disciplina poderá ser ministrada, como eletiva, mas ainda não temos essa definição”.

A líder comunitária e antropóloga Tereza Potiguar (Teka) pontuou que a aprovação da lei “representa mais uma conquista para os povos indígenas” e disse que aguarda com expectativa “a implantação do ensino nas escolas da rede municipal”.

Teka Potiguar lembrou que “há 15 anos que estamos sistematizando a língua Tupi antiga, contemporânea e em palavras soltas entre povos do Norte e Nordeste brasileiros para revitalizar e assegurar o futuro das atuais comunidades”.

Já o vereador Índio Vicentinho lembrou que houve, recentemente, curso e intercâmbio com professores e indígenas que falam a língua Nhengatu, oriundos do Amazonas e do Pará. “Quando o projeto for ser implantado defendemos a vinda de professores, de pessoas que dominam bem e conhecem a língua”.

O município de Monsenhor Tabosa tem em torno de 16.700 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 4.000 descendem de etnias indígenas. Há 17 escolas da rede municipal e cerca de 4.200 alunos matriculados no ensino infantil, fundamental e na alfabetização de jovens e adultos (EJA).

Lançamento oficial da primeira edição da Revista NJINGA & SEPÉ

 

Assista na integra, no canal da revista no youtube

 

 

Webinário “Importância da Convenção OIT 169 para a proteção dos direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais”

Importância Convenção OIT 169 para Proteção dos Direitos Povos Indígenas e  Comunidades Tradicionais - YouTube

Realização: Ministério Público Federal (MPF)
Apoio: Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
01 de junho de 2021, às 10h

A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF) e a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) realizam, no dia 1º de junho, às 10h, o webinário “Importância da Convenção n° 169 da OIT para a Proteção dos Direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais”. O evento tem o objetivo de discutir a convenção, que cria o instituto da consulta prévia, livre e informada e é considerada um marco na proteção e defesa de povos indígenas e tradicionais. O encontro também vai tratar do Projeto de Decreto Legislativo nº 177/2021, que está em tramitação e autoriza o presidente da República a denunciar a convenção. Os debates serão transmitidos ao vivo pelo canal do MPF no Youtube

Participam do webinário, como expositores, Joênia Wapichana, deputada federal e coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Povos Indígenas; Luiz Eloy Terena, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib); Jefferson Pereira, advogado quilombola da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq); Alfredo Wagner de Almeida, representante da ABA; José Francisco Calí Tzay, relator especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para os Direitos dos Povos Indígenas; e Martin Hahn, diretor do Escritório da OIT no Brasil. A abertura terá a presença de Eliana Torelly, subprocuradora-geral da República e coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, e de Patrícia Birman, presidente da ABA. Participam como debatedores Ubiratan Cazetta, procurador da República e presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e Ricardo Verdum, da ABA.

Mozilla Common Voice vai criar banco de voz para língua Suaíli

Organizações sem fins lucrativos estão investindo US$ 3,4 milhões para criar um banco de dados de voz na língua africana

O investimento vem de organizações sem fins lucrativos internacionais, como a Fundação Bill & Melinda Gates, Corporação Alemã para Cooperação Internacional e a Foreign Commonwealth & Development Office. Com o dinheiro, será possível contratar desenvolvedores e trazer voluntários para criar um banco de dados de voz na língua africana.

“Ao facilitar a doação de dados de voz em Suaíli, a Common Voice ajudará os africanos orientais a desempenhar um papel direto na criação de tecnologia que ajuda em vez de prejudicar suas comunidades”, disse Chenai Chai, assessora especial da Fundação Mozilla.

Ao todo 100 milhões de pessoas têm o Suaíli como língua materna, falado principalmente no Quênia, Uganda, Tanzânia, Ruanda, Burundi e Sudão do Sul.

O Mozilla Common Voice foi criado em 2017 como uma alternativa às grandes empresas que trabalham no mercado de voz. Até o momento, o Common Voice conta com mais de nove mil horas de dados em 60 idiomas diferentes, considerado o maior conjunto de dados de voz público do mundo.

Fonte: Voicebot

IPOL Pesquisa

1 e 2 de setembro de 2025

https://geomultling.ufsc.br/ii-encontro-nacional-de-municipios-plurilingues/

O II ENMP visa aprofundar as discussões sobre os desafios da cooficialização de línguas, com especial atenção às etapas seguintes à aprovação da lei municipal: a regulamentação e a implementação.

Anote na agenda e participe!                                                               __________________________

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