Governo da Ucrânia promete manter a língua russa como oficial no país
Idioma terá status de regional
Em discurso para os habitantes do sul e do leste da Ucrânia na terça-feira, 18, o Primeiro-Ministro interino, Arseniy Yatsenyuk , disse que o idioma russo tem o mesmo status e as mesmas capacidades e direitos da língua ucraniana nas regiões onde os falantes de russo são predominantes, garantindo que ninguém está proibido de utilizar a língua no país.
Segundo ele, o Presidente interino Oleksandr Turchynov tomou a decisão de manter em vigor a atual lei sobre as línguas, adotada em 2012, com o intuito de dar ao russo ou a qualquer outro idioma o caráter de língua regional, podendo ser utilizada em tribunais, escolas e outras instituições públicas.
Yatsenyuk também aproveitou a oportunidade para anunciar novas reformas visando à descentralização da administração do país, destacando que todas as alterações serão delineadas na nova edição da constituição ucraniana. Ao mesmo tempo que permitirão a manutenção da unidade nacional, as mudanças levarão em conta a expansão dos poderes regionais, afetando principalmente os setores de saúde, habitação, segurança e serviços. Especificidades locais, de acordo com o premier, serão seriamente consideradas nas questões relativas à educação, cultura e história de cada região.
Fonte: Diário da Rússia.
Um pouco sobre a língua de sinais
Muitas pessoas pensam que a língua de sinais, em todo o mundo, é igual. No entanto, é importante ressaltar que essa é uma língua natural, com léxico e gramática próprios. Assim, cada comunidade de surdos desenvolveu a sua língua de sinais ao longo dos tempos, assim como cada comunidade de ouvintes desenvolveu a sua língua oral. Existem países que apresentam mais de uma língua de sinais.
Os linguistas que estudaram as diferentes línguas gestuais concluíram que elas apresentam diferenças consideráveis entre si. Além disso, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes quando necessitam comunicar-se com pessoas que utilizam uma língua diferente. Esses fatores justificam que cada país tenha a sua própria língua gestual. No Brasil, por exemplo, tem-se a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), enquanto que em Portugal existe a Língua Gestual Portuguesa (LGP).
Da mesma forma que acontece nas línguas faladas oralmente, existem variações linguísticas dentro da própria Língua de Sinais, que podem ser consideradas regionalismos ou dialetos. Essas variações ocorrem devido à existência de culturas diferentes e influências diversas no sistema de ensino do país.
Existe ainda uma língua de sinais universal, análoga ao Esperanto, conhecida como Gestuno, que é usada em convenções e competições internacionais.
A língua de sinais também é usada em situações em que pessoas sem quaisquer deficiências visuais ou auditivas necessitem se comunicar, sem que possam utilizar sons. Exemplos disso são a comunicação entre mergulhadores e aquela ocorrida em rituais de iniciação entre aborígenes australianos, em que é proibido falar oralmente por um período de tempo.
A memória da repressão às línguas de imigração na recuperação de um Atlas Geográfico
Um exemplar do Atlas Geográfico (UNIVERSAL ATLAS, escrito por Friedrich Volckmar e publicado em meados de 1909 em língua alemã), foi salvo por um menino de uma fogueira destinada à destruição de publicações didáticas em línguas de imigração, por volta da época da segunda Guerra Mundial (1939-1945). O aluno teria visto o livro “escorregar” entre a pilha de livros em chamas no pátio da Escola Isolada da Estrada Carolina, no interior do município de Gaspar em Santa Catarina.
Segundo a professora aposentada Edith Manke, este aluno, com receio da forte repressão linguística* que ainda imperava, manteve a publicação escondida no sótão de sua casa até decidir entregá-lo novamente à escola. Muitos anos mais tarde e pelo fato de D. Edith lecionar em língua alemã nesta mesma escola, o Atlas Geográfico acabou ficando sob sua responsabilidade.
Fotos de antes e depois da restauração feita no Atlas
No ano de 2012, a equipe de pesquisadores do IPOL no âmbito do Projeto “Receitas da Imigração: Língua e Memória na Preservação da Arte Culinária” tiveram o privilégio de conhecer um pouco da história de vida de D. Edith e sua ligação com a localidade da Estrada Carolina. Na ocasião, ela nos confiou a posse deste documento histórico. Para ela, mais importante do que estar de posse do Atlas é fazer como que sua história seja conhecida e preservada.
Por que falar outra língua na sala de aula é bom
Não foi há muito tempo que a educação bilíngue foi essencialmente banida da sala de aula, na Califórnia, graças a Proposição 227 . Avancemos 15 anos, e você vai descobrir que a educação bilíngüe é agora a norma – ao menos para uma cidade.
Conforme relatado no SFGate , San Francisco tornou-se rapidamente modelo em educação bilíngue na última década. Quase 30% dos alunos de Inglês da cidade estão inscritos em programas de educação bilíngue, com resultados promissores. Estudos recentes da Universidade de Stanford mostram que esses alunos são tão proficientes em seus resultados acadêmicos como alunos de ELL matriculados somente nos programas de língua inglesa.
Esses tipos de resultados mostram claramente que o apoio a língua nativa do aluno não é uma coisa “ruim”, no mínimo. Através de programas bilíngues, esses alunos recebem o apoio que precisam para começar a aprender, ao mesmo tempo, construir sobre as suas competências linguísticas o Inglês em um ritmo confortável.
Nem todos os distritos escolares concordam, no entanto. A maioria das cidades não são tão abertas a esta ideia como San Francisco, e não tem como a elevação de uma necessidade de apoiar a educação bilíngue, gastar ou acabar construindo recursos para isto. Algumas administrações escolares em todo o país até tentaram “proibir” os estudantes de falar sua língua nativa completamente.
Leia Mais
Professores de Myanmar advertem para dificuldades na construção do censo
Professores de escolas do Estado tem a tarefa de realizar um censo deste mês na área rebelde de maioria muçulmana. Autoridades do estado de Rakhine expressaram preocupação de que a falta de conhecimento da língua local pelos professores dificulte a coleta de dados.
A preocupação aumenta ainda mais com a recusa do governo para atribuir segurança extra para a região rebelde, enquanto o censo estará sendo realizado de 30 de março a 10 de abril.
Vários professores designados para trabalhar em escolas em Maungdaw e Buthidaung, entre outros municípios no norte do estado de Rakhine, disseram ao The Myanmar Times que varias vezes suas escolas tinham afixados quadros de avisos dizendo que eles não entendem a língua dos muçulmanos tanto de Rakhine e Rohingya. No entanto, afirmam que isso é incorreto e a maioria só fala as línguas de Mianmar e Rakhine.
Autoridades de Myanmar Discutem plano de ação para o censo
“Apenas alguns grupos [étnicos] de Rakhine e moradores de Buthidaung e Maungdaw conhecem um pouco da língua bengali. A maior parte do resto do estado não pode compreendê-la ao todo”, disse um professor do sexo masculino da área do município de Taung Pyaw Maungdaw, que pediu para não ser identificado. Leia Mais
Documentário ‘Ao sul da fronteira’ discute educação para a cidadania
O documentário examina as políticas econômicas de livre mercado historicamente impostas pelos Estados Unidos e pelo FMI na região e como elas falharam em aliviar o problema crônico da desigualdade social na América Latina e contribuíram para a ascensão de líderes socialistas e social-democratas na região.
O filme de Oliver Stone “Ao Sul da Fronteira” vai além da análise da política norte-americana em relação à América Latina. Ele mostra claramente as consequências de sociedades que não investem em educação e, principalmente, em educação para a cidadania.
Nós estamos muito longe de ser um verdadeiro Estado Democrático de Direito. Na verdade, nós temos governos oligárquicos que administram a máquina pública em benefícios de alguns grupos econômicos. Para que tenhamos um Estado Democrático de fato é preciso que os indivíduos de uma sociedade se tornem verdadeiros cidadãos.
As pessoas precisam deixar de se compreender como indivíduos e passar a cuidar ativamente do que é publico. Nós ainda temos a noção de que o público não nos pertence. Enquanto pensarmos assim não teremos os direitos individuais realmente respeitados e continuaremos perdendo em qualidade de vida. Nós não somos uma ilha e não temos somente uma vida individual. Essa ideia de projeto individual de vida é uma construção abstrata que o sistema deseja que tenhamos. Enquanto cada um cuidar somente da sua vida, a nossa vida em comum fica nas mãos de poucos.
Na verdade, as nossas vidas são interligadas em uma sociedade. Nós pagamos impostos para que o básico para a vida humana de todos se realize: educação, sistema de saúde, segurança, emprego, etc.
O início de uma vida social começa com a educação para a cidadania. Cidadania é o cuidado com a coisa pública. O cidadão, em primeiro lugar, se interessa por tudo que está a sua volta. O cidadão percebe a falta de cuidado com a sua rua, com as praças, com o vazamento de água em algum lugar público, com o cuidado com as placas de sinalização, com a iluminação pública, etc. Esse cuidado vai do ajudar para que tudo se mantenha bem até a denúncia para órgãos competentes.