Atlas Sociolingüístico de Pueblos Indígenas en América Latina: disponibilizados links para acessar os dois tomos, o material do DVD e o blog
Atlas Sociolingüístico de Pueblos Indígenas en América Latina
O Atlas Sociolingüístico de Pueblos Indígenas en América Latina, publicado originalmente em 2009 numa parceria entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID) e a Fundación para la Educación en Contextos de Multilingüismo y Pluriculturalidad (FUNPROEIB Andes), mostra a imensa diversidade étnica e cultural da população indígena da região, desempenhando um importante papel de disseminador e valorizador das sociedades indígenas latino-americanas, além de ser um documento que permite aprofundar o debate sobre as políticas, planos e programas de interesse destes povos.
A versão em pdf do Atlas, em dois tomos, pode ser baixada aqui e aqui. Também é possível acessar aqui ao material do DVD que acompanha os tomos, no qual o internauta visualiza vários recursos do Atlas.
Outro recurso importante é o Blog do Atlas (acesse aqui), que apresenta mapas e fichas com informações de cada um de los 522 povos indígenas que vivem na América Latina, distribuídos em 20 países (Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela).
Lançados os dois primeiros volumes da publicação Atlas Linguístico do Brasil
Lançados os dois primeiros volumes da publicação Atlas Linguístico do Brasil
Foram lançados os dois primeiros volumes que reúnem dados de 25 capitais de estado
Volume 1 – Introdução
Autores: Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso, Jacyra Andrade Mota, Vanderci de Andrade Aguilera, Maria do Socorro Silva de Aragão, Aparecida Negri Isquerdo, Abdelhak Razky, Felício Wessling Margotti, Cléo Vilson Altenhofen
Londrina: Eduel, 2014. 212 p. il. ISBN 978-85-7216-705-5
Volume 2 – Cartas Linguísticas 1
Autores: Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso, Jacyra Andrade Mota, Vanderci de Andrade Aguilera, Maria do Socorro Silva de Aragão, Aparecida Negri Isquerdo, Abdelhak Razky, Felício Wessling Margotti
Londrina: Eduel, 2014. il. 368 p. ISBN 978-85-7216-709-3
Portunhol na visão dos artistas uruguaios Fabián Severo e Ernesto Díaz
Portunhol na visão dos artistas uruguaios Fabián Severo e Ernesto Díaz
Confira aqui o áudio de uma interessante entrevista sobre o “portunhol”, com os artistas uruguaios Fabián Severo e Ernesto Díaz, concedida a Jaime Clara.
No vídeo abaixo Fabián Severo lê o “Poema 34” de seu livro Noite nu Norte e Ernesto Díaz interpreta a canção canção “Los Oreia”, dele e Antonio de la Peña.
Pesquisadores utilizam software para analisar a evolução da língua portuguesa no Brasil
Pesquisadores utilizam software para analisar a evolução da língua portuguesa no Brasil
Programa contou quantas vezes os pronomes ‘tu’ e ‘você’ aparecem em cerca de 70 mil textos
Por Leonardo Cazes

Frequência do uso do pronome “você” nos romances brasileiros em função dos anos. Cada marcador corresponde a uma obra específica. O contexto da época sugere que, no período, a escolha entre os pronomes “tu” e “você” dependia mais do estilo do autor, se mais romântico ou mais realista. – Reprodução
RIO – Contar quantas vezes os pronomes “tu” e “você” são utilizados em cerca de 70 mil textos escritos em português, publicados entre os séculos XIII e XXI, é uma tarefa impossível para o ser humano, mas não para uma máquina. E os resultados dessa contagem são reveladores da transformação da língua escrita no Brasil. Foi isso que o mexicano Cuauhtémoc García-García, um estudante de pós-graduação em Culturas Ibéricas e Latino-americanas da Universidade de Stanford, na Califórnia, fez nos últimos 18 meses em parceria com o biólogo Marcus Feldman, professor da instituição e um dos pioneiros nos estudos sobre evolução cultural, e o linguista brasileiro Agripino Silveira: utilizou um software para analisar como o registro escrito do português mudou ao longo dos séculos.
Os casais separados pelo teste de língua alemã
BERLIM (Reuters) – Michael Guhle conheceu o amor de sua vida na praia de uma pequena vila de pescadores no Vietnã. Thi Nguyen vendia mexilhões frescos cozidos e frutas na praia e quando Michael botou seus olhos sobre Thi Nguyen foi amor a primeira vista. Logo o trabalhador de Berlim num lar de idosos estava economizando todo o seu dinheiro e dias de férias para visitar Nguyen.
O Casamento deveria junta-los. Em vez disso, foi o início de um longo calvário. AO governo alemão proibiu Nguyen de entrar no país depois que ela foi reprovada no teste de língua exigido aos imigrantes – mesmo aqueles casados com alemães. “Eu pensei que se casar com a pessoa que você ama e viver junto é um direito humano”, disse Guhle em seu modesto apartamento de dois quartos na periferia de Berlim. “Aparentemente, este não é o caso na Alemanha.”
Nesta foto Michael Guhle e sua esposa Thi Nguyen, sentados em seu apartamento no bairro de Weissensee, em Berlim, Alemanha
A Alemanha adotou regulamentos de fluencia no idioma alemão para imigrantes em potencial em 2007. A maioria dos países da UE – incluindo França, Itália, Espanha e Suécia – não exigem que cônjuges estrangeiros passem em testes de língua obrigatórios antes de se juntar aos seus parceiros na Europa. Áustria, Grã-Bretanha e Holanda estão entre os países que exigem testes de linguagem para que cônjuges estrangeiros entrem no país, mas especialistas dizem que prova da Alemanha é a mais difícil.
A Comissão Europeia criticou a lei alemã, dizendo que ela pode violar tratados europeus. É um desafio legal para o Tribunal de Justiça Europeu, esperado para ser ouvido neste mês. Como as coisas estão, no entanto, os casais binacionais como Guhle e sua esposa enfrentam desafios caros e intimidativos.
Da Libras ao português
Novos materiais bilíngues prometem ampliar as possibilidades de comunicação entre pessoas surdas e ouvintes
Por Camila Ploennes

O professor Rafael Dias conversa com Pamela: sinal de “correto” para a resposta da aluna
É a última aula de terça-feira para o 2º ano A da Escola Estadual Dom João Maria Ogno, na Vila Esperança, zona leste de São Paulo. O professor de geografia Paulo Afonso Del Pino escreve na lousa um resumo sobre as máfias japonesa, russa, italiana, até que a lousa acabe e ele apague tudo para, em seguida, escrever mais. Os alunos participam desse ciclo de cópia, cada um a seu modo – uns conversam ou jogam bolinhas de papel no lixo, outros checam o celular ou simplesmente reproduzem no caderno as frases do quadro-negro.
No meio de uma sentença, Pamela de Souza Alexandre, de 18 anos, para de copiar, franze a testa e aponta em suas anotações a palavra “gangue” para o professor Rafael Dias Silva, que explica, com as mãos, que aquele conjunto de letras descende da língua inglesa, é sinônimo de “quadrilha” e significa um grupo organizado de malfeitores.
Contraste
A primeira língua de Pamela é a Libras, a Língua Brasileira de Sinais. A surdez não a impediu de aprender a ler e escrever em português, embora a deficiência influa para esse aprendizado ser difícil e mais tardio. Ela está a um ano do vestibular. Mas sua alfabetização em língua portuguesa começou de forma efetiva há praticamente um ano. Pamela chegou ao ensino médio sem compreender sentenças simples na lousa e sem entender plenamente as quatro operações básicas de matemática. Hoje, resolve logaritmos. E o que faz a diferença nessa história é a atuação do professor interlocutor de Libras durante todas as aulas do curso regular, profissional inexistente na escola onde Pamela cursou o fundamental.
Educadores como Rafael e estudantes como Pamela são a cara viva da proposta para a inclusão de surdos nas escolas do país (leia quadro sobre o crescimento de matrículas abaixo). Só a EE Dom João Maria Ogno, onde Pamela estuda, conta com quatro professores interlocutores de Libras, incluindo a docente responsável pela sala de recursos. Não à toa, dois importantes dicionários estão a caminho do público este ano, vindos das mãos de quem está na linha de frente das salas de aula da escola e da universidade.



