Milhares falavam sua língua na Amazônia. Agora, ele é o único

A tribo Taushiro desapareceu nas selvas da bacia amazônica no Peru há gerações atrás, e Amadeo agora é o último falante nativo de sua língua BEN C. SOLOMON/NYT
O taushiro, idioma antes falado por uma tribo que desapareceu na selva da bacia amazônica no Peru, é um mistério para linguistas e antropólogos
Amadeo García García navegou apressado rio acima em sua canoa, entrando no acampamento escondido e protegido por armadilhas em que o irmão Juan agonizava.
Juan se contorcia de dor e tremia de forma incontrolável enquanto a febre subia, lutando contra a malária. Quando Amadeo o consolou, o enfermo murmurou algumas palavras que ninguém mais na Terra entendia.
Je- intavea-, disse ele naquele dia sufocante em 1999. “Estou muito doente.” Continue lendo
Livros sobre Terra Indígena Alto Rio Guamá estão disponíveis para download

Estas histórias estão ricamente ilustradas e refletem o universo indígena sobre temas que ligam elementos da biodiversidade, como animais e plantas, a aspectos típicos da cultura Tembé e de suas relações com a natureza.
Uma das missões do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), por intermédio da Diretoria de Biodiversidade/Gerência de Sociobiodiversidade, é apoiar a implementação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI) no estado do Pará, através de ações de proteção, recuperação, conservação e uso sustentável dos recursos naturais dos territórios indígenas, estabelecendo o mapeamento e zoneamento participativos, como ferramentas de gestão dos territórios indígenas.
Em 2014, iniciaram-se os estudos de campo para o Diagnóstico Participativo e Etnozoneamento da Terra Indígena Alto Rio Guamá (TIARG). Os trabalhos resultaram na elaboração dos livros “Gestão Ambiental e Territorial da Terra Indígena Alto Rio Guamá: Diagnóstico Etnoambiental e Etnozoneamento” e “Narrativas Tembé sobre Biodiversidade”, que foram lançados pelo Instituto recentemente, em um Seminário realizado em Paragominas, município que aloja grande parte da área florestada da Terra Indígena Alto Rio Guamá. Continue lendo
Marcondes Namblá: desenhando com o próprio sangue
“… meu ódio é o melhor de mim / Com ele me salvo / e dou aos poucos
uma esperança mínima”. (Carlos Drummond – A flor e a náusea)
– Faça um desenho mostrando como são tratados, hoje, os índios no Brasil, imaginando que daqui a 400 anos um historiador o encontrará num arquivo junto com outros documentos que atravessaram o tempo. Continue lendo
Livro em tupi moderno busca fortalecer o idioma na Amazônia

Pesquisadores visitaram o município de São Gabriel da Cachoeira, no Vale do Rio Negro, que tem línguas indígenas declaradas como co-oficiais – Foto: Arquivo
Alunos da USP traduziram histórias de diversas culturas para a língua indígena hoje falada na Amazônia.
Desde 2010, o professor Eduardo de Almeida Navarro, que há 24 anos leciona tupi na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, dá aos seus alunos a tarefa de traduzir um conto para o idioma nheengatu, o tupi moderno. Dessa produção, cerca de 35 histórias foram escolhidas para integrar o livro Histórias em Língua Geral da Amazônia, organizado pelo professor e por seu doutorando Marcel Twardowsky Ávila e publicado pelo Centro Ángel Rama de Estudos Latino-Americanos da USP. Continue lendo
“O Estado tem avançado em algumas políticas sociais, porém, não tem sido suficiente para atender a todos”, avalia professora Teodora
No ano em que a Reserva Indígena Francisco Horta Barbosa comemora 100 anos, a professora indígena Guarani Ñandeva, Teodora de Souza, conta um pouco sobre os objetivos do governo ao criar a Reserva, bem como, as dificuldades e necessidades do povo indígena, na atualidade.
O início da escolarização e os avanços nesta área são destacadas pela educadora, que acredita na educação escolar como mecanismo de valorização e revitalização da cultura indígena, dando lugar aos Saberes Indígenas na Escola no mesmo nível de importância de outros conhecimentos ocidentais. Continue lendo
“Mamug koe ixo tig”, o inovador método de alfabetização indígena no Brasil

ELISÂNGELA DELL-ARMELINA SURUÍ E CRIANÇAS EDUCADAS COM “MAMUG KOE IXO TIG” (FOTO: EFE)
Projeto rendeu o título de educadora do ano à professora Elisângela Dell-Armelina Suruí
Mamug koe ixo tig”, um inovador método de alfabetizaçãoque preserva a língua indígena em uma distante aldeia da Amazônia, se sobressaiu entre mais de 5 mil projetos de escolas do Brasil e rendeu o título de educadora do ano à professora Elisângela Dell-Armelina Suruí.
“O nome do meu projeto é ‘Mamug koe ixo tig’, que significa ‘A fala e a escrita das crianças’, para crianças do primeiro ao quinto ano do ensino básico”, contou à Agência Efe a professora, de 38 anos, vencedora em 2017 dos prêmios “Educadora Nota 10” e “Educadora do Ano”, ambos da Fundação Victor Civita. Continue lendo


