Livro em tupi moderno busca fortalecer o idioma na Amazônia

Pesquisadores visitaram o município de São Gabriel da Cachoeira, no Vale do Rio Negro, que tem línguas indígenas declaradas como co-oficiais – Foto: Arquivo
Alunos da USP traduziram histórias de diversas culturas para a língua indígena hoje falada na Amazônia.
Desde 2010, o professor Eduardo de Almeida Navarro, que há 24 anos leciona tupi na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, dá aos seus alunos a tarefa de traduzir um conto para o idioma nheengatu, o tupi moderno. Dessa produção, cerca de 35 histórias foram escolhidas para integrar o livro Histórias em Língua Geral da Amazônia, organizado pelo professor e por seu doutorando Marcel Twardowsky Ávila e publicado pelo Centro Ángel Rama de Estudos Latino-Americanos da USP. Continue lendo
“O Estado tem avançado em algumas políticas sociais, porém, não tem sido suficiente para atender a todos”, avalia professora Teodora
No ano em que a Reserva Indígena Francisco Horta Barbosa comemora 100 anos, a professora indígena Guarani Ñandeva, Teodora de Souza, conta um pouco sobre os objetivos do governo ao criar a Reserva, bem como, as dificuldades e necessidades do povo indígena, na atualidade.
O início da escolarização e os avanços nesta área são destacadas pela educadora, que acredita na educação escolar como mecanismo de valorização e revitalização da cultura indígena, dando lugar aos Saberes Indígenas na Escola no mesmo nível de importância de outros conhecimentos ocidentais. Continue lendo
“Mamug koe ixo tig”, o inovador método de alfabetização indígena no Brasil

ELISÂNGELA DELL-ARMELINA SURUÍ E CRIANÇAS EDUCADAS COM “MAMUG KOE IXO TIG” (FOTO: EFE)
Projeto rendeu o título de educadora do ano à professora Elisângela Dell-Armelina Suruí
Mamug koe ixo tig”, um inovador método de alfabetizaçãoque preserva a língua indígena em uma distante aldeia da Amazônia, se sobressaiu entre mais de 5 mil projetos de escolas do Brasil e rendeu o título de educadora do ano à professora Elisângela Dell-Armelina Suruí.
“O nome do meu projeto é ‘Mamug koe ixo tig’, que significa ‘A fala e a escrita das crianças’, para crianças do primeiro ao quinto ano do ensino básico”, contou à Agência Efe a professora, de 38 anos, vencedora em 2017 dos prêmios “Educadora Nota 10” e “Educadora do Ano”, ambos da Fundação Victor Civita. Continue lendo
Sérgio Andrade, Felipe Bragança e a representação indígena no cinema nacional
O cinema brasileiro se voltou aos assuntos indígenas em dois dos principais filmes nacionais lançados em 2017.
Sérgio Andrade e Fábio Baldo trouxeram a relação desta população dentro de um contexto urbano e com a questão LGBT inserida neste cenário com a produção rodada em Manaus, “Antes o Tempo não Acabava”. Já Felipe Bragança foi até a fronteira Brasil-Paraguai juntando não-atores guaranis com a estrela global, Cauã Reymond, na aventura “Não Devore Meu Coração”.
No meio do processo de realização da ficção científica “A Terra Negra dos Kawá”, Sérgio Andrade encontrou Felipe Bragança visitando Manaus para um bate-papo com Diego Bauer, do Cine Set. Continue lendo
Professor Kaingang é primeiro docente indígena da Unicamp
O docente Selvino Kókáj Amaral é o primeiro indígena a dar aulas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Selvino será um dos responsáveis pelas disciplinas Línguas Indígenas I e Tópicos de Línguas Indígenas, do curso de graduação em Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da instituição. O indígena dará aulas sobre seu idioma materno, o Kaingang, aprendido na comunidade onde nasceu, Terra Indígena do Guarita, que fica no noroeste do Rio Grande do Sul.
Selvino Kókáj Amaral é formado em magistério pela rede estadual e foi contratado por meio do Programa Professor Especialista Visitante em Graduação, da Pró-Reitoria de Graduação (PGR) da Unicamp. Como docente visitante, Selvino já ministra o curso extracurricular “Língua Kaingang viva: pesquisa e prática em uma língua Jê” e realiza palestras abertas ao público e reuniões de trabalho com docentes e alunos. Outra participação importante do indígena na Unicamp é na finalização de um dicionário escolar do dialeto Kaingang paulista, que já vem sendo elaborado pelo grupo de pesquisa liderado pelo docente Wilmar D’Angelis. Continue lendo
Indígenas conquistam espaço em universidades públicas brasileiras
Estudantes indígenas participam, neste sábado (28), de processo seletivo para ingresso em cursos da Universidade de Brasília (UnB). Ao todo, 716 candidatos tiveram inscrição homologada e concorrem a uma das 72 vagas em 21 cursos de graduação da UnB.
O chamado vestibular indígena é composto por duas fases: na primeira, prova objetiva e redação; na segunda, análise de documentação e entrevista. Ambas serão realizadas nas cidades de Brasília; Águas Belas, em Pernambuco; Baía da Traição, na Paraíba; Cruzeiro do Sul, no Acre; Manaus e Lábrea, no Amazonas; e Macapá. Os 716 candidatos que tiveram a inscrição homologada concorrem a uma das 72 vagas em 21 cursos de graduação da universidade.
A UnB foi a pioneira na adoção do vestibular indígena, mas há três anos não realizava esse processo seletivo, que é parte do acordo de cooperação técnica entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Fundação Universidade de Brasília (FUB). Continue lendo