Português terá grande crescimento de falantes no final do século
Até ao final do século XXI, o português será uma das cinco línguas com grande crescimento e projeção no mundo, com 400 milhões de falantes, disse hoje Guilherme d´Oliveira Martins, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.
“A língua portuguesa vai até ao final do século XXI ser uma das cinco línguas do mundo que vai registar não apenas um grande crescimento, mas também uma projeção global, em todos os continentes”, disse.
Coimbra cria mestrado para professores de Português na China
A Universidade de Estudos Estrangeiros de Cantão, na China, vai acolher um mestrado para formar professores de Português, criado pela Universidade de Coimbra (UC) em parceria com o Instituto Politécnico de Macau.
Ensino de português vai continuar a crescer na China
Principal fator do crescimento é o econômico, afirma professora da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai. Na China já há mais de 30 instituições com o curso de licenciatura em português.
Apesar disso, a professora que recebeu, no ano passado, a insígnia de Comendador da Ordem de Mérito das mãos do embaixador de Portugal na China, em nome do Presidente da República, não constata um aumento muito expressivo na Universidade de Estudos Estrangeiros de Xangai.
“Em comparação com os anos anteriores não estamos a notar um crescimento muito grande”, mas isso, ressalva, pode também ter uma outra explicação: o controlo do número de estudantes admitidos.
Jornadas de Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas da Europa Central e de Leste, em Zagreb, Croácia
A 5ª edição das Jornadas de Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas da Europa Central e de Leste, que no corrente ano se realiza em Zagreb (Croácia), de 29 de setembro a 1 de outubro, tem como objetivos centrais não só a continuação da promoção da cooperação e da interação entre os múltiplos departamentos ligados ao português, pertencentes às universidades que se inserem no contexto geográfico acima referido, mas também, e sobretudo, a criação de um espaço de divulgação da investigação em curso nos diferentes contextos de ensino-aprendizagem de português língua estrangeira, facilitando a partilha de conhecimento e de experiências entre especialistas que têm em comum a investigação no campo da “lusofonia”, em áreas que vão da Linguística, da Didática ou da Literatura, à História, à Cultura e à Tradução.
Mais informações no site do evento.
Encontro vai debater mobilidade acadêmica e globalização nos países de língua portuguesa
De 29 de junho a 1º de julho, a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (Aulp) vai realizar seu 26º Encontro. O evento será sediado na Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, na cidade de Díli, capital do Timor Leste. Pesquisadores e estudantes podem enviar resumos até 20 de maio, e inscrições individuais para participação deverão ser feitas até dia 30 de maio.
As inscrições e o envio de resumos podem ser feitas pelo e-mail aulp@aulp.org. Mais informações estão disponíveis no site do evento.
Fonte: Instituto Internacional da Língua Portuguesa
Dois milhões e meio para fomentar o ensino do português
O Gabinete de Apoio ao Ensino Superior vai financiar projectos de universidades e de institutos superiores que promovam a língua portuguesa. O organismo conta com orçamento de 2,5 milhões de patacas para o efeito.
Governo oficializou na sexta-feira a criação de um fundo de fomento ao ensino da língua portuguesa. O Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) vai ter ao seu dispor 2,5 milhões de patacas para financiar projectos de instituições de ensino superior que promovam o ensino do idioma de Camões e de Machado de Assis.
O orçamento foi revelado no final da semana passada pelo coordenador do GAES, Sou Chio Fai, à margem da Conferência sobre Ensino e Aprendizagem do Português como Língua Estrangeira, um certame que decorreu na Universidade de Macau na sexta-feira e no sábado.
O âmbito de financiamento do fundo é ecléctico e abrange projectos de investigação científica, fóruns ou seminários, desde que realizados conjuntamente por instituições de ensino superior de Macau, da China Continental, da bacia da Ásia-Pacífico ou dos Países de Língua Portuguesa. O fundo deverá ainda apoiar projectos de formação e de intercâmbio, assim como versar sobre a publicação de obras académicos ou sobre o estudo e compilação de materiais didácticos.
Sou Chio Fai explicou que o valor “não é muito grande”, porque se trata de um “projecto-piloto” delineado para “incentivar a colaboração entre universidade e instituições de ensino superior de Macau, da República Popular da China e dos países lusófonos na promoção da língua portuguesa”. O período de candidaturas ao projecto, para os estabelecimentos de ensino superior de Macau, decorre este mês, lembrou o coordenador do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior.
Numa nota de imprensa, publicada na semana passada, o GAES indicou que o projecto de financiamento especial foi bem-recebido pelas seis instituições que integram o grupo de trabalho sobre formação de quadros bilingues qualificados nas línguas chinesa e portuguesa.
Na República Popular da China já há mais de 30 universidades que ensinam português, entre licenciaturas e cadeiras opcionais. Na capital chinesa, a estratégia para o aprofundamento da língua passa sobretudo por um maior controlo do número de alunos. Em declarações à agência Lusa, Ye Zhiliang, vice-director da Faculdade de Espanhol e Português da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim esclarece que a instituição que dirige admite, no máximo, três alunos por ano para mestrado em português: “Nós estamos a enfrentar novos desafios com o aparecimento de cada vez mais instituições de ensino de língua portuguesa direccionadas para os aprendizes chineses”, indica o académico. Para Ye, o ensino do português como língua estrangeira enfrenta muitas deficiências, a começar pela falta de manuais que, admite, “tem sido um problema crónico”.
Em comunicado, publicado na semana passada, o GAES indicou que o projecto de financiamento especial foi bem-recebido pelas seis instituições que integram o grupo de trabalho sobre formação dos quadros bilingues qualificados nas línguas chinesa e portuguesa. Transformar Macau num centro de formação de língua portuguesa na região da Ásia-Pacífico figura como uma das traves-mestras das Linhas de Ação Governativa (LAG) do Governo para o corrente ano.
Fonte: Ponto Final Macau