VEM AÍ! SEMINÁRIO INTERNACIONAL VIVA LÍNGUA VIVA 2022
No período de 22 a 25 de novembro de 2022 acontecerá a segunda edição do Seminário Internacional Viva Língua Viva, em Belém-PA, com o tema: REVITALIZAÇÃO DE LÍNGUAS: Por que e como fazer? O evento é uma promoção da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) e será organizado pela Universidade Federal do Pará e pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, sendo realizado presencialmente na cidade de Belém-PA.
O Viva Língua Viva II é um espaço para chamar a atenção sobre a situação de baixa vitalidade de grande parte das línguas originárias e para a necessidade de investimentos e de valorização dos processos de revitalização linguística. O evento visa dar visibilidade e compartilhar experiências no que diz respeito às diversas iniciativas em curso no país e no mundo para preservar e revitalizar essas línguas, destacando a importância de se garantir sua sobrevivência. No atual contexto mundial e, particularmente, no Brasil, as línguas dos povos originários têm sido silenciadas, de modo exponencial. Trata-se, portanto, de uma discussão urgente e necessária.
O evento reunirá membros de comunidades indígenas, docentes, discentes e pesquisadores de universidades, museus e outras instituições acadêmicas e de pesquisa, para discutir, intercambiar e fomentar o desenvolvimento de ações de preservação, revitalização e retomada de línguas dos povos originários e de línguas minorizadas.
O evento contará com conferências, mesas redondas, rodas de conversa, oficinas, sessões de comunicações e sessões de pôster, atividades culturais, dentre outras atividades. Acompanhe as atualizações na página do evento.
I Encontro Regional Norte da Década Internacional das Línguas Indígenas no Brasil – 2022-2032
Monsenhor Tabosa adota língua Tupi como cooficial e planeja instituir ensino do idioma nas escolas
O município no Sertão Central cearense tem cerca de 4.000 descendentes de povos indígenas
A História ensina que o colonizador português ocupou e impôs a sua cultura, língua e religião aos povos nativos. As tribos foram dizimadas na costa e no interior nordestino. Cinco séculos depois, uma iniciativa visa reconhecer e resgatar o ensino da língua indígena Tupi-nheengatu, no município de Monsenhor Tabosa, localizado no Sertão Central cearense.
A língua Nheengatu, frequentemente escrita Nhengatu, é indígena, da família de línguas Tupi-Guarani e derivada do tronco tupi. O texto da lei ainda institui a criação de programas comunitários para fomentar o aprendizado do idioma.
A Câmara Municipal de Monsenhor Tabosa aprovou por unanimidade um projeto de lei que reconhece a língua nativa Tupi-nheengatu como língua cooficial do município. O texto legal já foi sancionado pelo prefeito Salomão de Araújo Souza, que é descendente de povos indígenas.
“Estou muito feliz por essa aprovação e a alegria vai ser maior e o sonho vai se concretizar quando o ensino iniciar na rede municipal”.
O autor do projeto, vereador e descendente de indígenas, Vicentinho Sampaio, comemorou a aprovação da matéria e frisou que “era um sonho da nossa gente, que oficialmente dá o reconhecimento local e vai permitir o seu ensinamento à geração atual para preservar a história de nossa gente”.
O secretário de Educação do município, Renê Felipe, disse que vê o projeto “com otimismo e uma oportunidade de resgatar e valorizar a cultura local das comunidades descendentes de povos indígenas”.
Sobre o ensinamento na rede pública municipal de ensino, Renê Felipe, ponderou que “é preciso aguardar regulamentação por meio de decretos”.
O secretário explicou ainda que haverá um planejamento para definir o modelo de ensino, a contratação de professores e a carga-horária.
“Vamos transformar metade das nossas escolas em ensino integral, a partir do próximo ano, e no contraturno a disciplina poderá ser ministrada, como eletiva, mas ainda não temos essa definição”.
A líder comunitária e antropóloga Tereza Potiguar (Teka) pontuou que a aprovação da lei “representa mais uma conquista para os povos indígenas” e disse que aguarda com expectativa “a implantação do ensino nas escolas da rede municipal”.
Teka Potiguar lembrou que “há 15 anos que estamos sistematizando a língua Tupi antiga, contemporânea e em palavras soltas entre povos do Norte e Nordeste brasileiros para revitalizar e assegurar o futuro das atuais comunidades”.
Já o vereador Índio Vicentinho lembrou que houve, recentemente, curso e intercâmbio com professores e indígenas que falam a língua Nhengatu, oriundos do Amazonas e do Pará. “Quando o projeto for ser implantado defendemos a vinda de professores, de pessoas que dominam bem e conhecem a língua”.
O município de Monsenhor Tabosa tem em torno de 16.700 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 4.000 descendem de etnias indígenas. Há 17 escolas da rede municipal e cerca de 4.200 alunos matriculados no ensino infantil, fundamental e na alfabetização de jovens e adultos (EJA).
Políticas de tradução e interpretação para línguas indígenas ou originárias no Peru: da regulamentação à ação
A Comissão Organizadora dos eventos comemorativos dos 10 Anos do POSTRAD – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade de Brasília, juntamente com os grupos de pesquisa Mobilang e Poéticas do Devir têm o prazer de convidar a todas, todos e todes para a palestra intitulada Políticas de tradução e interpretação para línguas indígenas ou originárias no Peru: da regulamentação à ação, a ser ministrada por Gerardo Manuel Garcia Chinchay, do Ministério da Cultura do Peru, no dia 22 de abril de 2021, às 18h, no canal do POSTRAD no YouTube (POSTRAD UnB). Link do canal do POSTRAD no Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCgVOqDEmb8NKEcqp9kmF7fg
Informamos que o link de inscrição para certificado de ouvinte será emitido durante a transmissão do evento no chat do canal.
O IPOL convida você para a Série LÍNGUAS & POLÍTICAS
Garantir o futuro das línguas e dos que as falam significa garantir variados conhecimentos sobre a vida e o mundo, múltiplas vivências e modos de habitar a terra. A Série Línguas & Políticas destina-se a promover o debate sobre esse cenário.
No mês de outubro, apresentaremos quatro episódios em que conversaremos sobre políticas linguísticas de três países.
O primeiro episódio da Série, Direitos linguísticos no Peru: Política de formação de tradutores de línguas indígenas e certificação de servidores públicos bilingues, contará com a participação de Gerardo Manuel Garcia Chinchay, Direción de Lenguas, Ministerio de Cultura, Peru, e acontecerá no dia 08 de outubro, às 17h.
Confira a programação! E participe!
IPOL invites you to LANGUAGES & POLICIES Series
Ensuring the future of languages and those who speak them means ensuring varied knowledge about life and the world, multiple experiences and ways of inhabiting the earth. The Languages & Policies Series is intended to promote debate about this scenario.
In October, we will present four episodes in which we will talk about language policies of three countries.
The first episode of the Series, Linguistic Rights in Peru: Policy for training indigenous language translators and certification of bilingual public servants, will have the participation of Gerardo Manuel Garcia Chinchay, Direción de Lenguas, Ministerio de Cultura, Peru, and will take place on the October 8, at 5 p.m.
Check the schedule! And participate!