Línguas Africanas

Línguas africanas no ensino e seu estatuto político

Nos dias de hoje, a realidade face à utilização ou não das línguas africanas no ensino é caracterizada pelos seguintes três aspectos: monolinguismo de origem europeia; bilinguismo de origem afro-europeia; monolinguismo de origem africana. As duas primeiras representam as situações existentes nos sistemas escolares africanos, sendo o monolinguismo africano uma excepção.

Joseph Poth, especialista em didáctica de línguas junto do Instituto Nacional de Educação da República Centro Africana, informa-nos que a mera prática pedagógica, permite concluir que “as frequentes referências aos factos psicológicos próprios da criança europeia escondem e deformam a personalidade profunda da criança africana”. Justifica esta sua afirmação no facto de a “(…) criança africana ser marcada, desde o início da sua escolaridade, por uma situação de conflito grave, resultante do facto da sua língua materna, na qual até então se exprimiu e se afirmou correr o risco de ser brutalmente rejeitada.” Continue lendo

Televisão de Moçambique passa a transmitir notícias nas línguas moçambicanas para todo o país

O canal público Televisão de Moçambique passa a emitir noticiários em cadeia nacional nas 15 línguas moçambicanas, permitindo a difusão de notícias para todo o país.

O canal público Televisão de Moçambique (TVM) passa a partir de esta segunda-feira a emitir noticiários em cadeia nacional nas línguas moçambicanas, como forma de alargar o acesso à informação aos telespectadores que não falam português, anunciou esta segunda-feira a emissora.

O administrador para a Área de Conteúdos da TVM, Cláudio Jone, disse à Lusa que o canal vai difundir notícias em 15 línguas locais para todo o país, de segunda a sexta-feira entre as 17h00 e as 18h00 locais (entre as 15h00 e as 16h00 em Lisboa). Continue lendo

Especialistas têm de conhecer melhor as línguas nacionais

O docente universitário Vatomene Kukanda defendeu a inclusão da disciplina de Linguística nos cursos de licenciatura em Antropologia e História por forma facilitar o trabalho dos profissionais das respectivas áreas.

Vatomene Kukanda defende inclusão da cadeira de Linguística Fotografia: Vigas da Purificação | Edições Novembro

A tese foi defendida pelo docente universitário quando dissertou sobre “Linguística Africana”, no último dia de conferências sobre Antropologia, que durou dois dias no Centro Cultural Brasil-Angola.
Vatomene Kukanda, que também é linguista, fez saber que a referida cadeira dota os profissionais de conhecimentos que os auxiliam na compreensão de fenómenos sociais e de artefactos característicos de regiões, comunidades e povos.

Segundo o académico, a língua permite desmistificar as origens e os significados dos nomes, testar a veracidade dos arquivos e informações, que de acordo com o docente “há necessidade de cruzamento de fontes.” Continue lendo

Há 17 mil palavras portuguesas traduzidas para Changana

Um total de 17 mil palavras portuguesas estão traduzidas para a língua mais falada na capital de Moçambique, o Changana, no novo dicionário de Bento Sitoe, linguista e docente universitário.

ANTÓNIO SILVA/LUSA

Um total de 17 mil palavras portuguesas estão traduzidas para a língua mais falada na capital de Moçambique, o Changana, no novo dicionário de Bento Sitoe, linguista e docente universitário.

Além do muito recorrente “Khanimambu”, que significa “obrigado”, é possível construir inúmeras expressões, como “Ripelile va ka hina”, que quer dizer, “Boa noite compatriotas”, exemplifica o autor, em entrevista à Lusa. Continue lendo

A língua também pode ser o pior inimigo na escola

Na maioria das escolas africanas a língua em que se leciona é a língua oficial do país e geralmente é uma língua europeia. Mas será que aprender a escrever num idioma que não é o aprendido em casa é uma boa ideia?
Kenia Schüler bei Abschlussprüfung für (DW/Shisia Wasilwa)

A sul do Saara falam-se mais de 2.000 idiomas africanos diferentes. Estes ouvem-se, sobretudo, dentro das casas e na rua, em algumas estações de rádio, mas quase nunca dentro das salas de aula: aqui as línguas ensinadas são uma herança da era colonial. Muitas crianças, especialmente as provenientes de ambientes rurais, entram nas escolas de inglês, francês ou português com poucos conhecimentos.

Para a especialista em educação, Birgit Brock-Utne, da Universidade sul-africana de Witwatersrand, aprender num idioma que não é a língua materna é contraproducente. “Já fizemos experiências em escolas secundárias na Tanzânia e em escolas primárias na África do Sul onde pusemos as crianças a aprender na língua que lhes é familiar e vimos como são muito melhores”, garante a investigadora. Continue lendo

Orientação Sesu e Secadi e modelos de formulários – Programa Bolsa Permanência

NOTA TÉCNICA Nº 16/2018/CGRE/DIPPES/SESU/SESU, divulgada pelo MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PROCESSO Nº 23000.019926/2018-10

INTERESSADO: SECRETARIA DE ENSINO SUPERIOR – SESU, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA,
ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO – SECADI, IFES

ASSUNTO: Reficação da Nota Técnica nº 15/2018/CGRE/DIPPES/SESU/SESU. Bolsa Permanência. Inscrições 2018.

1. Tendo como referência a Portaria MEC nº 560, de 14 de junho de 2018, a presente Nota Técnica refica o item 2.6 da Nota Técnica nº 15/2018/CGRE/DIPPES/SESU/SESU, de 17/8/18: onde se lê: “os estudantes indígenas e quilombolas têm até o dia 28/8/2018 para se inscreverem no PBP e as IFES têm até o dia 28/9/2018 para correção de documentos apresentados pelos estudantes e sua respecva autorização.”, leia-se: “os estudantes indígenas e quilombolas têm até o dia 31/8/2018 para se inscreverem no PBP e as IFES têm até o dia 28/9/2018 para correção de documentos apresentados pelos estudantes e sua respecva autorização.”.
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