Ministra defende resgate das manifestações artísticas
A ministra da Cultura defendeu ontem, em Cabinda, o resgate das manifestações artísticas de cada região do país.

Carolina Cerqueira orienta Conselho Consultivo Fotografia: Rafael Tati | Cabinda|Edições Novembro
Carolina Cerqueira, que falava na abertura do VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura, sublinhou que este desafio passa pelo “reforço do projecto de municipalização da cultura”.
A ministra disse ser fundamental o contributo dos municípios nesta tarefa, promovendo feiras de artesanato e outras exposições de vária índole com recursos próprios.
Carolina Cerqueira anunciou que o sector que dirige vai, nos próximos doze meses, desenvolver tarefas ligadas ao resgate e preservação do património cultural e imaterial, à preservação dos monumentos, divulgação da história de Angola e dedicar atenção particular à cidade de Mban-za Kongo, que celebrou no dia 8 do mês em curso o primeiro aniversário de elevação a Património Mundial.
Quase 90% das crianças em Moçambique começam a estudar sem saber falar português

Cerca de 90% das crianças moçambicanas começam a frequentar as aulas sem saber falar a língua portuguesa, o que constitui um obstáculo para o processo de ensino e aprendizagem, indicam dados do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Os dados foram divulgados na quarta-feira durante o Fórum Nacional Bilingue pela ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortone, citada esta quinta-feira pelo diário O País.
A governante entende que esta pode ser uma das causas dos maus resultados nas escolas do ensino primário no país, propondo o ensino bilingue como a solução para o problema. “Um olhar atento sobre as nossas estatísticas permite perceber, claramente, o quanto os nossos concidadãos não podem usufruir dos serviços de saúde, de justiça e acesso à informação porque não conseguem permanecer no sistema de ensino por não saberem falar a língua portuguesa”, disse Conceita Sortone. Continue lendo
Exposições de arte africana ganham destaque na Bienal do Mercosul
Obras são voltadas para reflexão sobre miscigenação e migrações entre a América, África e Europa
Série de fotografias reúne retratos de mulheres da África do Sul que sofreram ataques xenófobos e homofóbicos | Foto: Zanele Muholi / Divulgação / CP
Promover uma reflexão sobre a miscigenação, fluxos migratórios e o trânsito de religiões, idiomas, tecnologias e artes, que são e foram estabelecidas por meio das conexões existentes há mais de cinco séculos entre a América, África e Europa, é o que a 11º Bienal de Artes Visuais do Mercosul propõe para o público visitante.
Chamada de “O Triângulo Atlântico”, a exposição apresenta 77 artistas, sendo 21 da África, 19 do Brasil, 20 da América Latina, 11 da Europa e seis da América do Norte, além de ações pontuais realizadas em comunidades remanescentes de quilombos localizados em Porto Alegre e Pelotas. Até dia 3 de junho, as obras poderão ser conferidas no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Memorial do RS, Santander Cultural, Praça da Alfândega, e Igreja Nossa Senhora das Dores. Continue lendo
Com Maria Bethânia, documentário aborda a literatura e poesia africanas

Maria Bethânia está no documentário Karingana. Foto: CineGroup/Divulgação
Após circular nos festivais de cinema do ano passado, o documentário Karingana – Licença para contar estreiou dia 22/03, no canal Curta!. O filme reúne depoimentos de personalidades como a cantora Maria Bethânia, o angolano José Eduardo Agualusa e os moçambicanos Mia Couto e Mingas, que falam sobre a palavra, a poética e a literatura de países africanos e de como há influência na língua portuguesa. Com filmagens em Moçambique e Angola, o longa-metragem tem direção da pernambucana Monica Monteiro, da CineGroup, também responsável por outras produções de televisão, como os programas Chegadas e partidas e Boas-vindas, ambos exibidos no GNT.
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Reis de Angola apresentam cultura Bantu ao Brasil

Chamado de “IV ECOBANTU” – Encontro Internacional das Tradições Bantu, o evento junta no país sul-americano o rei do Bailundo, Armindo Francisco Ekuikui V, o chefe do Lumbu, Afonso Mendes, e o rei do Ndongo, Buba N`vula Ndala Mana. Continue lendo
Conheça as palavras africanas que formam nossa cultura
A língua se move e nos ajuda entender melhor de onde viemos
A língua é viva e se move entre cidades, estados, países e continentes. Se move de dentro para fora, pelas bordas, no meio de um rio. Transforma dor em carinho. Tem cor, tem história.
Hoje o Brasil é o país com mais descendentes africanos fora da África – 54% da população é afro-descendente, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As religiões africanas, por sua vez, foram fundamentais para a perpetuação linguística de diferentes povos. Isso porque o conhecimento dos termos africanos é essencial para integrar-se nessa comunidade, vivenciar seus rituais e se conectar com a própria identidade e ancestralidade. Continue lendo