Promoção de idiomas africanos e a língua portuguesa
Pelo carácter identitário e de soberania, as questões linguísticas e culturais são vistas, em todo o mundo, como prioridades nacionais. Há decisões tomadas pelos chefes de Estado africanos e pelos seus ministros da Educação e da Cultura, direccionadas para a promoção e difusão das línguas e das culturas autóctones dos seus respectivos países. Mas a operacionalização dessas políticas têm sido pouco relevantes, sobretudo, por falta de vontade política e pelo baixo orçamento atribuído aos sectores governamentais que as têm de implementar.
Língua e cultura nunca foram uma prioridade em nenhum plano africano quinquenal e segundo Bangbose e Vic Webb “parece haver uma forte oposição de importantes agências internacionais, como o Banco Mundial, à ‘excessiva’ promoção das línguas e culturas autóctones”. Concomitantemente, numa lógica de exclusão e não de complementaridade, existem grandes forças a favor da assimilação linguística e cultural como justificação dos efeitos da urbanização, da industrialização, da comunicação internacional e do medo da etnicidade como uma eventual fonte motivadora de conflitos. Basil Davidson, em o “Fardo do Homem Negro” também se opôs a este argumento e considerou que o verdadeiro tribalismo era a corrupção e o clientelismo. Continue lendo
União de facto (ou de fato) no acordo orto … gráfico
A Academia Angolana de Letras (AAL) pediu hoje ao Governo que não ratifique o Acordo Ortográfico (AO), perante os “vários constrangimentos identificados” no documento, que necessita de uma revisão.
Adecisão foi apresentada pelo reitor da Universidade Independente de Angola e membro da AAL, Filipe Zau, numa conferência de imprensa em que, pela primeira vez, a Academia, criada oficialmente em Setembro de 2016 e que conta com 43 membros, tomou uma posição pública sobre o Acordo Ortográfico, apresentado em 1990. Continue lendo
Há 17 mil palavras portuguesas traduzidas para Changana
Um total de 17 mil palavras portuguesas estão traduzidas para a língua mais falada na capital de Moçambique, o Changana, no novo dicionário de Bento Sitoe, linguista e docente universitário.
Além do muito recorrente “Khanimambu”, que significa “obrigado”, é possível construir inúmeras expressões, como “Ripelile va ka hina”, que quer dizer, “Boa noite compatriotas”, exemplifica o autor, em entrevista à Lusa. Continue lendo
Timor-Leste quer português como língua de trabalho da União Interparlamentar (UIP)
O presidente do Parlamento Nacional timorense apelou hoje às “nações amigas” para que o português seja aprovado como língua de trabalho da União Interparlamentar (UIP) na Assembleia Geral da instituição que decorre este mês em Genebra.
“Este é um assunto muito importante e, quando fui eleito presidente do parlamento, o primeiro assunto que tratei foi a luta para a introdução da língua portuguesa como língua de trabalho da UIP”, afirmou Arão Noé Amaral em declarações à Lusa.
“Enviei muitas cartas aos países da ASEAN e do G7+ para obter apoio nesta votação. Desejo que, com esta minha presença e intervenção na UIP, consiga que os nossos países amigos apoiem e deem um voto favorável a esta iniciativa”, acrescentou. Continue lendo
Ciclo de Entrevistas: “Argentinos en Brasil”
Por Fabrício Müller
Estudiar en Casa do Brasil te ofrece la oportunidad de sentir el gustito de estar en Brasil. Puede que no te hagamos un “café da manhã” monumental como los que disfrutás en los hoteles del país del carnaval, pero sí te involucramos en una atmósfera cálida, alegre, profesional y muy colorida desde el momento que entras a la institución.
Nuestros profes, que son todos nativos de diferentes regiones de Brasil y recibidos de las carreras de Letras, hablan portugués todo el tiempo, desde la primera clase del primer nivel hasta la última del nivel 8º, ya que el portugués es el idioma oficial de nuestra institución. Sin embargo, sentimos que hay determinadas experiencias y aspectos de la vida en Brasil que sólo pueden ser compartidas por argentinos y extranjeros que viven allá como inmigrantes. Continue lendo
Estados Ibero-americanos criam programa inovador de difusão de língua portuguesa
Os ministros da Educação da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) acordaram a criação de um programa inovador, de caráter regional, para a difusão da língua portuguesa, com o apoio dos Governos de Portugal e Brasil.
Entre outras ações, o programa permitirá promover “experiências de bilinguismo e multiculturalismo em escolas situadas em zonas fronteiriças entre o Brasil e os países da América do Sul de língua portuguesa e entre Portugal e Espanha”. Continue lendo