Educação Linguística

TV de Portugal, Brasil e Angola vai chegar à Guiné Equatorial

Gilvan Muller Oliveira, presidente do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, realça o trabalho “extraordinário” das autoridades de Timor-Leste, que assumem a presidência da CPLP em julho, na difusão do português, nunca tão falado como hoje. A implantação da língua alertou em entrevista ao Luso Monitor, é um trabalho de médio e longo prazo. Na Guiné Equatorial, vista cada vez mais como próximo membro da comunidade lusófona, será a “nova geração” a ter a oportunidade de aprender o português, e para isso deverá contar com programas de TV de Portugal, Brasil e Angola.

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Fala-se frequentemente da baixa difusão do português em Timor e na Guiné-Bissau. A tendência é de maior ou menor divulgação da língua?

GMO – Em todos estes contextos é preciso analisar historicamente o fato de que o português anteriormente tinha uma presença ainda mais estreita nestes países. São países que, no caso de Timor, não só teve a língua portuguesa proibida durante um tempo, mas também mesmo no tempo colonial a presença de escolaridade para a população era insignificante. Sem dúvida alguma, hoje se fala mais português tanto na Guiné-Bissau como em Timor, mais do que jamais foi falado. Isto é, as pessoas muitas vezes acham que uma evolução linguística é coisa para um ano, para seis meses, quando sabemos que os processos de afirmação de uma língua, desenvolvimento do uso de uma língua, desenvolvimento de instrumentais para que uma língua possa estar num determinado local, é um fenômeno de médio e longo prazo que custa investimentos que muitas vezes os nossos países não fazem. Evidentemente que um país que tem os seus 12 anos de existência independente e conseguiu já escolarizar toda uma primeira geração em português, que é o que Timor conseguiu fazer uma geração inteira chegar às portas da universidade em português, sem dúvida alguma é um resultado extraordinário, positivo. Diria que a preocupação ou até a desmotivação que muitas vezes aparecem nesse campo se referem a pouca experiência que pessoas têm de como estes processos acontecem. Processos como esse demoraram séculos no Brasil, mesmo com muita repressão de outras línguas, o Brasil entrou no século XX com imensas regiões onde as pessoas não falavam português, porque os processos de difusão de uma língua são de médio e longo prazo e demandam investimentos, circulação de pessoas, percepção das oportunidades que uma língua abre para as pessoas.

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Inscrições em teste de português para estrangeiros (Celpe-Bras)

O cronograma para realização do exame para obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) foi divulgado ontem (10) em edital publicado no Diário Oficial da União. O exame do Ministério da Educação é aplicado no Brasil e em outros 28 países.

As inscrições serão realizadas entre os dias 10 de fevereiro e 10 de março de 2014, exclusivamente pela internet. As provas, uma oral e outra escrita, serão aplicadas entre os dias 08 a 10 de abril de 2014. A data provável para divulgação dos resultados é o dia 23 de junho.

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O exame Celpe-Bras é destinado a estrangeiros e brasileiros cuja língua materna não seja a língua portuguesa, residentes no Brasil e no exterior, com no mínimo 16 anos completos e escolaridade mínima equivalente ao ensino fundamental brasileiro completo. De acordo com a pontuação obtida, o participante é classificado em quatro níveis de proficiência: intermediário, intermediário superior, avançado e avançado superior.

O Celpe-Bras é o único certificado de proficiência em português como língua estrangeira reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro. É aceito em empresas como comprovação de competência na língua portuguesa e exigido pelas universidades para ingresso em cursos de graduação e pós-graduação, bem como para validação de diplomas de profissionais estrangeiros que pretendem trabalhar no país.

No momento da inscrição, o candidato precisa selecionar o país e o posto aplicador onde irá realizar o exame. O endereço eletrônico para inscrições é o http://celpebras.inep.gov.br/inscricao .

Fonte: Agência Brasil.

As receitas da imigração italiana: língua, culinária e memória no foco do IPOL

Equipe visita propriedade no bairro Tiroleses e conhecem a história de vida dos imigrantes locais.

Fotos: Elisabeth Germer

Fotos: Elisabeth Germer

No mês de setembro aconteceu mais uma roda de conversa entre a equipe técnica de produção do Projeto Receitas da Imigração e os moradores do Médio Vale do Itajaí. Segundo a historiadora timboense, Elisabeth Germer, que está acompanhando os profissionais neste trabalho, no dia 27 de setembro a equipe técnica do IPOL Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Línguística  esteve em Timbó. “A equipe busca informações, através de deliciosas conversas sobre histórias, memórias e tradições culinárias com descendentes dos imigrantes que se instalaram no Vale do Itajaí e que trouxeram consigo suas marcas culturais, identitárias e linguísticas”, explica Elisabeth ao contar que este está sendo o trabalho da equipe de produção do Projeto Receitas da Imigração. De acordo com a historiadora, os registros do Projeto, são carregados de emoção e vem acompanhados de depoimentos nas línguas brasileiras de imigração ainda hoje muito faladas nas cidades de Indaial, Gaspar, Blumenau, Timbó e Pomerode: polonês, italiano, pomerano e alemão.

De acordo com Elisabeth, são registros muito valiosos como o da família de Mário e Olívia Darui, moradores do bairro Tiroleses. “Estiveram presentes no encontro a filha Norma Darui, que é secretária do Consulado Italiano para o Sul do Brasil e sua filha Paola Dauri Gadotti”, observa Elisabeth ao contar que na oportunidade foram repassadas tantas lembranças das marcas trazidas pelos antepassados e das transformações que a família foi fazendo ao longo das gerações buscando adaptar-se ao novo clima, espaço, costumes e língua. O Projeto Receitas da Imigração é uma aventura gastronômica, histórica e linguística.

Na ocasião, a italiana Olívia Darui além de preparar uma “galinha caipira à moda da roça’, cozinhou uma polenta no “parolo”, sobre um fogão à lenha, tendo como acompanhamento a tradicional “fortai” e “radicci”. “Além disso, Mario e Olívia em entrevista relataram como era a vida do imigrante italiano, aqui no Médio Vale”, relata Elisabeth.

A historiadora destaca que o Projeto Receitas da Imigração, contará com as tradições culinárias das comunidades de imigrantes do Médio Vale do Itajaí como fio condutor para (re)contar a história e as memórias do estabelecimento daquelas populações na região. “Segundo eles, está previsto como principal produto deste projeto uma publicação de livro que contará a história do estabelecimento das famílias de imigrantes na região do Médio Vale do Itajaí. Essa história será contada, principalmente, através das receitas culinárias consideradas fundamentais no estabelecimento dos imigrantes na região. O livro será plurilíngue, ou seja, estará nas línguas de imigração e em português”, observa a timboense que além de ter muita história para contar sobre sua vida e da sua família, também é uma exime conhecedora da história de vida dos moradores mais antigos do Médio Vale do Itajaí, em especial dos municípios vizinhos à Timbó.

Elisabeth relata que o Projeto Receitas da Imigração é executado pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (Ipol) com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “As informações são dos dois profissionais que estiveram em minha casa, Peter e Mariela Silveira”, observa a historiadora ao relatar que os profissionais estiveram buscando junto à ela relatos de receitas, usos e costumes dos primeiros imigrantes. Por Clarice Graupe Daronc

Fonte: Jornal do Médio Vale

Curso de idiomas online permite que usuários ensinem novas línguas

Duolingo usa o crowdsourcing – o conhecimento da “multidão” na internet – para criar novos cursos de idiomas. Novas opções podem ir do chinês e russo até a línguas fictícias, como Klingon.

A plataforma de ensino de idiomas Duolingo lançou nesta quarta-feira o Language Incubator, uma ferramenta que permite que os próprios usuários criem cursos de línguas colaborativamente. Desta forma, na teoria, os usuários brasileiros poderão aprender qualquer idioma na plataforma, que hoje disponibiliza apenas o curso de inglês para falantes de língua portuguesa.

Criada pelo empresário e matemático guatemalteco Luis Von Ahn, o Duolingo é uma plataforma de ensino de idiomas em que o usuário não paga nada para estudar: ele só precisa usar o conhecimento adquirido no próprio serviço para ir traduzindo trechos de textos da internet durante a aprendizagem, como contrapartida pelo curso.

 A ideia por trás é simples: uma pessoa ou uma empresa precisa traduzir uma página da internet ou um texto e envia o conteúdo para o Duolingo. Esse texto é colocado na plataforma de ensino para que os alunos façam a tradução para praticar o idioma que estão aprendendo. Quando o documento estiver completamente traduzido, o Duolingo devolve o conteúdo ao cliente, que paga pelo trabalho. Isso livra a plataforma de mensalidades e anúncios.

Com o Language Incubator (ou incubador de línguas), os próprios usuários poderão criar cursos de idiomas colaborativamente. Assim, das atuais seis línguas disponíveis na plataforma de ensino -espanhol, inglês, francês, alemão, português e italiano -, o número pode saltar drasticamente, com a inclusão de línguas como chinês e russo, ou até mesmo idiomas fictícios, como Dothraki, Klingon ou Na’vi.

 Para participar do curso, os usuários precisam ser fluentes nos dois idiomas em que o curso é baseado (tanto na língua nativa do aluno quanto a que ele irá aprender). Além disso, o Duolingo exige que os moderadores ou colaboradores dos cursos preencham um formulário – em ambas as línguas – afirmando porque desejam contribuir no ensino do idioma.

Ferramenta de ensino de idiomas inciou expansão no Brasil neste ano Foto: Divulgação
Ferramenta de ensino de idiomas inciou expansão no Brasil neste ano
Foto: Divulgação

“Para garantir a qualidade do serviço, cada curso terá dois ou três moderadores voluntários, selecionados pelo Duolingo”, afirmou Ahn ao Terra. Além disso, os algoritmos da plataforma farão testes em dicionários. Segundo a empresa, este é o primeiro curso de idiomas totalmente crowdsourced.

“Eu acredito que muitos problemas poderão ser resolvidos por meio de crowdsourcing. Nós já conseguimos usar isso na digitalização de livros, agora com o aprendizado de línguas”, disse Ahn, que além do Duolingo apostou no conhecimento da multidão da internet para a digitalização de livros e criou o reCaptcha. O sistema usa a digitação daquelas palavras distorcidas exibidas na tela para provar que o usuário é humano para entender trechos escaneados de livros e jornais que os computadores não compreendem. A empresa foi vendida para o Google em 2009.

 

O CEO do Duolingo, Luis von Ahn, e o CTO da empresa, Severin Hacker Foto: Divulgação
O CEO do Duolingo, Luis von Ahn, e o CTO da empresa, Severin Hacker
Foto: Divulgação

Segundo Ahn, o Duolingo ainda não é uma empresa rentável, apesar de contar com alguns contratos de tradução de empresas que o executivo não revela. A adição de novas línguas – como o chinês, país com o maior número de internautas no mundo – pode ajudar a companhia a aumentar a oferta de traduções e se aumentar sua receita.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/internet

 

Alunos do 9º ano vão fazer este ano exames de Inglês

Os alunos do 9º ano vão realizar este ano, pela primeira vez, provas nacionais de Inglês, além dos já habituais exames de Português e Matemática, segundo um despacho do Ministério da Educação.

De acordo com o diploma, publicado na quarta-feira em Diário da República, os alunos que terminem o 3º ciclo vão passar a realizar anualmente “testes diagnóstico de Inglês, doravante designados por provas (…), que integram obrigatoriamente as componentes de compreensão e produção escritas e compreensão e produção orais”.

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Portugueses a aprender alemão aumentaram 70%

O número de portugueses inscritos no Instituto Goethe, o principal centro de aprendizagem da língua alemã em Portugal, subiu quase 70% entre 2010 e 2012, de acordo com dados da instituição.

De acordo com os dados, no primeiro semestre de 2010 estavam inscritos 936 alunos no Instituto Goethe, número que subiu para 1582 no primeiro semestre deste ano.

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