Edital seleciona pesquisadores sobre línguas indígenas
Publicado em 27 de fevereiro de 2023
As duas pessoas selecionadas vão receber bolsas de R$ 2 mil para desenvolver estudos sobre línguas indígenas
O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, está com inscrições abertas para edital que selecionará duas pessoas para desenvolver pesquisas sobre línguas indígenas durante o ano de 2023, com uma bolsa mensal de R$ 2 mil ao longo de seis meses, entre abril e setembro. Os estudos terão como foco a exposição principal do Museu e podem usar como fonte a atual exposição temporária, dedicada ao tema – Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação.
As inscrições deverão ser feitas entre 23 de fevereiro e 12 de março pela internet (bit.ly/Edital_MLP). Na página do Edital, estão a lista completa de documentos necessários, as regras de participação, prazos e condições. Postulantes precisam ter curso de graduação e/ou comprovante de matrícula de pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado) reconhecido pelo Ministério da Educação, além de já terem atuado anteriormente com línguas e/ou culturas indígenas.
As pessoas selecionadas vão atuar na pesquisa e análise iconográfica documental dos conteúdos da exposição principal; na criação de material editorial sobre os módulos “O enfrentamento dos mundos” e “Terras Brasilis”, da experiência Português do Brasil; além de participar de um ciclo de formação para a equipe interna do Museu. O material produzido durante a pesquisa poderá ser difundido em mídias variadas, como podcasts, redes sociais, vídeos, entre outros, de forma a disseminar o conhecimento gerado.
A carga horária será de 20 horas semanais, sem necessidade de dedicação exclusiva.
O processo de seleção, realizado pelo Comitê de Orientação de Pesquisa do Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa, será realizado em duas fases. Na primeira, serão selecionadas as seis melhores candidaturas com base na Carta de Intenção e no Currículo Lattes/CNPq. Em seguida, as pessoas pré-selecionadas serão convocadas para a fase de entrevista. A nota final será composta pela média ponderada das notas obtidas nas avaliações da Carta de Intenção, do Currículo e da entrevista.
SERVIÇO
Edital de Seleção de Pesquisadores
Inscrições de 23 de fevereiro a 12 de março
No link bit.ly/Edital_MLP.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O que é o Edital de Seleção de Pesquisadores(as)?
O Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa vai selecionar duas pessoas para realizar pesquisas sobre as línguas indígenas presentes na exposição principal do Museu da Língua Portuguesa.
Quem pode participar?
Pode participar quem já concluiu curso de graduação e/ou algum curso de pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado) reconhecido pelo Ministério da Educação. As pessoas deverão ter formação e/ou atuação anterior com línguas e culturas indígenas.
Qual o período da pesquisa e o valor da bolsa?
As duas pessoas selecionadas vão receber uma bolsa mensal no valor bruto de R$ 2 mil ao longo de seis meses, de abril a setembro de 2023. A carga horária é de 20 horas semanais, sem necessidade de dedicação exclusiva.
Que atividades os(as) pesquisadores(as) bolsistas deverão desenvolver?
Além de desenvolver estudos sobre línguas indígenas, a atuação envolve a atualização dos conteúdos da exposição principal, criação de materiais editoriais sobre os módulos “O enfrentamento dos mundos” e “Terras Brasilis”, da experiência Português do Brasil, participação em ciclo de formação para a equipe interna e de eventos ligados ao tema realizados pelo MLP; além de produzir conteúdo de difusão em mídias variadas e relatório de atividades e acompanhamento.
Qual é o período de inscrição?
De 23 de fevereiro a 12 de março de 2023.
Como se inscrever?
A inscrição deve ser feita pela internet, no link bit.ly/Edital_MLP.
Quais são os documentos necessários?
A lista completa de documentos necessários pode ser encontrada na página do edital (bit.ly/Edital_MLP). Entre eles estão o comprovante de conclusão de curso de graduação e/ou o comprovante de matrícula de pós-graduação, carta de intenção com no máximo duas laudas e link do Currículo Lattes/CNPq atualizado.
Quem avaliará as candidaturas?
O processo de seleção será realizado pelo Comitê de Orientação de Pesquisa do Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa e será composto por duas fases. Na primeira, serão selecionadas as seis melhores candidaturas com base na Carta de Intenção e no Currículo modelo Lattes/CNPq. Em seguida, esses seis participantes serão convocados para a fase de entrevista. A nota final será composta pela média ponderada das notas obtidas nas avaliações da Carta de Intenção, do Currículo e da entrevista.
Quando o resultado será anunciado?
As inscrições homologadas serão publicadas no site do Museu da Língua Portuguesa (www.museudalinguaportuguesa.org.br) no dia 13 de março. Já o resultado final será anunciado, também no site do Museu, no dia 28 de março.
Para quaisquer dúvidas, consultar o edital ou entrar em contato pelo e-mail centrodereferencia@mlp.org.br.
confira a matéria neste link: Edital Museu da Língua Portuguesa
UFSC promove o debate “Educação indígena: especificidades, fazeres docentes, vivências comunitárias e desafios em tempos de desmonte”
O Departamento de Estudos Especializados em Educação da UFSC promove, na próxima sexta-feira, 15 de julho, das 18h30 às 20h30, o debate Educação indígena: especificidades, fazeres docentes, vivências comunitárias e desafios em tempos de desmonte. O evento ocorre no Auditório do Espaço Físico Integrado. Também haverá exposição fotográfica de Bianca Taranti.
As convidadas são a professora Antonella Maria Imperatriz Tassinari , que falará sobre Educação indígena e Universidade: ações afirmativas, permanência e possibilidade de construção de um diálogo inter-epistêmico e a professora Helena Alpini Rosa, que abordará a temática Educação Escolar Indígena: especificidades, desafios e espaços de luta. O professor Caio Montenegro de Cápua, pesquisador de cultura ancestral, falará sobre Vivências indígenas: cultura, formas de registro e o fazer-escola na comunidade.
Línguas kambeba e nheengatu integram currículo das escolas indígenas
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), aprovou a inclusão das línguas maternas kambeba e nheengatu como matéria no currículo educacional das escolas municipais indígenas. A aprovação foi publicada na edição n° 5.257, do Diário Oficial do Município (DOM), da última quinta-feira, 6/1. O objetivo da proposta é subsidiar a língua aos profissionais indígenas de educação envolvidos nessa modalidade de ensino.
Outro intuito é interagir com a comunidade escolar de Manaus sobre o desenvolvimento de saberes e práticas específicas à educação escolar indígena na etapa da educação básica.
Para o subsecretário de Gestão Educacional, Carlos Guedelha, a aprovação vai contribuir bastante para a valorização da cultura e da identidade dos falantes nativos.
“Ao final de 2021, a equipe técnica da subsecretaria de Gestão Educacional elaborou a proposta de inclusão do componente Língua Indígena na estrutura curricular das quatro escolas indígenas da Semed. Com a aprovação da proposta pelo Conselho Municipal de Educação, as línguas indígenas kambeba e nheengatu já serão trabalhadas a partir deste ano de 2022, com duas horas semanais em todas as séries do ensino fundamental”, informa Guedelha, além de acrescentar que a ação é histórica.
“Trata-se de um marco histórico na educação do Brasil, pois esta iniciativa vai propiciar o resgate das línguas em estudo, e com isso impulsionar a valorização da cultura e da identidade dos falantes nativos”, completa.
De acordo com a gerente de Educação Escolar Indígena, Giovana de Oliveira Ribeiro, é mais um avanço da educação escolar indígena de Manaus.
“O componente curricular é uma reivindicação das quatro escolas indígenas. Ao longo desse tempo as escolas trabalhavam apenas um projeto pedagógico diferenciado, junto ao currículo municipal. Com a aprovação do componente curricular de língua indígena os alunos terão a oportunidade de estudar a sua língua dentro da escola indígena. É um grande avanço para a educação escolar indígena de Manaus”, ressalta Giovana.
Prioridade
A educação indígena é uma das prioridades da gestão David Almeida, que sancionou, em setembro de 2021, a lei n° 2.781/2021, que trata sobre a criação da categoria da escola indígena, além de dispor sobre a elaboração de cargos de profissionais de Magistério Indígena, regularização dos espaços de estudos da língua materna e conhecimentos tradicionais indígenas em unidades da Semed.
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Texto – Ricardo Ramos / Semed
Fotos – João Viana / Arquivo – Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmWPamUd