Educação escolar indígena

Educador indígena

A formação é rara oportunidade de empreender um diálogo da interculturalidade

O processo de formação de educadores indígenas, bem como as ações desenvolvidas por esses profissionais no contexto de uma educação escolar específica, diferenciada e intercultural, representa uma tarefa desafiadora que trilha por um caminho marcado por conceitos, concepções e metodologias que propiciam um ambiente cauteloso, que deve seguir dando um passo de cada vez, para que possamos formular propostas que conduzam a ações efetivas e em consonância com o que pensam e desejam as diversas comunidades indígenas que vivem em nosso país.

Estudantes de Brasilândia (MS) criam dicionário indígena ilustrado para preservar idioma em risco de extinção

niciativa foi premiada no Desafio Criativos da Escola 2018 e garantiu pela segunda vez a representação do estado do Mato Grosso do Sul na premiação

O ofaié costumava ser um idioma falado pelos indígenas “ofaié”, que habitam a região de Brasilândia (MS), localizada a 352 quilômetros da capital Campo Grande. Com o passar dos anos, essa língua praticamente se perdeu, restando, na aldeia, apenas cinco idosos falantes. Ao notar que esse idioma nativo estava prestes a desaparecer, estudantes do 6º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Antônio Henrique Filho se uniram para pensar em como manter viva essa língua. Era o início do projeto “Dicionário indígena Ilustrativo: resgatando a língua ofaié e guarani”, um dos premiados da 4ª edição do Desafio Criativos da Escola, selecionado em conjunto com o programa Parceria Votorantim pela Educação – e mais especificamente com uma das empresas vinculadas ao grupo, a Fibria Celulose.

O primeiro desafio dos jovens indígenas foi romper a barreira cultural que existia na própria escola. Eles se sentiam excluídos pelos colegas, que não interagiam com o grupo por que não entendiam sua língua. A situação começou a mudar quando uma professora sugeriu aos ofaiés que citassem, durante uma aula, algumas palavras de sua etnia, despertando a curiosidade dos demais. Junto com o interesse, surgiu também a vontade de contribuir para a preservação desse idioma. E por que não compilar essas palavras em um dicionário ilustrado e distribuí-lo na região?

Após muitas pesquisas, conversas com um ex-cacique, com um professor da língua na aldeia, e com os últimos falantes do idioma e seus familiares, o grupo selecionou as ilustrações e palavras que fariam parte do material. Comerciantes locais abraçaram o projeto e contribuíram com recursos para o que os jovens pudessem fazer várias cópias e deixá-las nas bibliotecas do município. Essa mobilização entusiasmou os jovens indígenas, pois além de disseminarem sua cultura, essa experiência tornou o convívio com os demais estudantes mais amigável e promoveu a valorização da identidade desses povos por toda a região.

Esta é a segunda vez consecutiva que um projeto do Mato Grosso do Sul é premiado no Desafio Criativos da Escola. A cerimônia de premiação dos 11 projetos selecionados será no dia 4 de dezembro, no Teatro Carlos Câmara, em Fortaleza (CE), com a participação de três estudantes e um educador de cada um dos grupos selecionados. A transmissão do evento será feita ao vivo pelo canal do Youtube o Criativos da Escola.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Desafio contou com o apoio do programa Parceria Votorantim pela Educação, do Instituto Votorantim, nos 104 municípios onde desenvolve suas atividades. Este projeto desenvolvido na cidade de Brasilândia é fruto desta parceria.

Sobre o Instituto Alana

Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.

Fonte: Jornal Dia Dia

O peso das palavras das histórias indígenas

Quantos quilos tem uma palavra? Palavrão pesa mais do que palavrinha? E por acaso palavras têm peso? Os participantes do “Amazônia das Palavras” conferiram isso numa balança da expedição literária iniciada em Manaus.

Por José Ribamar Bessa Freire, de Niterói:

Contando histórias nos rios da Amazônia: o peso das palavrasPesaram suas palavras, navegando 1.300 km pelos rios Negro, Amazonas e Madeira. Trabalho intenso. De manhã e de tarde, oficinas com alunos de escolas de oito cidades ribeirinhas e de uma aldeia indígena. À noite, aula-espetáculo e apresentação do palhaço engolidor de letras. Descanso, só no trajeto de barco de uma cidade à outra.

Os estivadores da cultura desceram em cada porto se equilibrando em pranchas. Subiram barrancos, enfiaram o pé na lama, enfrentaram chuva torrencial e sol escaldante, brigaram com mosquito, mutuca, muriçoca, pium e potó – um inseto parente do besouro que queima a pele. Tudo isso para levar e recolher vozes, frases, narrativas.

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Estudantes de escola pública criam dicionário de línguas indígenas

Mba’éichapa significa olá na língua indígena guarani. Foi esse simples cumprimento que inspirou o projeto Dicionário Indígena Ilustrativo: resgatando as línguas ofaié e guarani. Estudantes do 6°ano do ensino fundamental da Escola Municipal Antônio Henrique Filho, de Brasilândia (MS) produziram um dicionário com ilustrações próprias das duas línguas. O livro chegou a ser distribuído nas escolas do município e para a biblioteca da cidade.

O Dicionário Indígena Ilustrativo é um dos premiados no Desafio Criativos da Escola, cujos vencedores foram anunciados nesta terça-feira (13).  Continue lendo

Aldeias de Tarauacá são beneficiadas com quatro novas escolas

Em continuidade às ações de fortalecimento da educação também nas aldeias indígenas,o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), acaba de entregarquatro novas escolas indígenas no município de Tarauacá. O investimento, superior a R$ 360 mil, vai beneficiarestudantes de aldeias localizadas ao longo dos rios Muru, Tauari e Tarauacá.

As novas unidades educacionais fazem parte da política de expansão e modernização da rede, implementada pelo governo do Estado. Só este ano a SEE licitou a construção de dez escolas indígenas, beneficiando também comunidades de Feijó e Jordão. Continue lendo

Estado e município terão de garantir ensino da língua Ofayé-Xavante em escola

Ação movida pelo MPF tem a finalidade é evitar risco iminente da morte da língua e da cultura do povo Ofayé-Xavante

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal (TRF-3), por maioria, negou provimento ao recurso do estado do Mato Grosso do Sul e manteve sentença que o obriga a compartilhar com o município de Brasilândia a responsabilidade de assegurar o ensino da língua Ofayé-Xavante. A sentença, em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), determina que caberá ao estado e ao município garantirem o resgate escrito e imediato da língua Ofayé para sua permanente preservação, por meio de linguistas a serem contratados.

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