Parceria entre IPOL e IPHAN produzirá documentário sobre as memórias de receitas de comunidades de imigração em SC
Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário

Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira durante o registro do depoimento de Dona Amélia Campestrini, falante de italiano. Blumenau, 2013. Foto: Peter Lorenzo – Fonte: Blog Receitas da Imigração
O projeto Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário, convênio financiado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – e executado pelo IPOL, através de Edital PNPI/2013, está com suas atividades a pleno vapor.
Dando continuidade ao projeto Receitas da Imigração (ver blog aqui e canal de vídeos aqui), esta nova parceria entre os dois institutos prevê a realização de um documentário que abordará o caminho de sabores e memórias da imigração no Estado de Santa Catarina, apresentando ao público brasileiro a história de imigrantes e suas referências identitárias.
A condução do trabalho pretende dar relevância a aspectos da história, da memória e da língua dos imigrantes, tendo como principal fio condutor as receitas culinárias e seus pratos, os ingredientes, sabores e costumes, com o objetivo de contar a história na perspectiva do grupo de imigrante e assim valorizar e legitimar seus saberes e os modos pelos quais se transformaram de geração em geração na interação com outras culturas no Brasil. Procura-se, desse modo, contribuir para a promoção das comunidades de imigração, dando sustentabilidade às suas práticas culturais e linguísticas.
O trabalho será realizado no Vale do Itajaí e do Norte do Estado de Santa Catarina, em municípios de colonização alemã, pomerana, italiana e polonesa, tais como Blumenau, Brusque, Indaial, Gaspar, Massaranduba, Timbó, Pomerode, São Bento do Sul, Rio dos Cedros, Benedito Novo, dentre outros onde as comunidades descendentes de imigrantes tratam de manter as línguas de imigração como língua materna e preservar saberes comuns daqueles grupos. O projeto contempla ainda a pesquisa em acervos, destacando-se o levantamento bibliográfico (livros, revistas, trabalhos acadêmicos) e iconográfico (imagens fotográficas, ilustrações, pinturas, arquivo fílmico) sobre a história da imigração no Brasil.
Português será ensinado nas escolas primárias da Guiné Equatorial
Português será ensinado nas escolas primárias da Guiné Equatorial
O governo da Guiné Equatorial promete que o ensino do português será implementado nas escolas primárias, faltando agora a validação técnica do projeto de ensino, no âmbito do processo de entrada na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em entrevista à Lusa, Isabel Oyono, embaixadora de carreira e coordenadora da Comissão Nacional da CPLP na Guiné Equatorial, explicou que o “ministério de educação já elaborou um programa curricular de ensino até à universidade”, faltando agora o apoio de técnicos para validar o modelo e formar professores.
População capixaba é composta por aproximadamente 145 mil pomeranos
A luta para manter viva a tradição
Patrik Camporez | pmacao@redegazeta.com.br
Fotos: Edson Chagas-GZ

Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Fazenda Emílio Schroeder reivindicam o ensino da língua pomerana dentro da sala de aula
Cerca de 145 mil descendentes germânicos vivem no Estado do Espírito Santo
A população capixaba é composta por aproximadamente 145 mil pomeranos, a maior parte deles concentrada em comunidades rurais de 13 municípios do Estado, onde vivem do cultivo da terra.
Para manter preservadas suas tradições e costumes, os descendentes germânicos resolveram se unir para, através de um ciclo de reuniões que acontece em todo o Estado, montar uma pauta com diversas reivindicações.
Curso de Talian em Três Palmeiras-RS
Curso de Talian em Três Palmeiras-RS
A Associação Italiani in Brasile de Três Palmeiras-RS promove um curso intensivo de “Talian”, o dialeto falado pelos imigrantes italianos no sul do Brasil.
O curso será ministrado pela professora Giorgia Miazzo de Veneza, Itália e terá duração de uma semana, do dia 17 ao dia 22 de agosto de 2014. Ao final do curso o(a) aluno(a) ganha um certificado.
Veja ao lado dois dos livros da professora que você poderá comprar durante o curso.
Para maiores informações acesse aqui o blog da Associação Italiani in Brasile.
Língua e Política: dialogando com os Guarani do Chaco Boliviano
Língua e Política: dialogando com os Guarani do Chaco Boliviano
A coordenadora do IPOL, Rosangela Morello, juntamente com a professora Marci Fileti Martins, da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, estiveram, entre os dias 28 de junho a 09 de julho, na Bolívia, precisamente, na região do Gran Chaco Boliviano, para um trabalho de pesquisa junto às comunidades falantes do Guarani.
O trabalho faz parte do projeto “As Línguas Tupi faladas dentro e fora da Amazônia: do Vale do Guaporé à Bacia Platina”, coordenado pela professora Marci Fileti Martins e que pretende fornecer subsídios para documentação, descrição e análise das línguas indígenas, com ênfase nas línguas Tupi distribuídas a oeste da bacia hidrográfica do rio Amazonas, especificamente na bacia do Madeira, nos vales do Guaporé e Mamoré (Estado de Rondônia, no Brasil e Departamentos de Santa Cruz, Chuquisaca e Tarija, na Bolívia), e aquelas situadas fora da Amazônia, as variedades modernas da língua Guarani faladas tanto em território brasileiro (Estados de Mato Grosso do Sul-MS, Santa Catarina-SC, Paraná-PR e Rio Grande do Sul-RS, Rio de Janeiro-RJ e Espírito Santo-ES), quanto as faladas no Paraguai e na Argentina.
Com objetivos diferenciados, mas complementares, as professoras visitaram a cidade de Camiri, na Província de Cordillera, no Departamento de Santa Cruz, que é a sede das organizações Guarani e uma das regiões com maior número de comunidades e falantes. Enquanto Marci Fileti Martins está interessada no estudo comparativo entre o Guarani do Chaco boliviano e o Guarani Mbya, Rosangela Morello está preocupada com as questões de política linguística para ensino bilíngue e para valorização da língua de modo mais amplo. Segundo as pesquisadoras, essas duas questões são importantes para o estudo e a instrumentalização do Guarani falado hoje, no continente sul americano. O Guarani, língua oficial do Paraguai juntamente com o Espanhol, é uma das línguas nacionais da Bolívia, dentre outras 34 línguas, é língua de trabalho do Mercosul e no Brasil, foi inventariada e deverá ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Nação.
Segundo as pesquisadoras, a experiência boliviana, especialmente Guarani, no que diz respeito à educação bilíngue e sua implementação pelas políticas públicas, possui especificidades que podem contribuir para os trabalhos que estão sendo desenvolvidos no Brasil, um país tão plurilíngue quanto a Bolívia.
O estudo comparativo, por sua vez, mostra-se importante para a pesquisa linguística seja do ponto de vista da classificação (tipológica ou genética) das línguas Tupi Guarani (TG) quanto para os estudos teóricos. “Argumento em favor da singularidade das relações de parentesco entre o Guarani Mbya e Guarani do Chaco Boliviano, pois acredito ser um caso exemplar envolvendo os processos migratórios das línguas e a(s) cultura(s) TG e, portanto, reveladoras para os estudos dos complexos Guarani e Boliviano”, afirma Marci Fileti Martins.
De acordo com Rosangela Morello, “o recente reconhecimento do pluri e do multilinguismo no Brasil, atrelado à cooficialização de línguas e à política do Inventário Nacional da Diversidade Linguística no qual se insere o Inventário da Língua Guarani Mbya, exige que aprimoremos as políticas de fomento e valorização das línguas, o que torna muito significativo o conhecimento das experiências em educação e gestão linguística por um país assumidamente plurinacional como a Bolívia”.
Há cada vez mais alunos estrangeiros interessados em aprender português
Há cada vez mais alunos estrangeiros interessados em aprender português
Por Isabel Villhena
O crescente interesse pela língua portuguesa é notório na edição deste ano do Curso de Verão de Português Língua Estrangeira do BabeliUM – Centro de Línguas da Universidade do Minho.
O 24.º Curso de Verão que se iniciou dia 1º e decorre até ao próximo dia 25 de Julho, tem 72 inscritos (mais 20 alunos do que no ano anterior), oriundos das mais diversas partes do mundo (China, Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Rússia, Canadá, Japão), destacando-se pela sua expressão numérica um grupo de 25 estudantes de Macau.