Diversidade linguística

I Seminário Plurilinguismo e Políticas para o Ensino

I Seminário Plurilinguismo e Políticas para o Ensino

Profª Guadelupe Teresinha Bertussi

Profª Guadelupe Teresinha Bertussi

As demandas por um ensino qualificado, ajustado aos perfis do mercado de trabalho e das economias em rede e voltado para a formação de cidadãos plurilíngues, têm desafiado fortemente as políticas dos Estados. Afinal, que perspectivas políticas enquadram as atuais ações voltadas ao ensino? Qual tem sido o lugar das línguas no sistema de ensino público? Que iniciativas têm contemplado o ensino bi e plurilíngue? Estas serão algumas das questões que nortearão o debate do I Seminário Plurilinguismo e Políticas para o Ensino, organizado pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística – IPOL, e que será realizado no próximo dia 10 de novembro, segunda, no Auditório Elke Hering, localizado na Biblioteca Universitária da UFSC, Campus Trindade, Florianópolis-SC.

O Seminário iniciará às 14:00h com a palestra: “História do presente da educação no México”, proferida pela Profª Drª Guadelupe Teresinha Bertussi, da Universidad Pedagógica de México, DF.

Na sequência, a partir das 15:00h, será realizada a mesa-redonda: “Políticas para as línguas e educação”, com a participação da coordenadora geral do IPOL, Rosângela Morello e do prof. Adair Bonini (UFSC).

Encerrando o Seminário, haverá o lançamento dos livros Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial, de Armando Zamora Segorbe, Gilvan Müller de Oliveira e Rosângela Morello, e Honeyde Bertussi: Músicas, Festas e Bailes, organizado por Guadelupe Teresinha Bertussi e Neura Cecília Todeschini.

UNESCO sedia hoje e amanhã Encontro Internacional de Especialistas sobre o Desenvolvimento da Diversidade Linguística no Ciberespaço

UNESCO sedia hoje e amanhã Encontro Internacional de Especialistas sobre o Desenvolvimento da Diversidade Linguística no Ciberespaço

Gilvan Müller de Oliveira (UFSC-IPOL) participa do Encontro da UNESCO.

Gilvan Müller de Oliveira (UFSC-IPOL) participa do Encontro da UNESCO.

Nos dias 28 e 29 de outubro, na sua sede em Paris, a UNESCO realiza o Encontro Internacional sobre o Desenvolvimento da Diversidade Linguística no Ciberespaço.

O evento reune os principais especialistas, pesquisadores e formuladores de políticas para discutir a situação da diversidade linguística no ciberespaço e determinar os caminhos a serem seguidos pela UNESCO, com o intuito de garantir esforços contínuos na promoção e monitoramento da diversidade linguística e cultural no ciberespaço através de soluções tecnológicas abertas e inclusivas e do envolvimento das comunidades linguísticas.

Mais especificamente, o foco das discussões no encontro se fundamentará em dois eixos:

  • os próximos passos para a implementação da recomendação da UNESCO que se refere à promoção e utilização do multilinguismo e do acesso universal ao ciberespaço e uma análise das recomendações da terceira Conferência Internacional “Diversidade Linguística e Cultural no Ciberespaço”, realizada em Yakutsk, Rússia, de 28 de de junho a 03 de julho de 2014;
  • a elaboração de um plano de ação e início de novas parcerias para o desenvolvimento do Atlas das Línguas do Mundo da UNESCO baseado em seu atual Atlas das Línguas do Mundo em Perigo, visando o monitoramento e a promoção das línguas do mundo, bem como a criação de espaço on-line para outras instituições internacionais, regionais e nacionais de línguas para compartilhar seus conteúdos digitais relacionados às línguas usando soluções tecnológicas abertas e inclusivas.

unescoPara esse encontro a UNESCO organizará sessões plenárias, onde os participantes compartilharão suas experiências e suas boas práticas na promoção da diversidade linguística no ciberespaço, bem como sessões paralelas, onde os participantes discutirão em mesas-redondas os encaminhamentos e as recomendações para a preparação do Plano de Ação e a construção de parcerias.

No dia 29/10, a partir das 09h, o prof. Gilvan Müller de Oliveira, da Universidade Federal de Santa Catarina e Assessor do IPOL, participará da sessão plenária “Em direção ao Atlas das Línguas do Mundo da UNESCO: Construindo parcerias internacionais para a criação de instrumento de monitoramento de línguas”, coordenado pelo Sr. Panchanan Mohanty, do Centro de Estudos em Linguística Aplicada e Tradução e do Centro de Estudos em Línguas em Perigo e Língua Materna, da Universidade de Hyderabad, India.

O Prof. Gilvan Müller apresentará iniciativas de mapeamento linguístico do português e das línguas faladas nos países de língua portuguesa, e muito especialmente os trabalhos em andamento no Brasil e que poderiam compor parcerias importantes para o Atlas das Línguas do Mundo da UNESCO.

Leia aqui notícia sobre o encontro na página da UNESCO (em inglês).

Adolescente chinês é resgatado da escravidão com ajuda de tradutor online

Adolescente chinês é resgatado da escravidão com ajuda de tradutor online

Pastelaria onde chinês resgatado era submetido a jornada exaustiva e condições degradantes. Fotos: SRTE/RJ

Pastelaria onde chinês resgatado era submetido a jornada exaustiva e condições degradantes. Fotos: SRTE/RJ

Jovem escravizado trabalhou em pastelaria por dois anos sem receber salário ou poder sair do local. Fiscalização investiga se caso está ligado a rede internacional de tráfico de pessoas

Por Stefano Wrobleski

Um adolescente chinês de 17 anos foi resgatado de trabalho em condições análogas às de escravos no município fluminense de Mangaratiba, a 100 quilômetros da capital Rio de Janeiro. Desde que chegou ao Brasil, há dois anos, ele trabalhou diariamente em uma pastelaria sem descanso ou qualquer salário. “A gente faz nossas compras em um estabelecimento e, muitas vezes, não percebe que há trabalhadores sendo escravizados na nossa frente”, resumiu a auditora do trabalho Marcia Albernaz de Miranda, que participou do resgate. A violação foi descoberta depois de a vítima fugir e ser acolhida pelo Conselho Tutelar local. A comunicação com o jovem, que por viver isolado não sabia falar português, só foi possível com ajuda de uma ferramenta de tradução de idiomas pela internet. Os agentes da fiscalização consideraram que o adolescente foi vítima também de tráfico de pessoas.

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Lançado o livro “Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial”

Lançado o livro “Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial”

Rosângela Morello e Gilvan Müller de Oliveira

Rosângela Morello e Gilvan Müller de Oliveira

Em 15 de outubro de 2014, durante o Colóquio A Língua Portuguesa, o multilinguismo e as novas tecnologias das línguas no século XXI, realizado em Belo Horizonte no Campus II do CEFET de Minas Gerais, foi lançado o livro Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial.

O livro assinado por Armando Zamora Segorbe (Linguista e professor da Universidade Nacional da Guiné Equatorial), Gilvan Müller de Oliveira (Linguista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina) e Rosângela Morello (Linguista e Coordenadora Geral do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística) é resultado de pesquisas realizadas em campo, em 2012, como parte de um protocolo de cooperação entre o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e o Governo da Guiné Equatorial. As temáticas abordadas pelos autores promovem uma visibilização das relações histórico-culturais do fá d’ambô com a língua portuguesa na Guiné Equatorial e situam questões para a gestão dessas e outras línguas no país. A publicação do livro dialoga, ainda, com as ações em torno da promoção da língua portuguesa no país decorrente de sua oficialização ocorrida no final de 2011. Conforme Oliveira, a Guiné Equatorial é hoje o único país do mundo cujos idiomas oficiais são as três grandes línguas românicas (o espanhol, o francês e o português).

guinea-eqA República da Guiné Equatorial, que desde julho de 2014 faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), situa-se no oeste da África Central e seu território é constituído por províncias continentais e insulares. Dentre as províncias insulares da Guine Equatorial encontra-se a ilha de Ano Bom, onde atracaram os portugueses em 1471, período das grandes navegações, deixando nesse lugar sua herança linguística hoje verificada no fá d’ambô, crioulo de base lexical portuguesa.

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O livro expõe um breve panorama histórico da ilha de Ano Bom em sua relação com a língua portuguesa, situa a história do fá d’ambô, descreve diversos aspectos linguísticos da ‘língua annobonesa’, nas palavras de Segorbe, bem como analisa o fá d’ambô no contexto plurilíngue da Guiné Equatorial a partir de dados coletados por meio de um intenso trabalho em campo realizado segundo a metodologia de diagnósticos linguísticos e sociolinguísticos. As pesquisas de campo foram desenvolvidas em março de 2012 em Malabo (capital do país) e entorno entre comunidades annobonesas e na pequena ilha de Ano Bom, sob a coordenação da Profa. Dra. Rosângela Morello.

Conforme as palavras de Oliveira, então Diretor Executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o livro contribui para “a compreensão das regiões onde o português é usado, ou onde fenômenos linguísticos que tiveram sua origem no português ocorrem”.

rosangela-gilvan2Em entrevista realizada com Morello por ocasião do lançamento do livro, a autora relaciona o crescimento de interesse pela língua portuguesa com a renovação de pesquisas sobre os crioulos de base lexical portuguesa: “Esperamos que esse livro possa continuar dando abertura para a reflexão sobre o que é a Língua Portuguesa no mundo. Compreendemos que tem havido um crescimento no interesse do Brasil pelos demais países africanos, onde a língua portuguesa também é falada. Espero que esse livro possa subsidiar novas pesquisas e esse trabalho possa gerar novos interesses”.

O livro foi publicado pelo IILP com aporte do Programa de Apoio às Iniciativas Culturais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PAIC-PALOP) dos Fundos ACP (África-Caraíba-Pacífico) e, principalmente, com a contribuição do Governo da Guiné Equatorial.

Tercer Seminario Internacional de Lenguas Indígenas “Las políticas lingüísticas en el mundo”

Tercer Seminario Internacional de Lenguas Indígenas “Las políticas lingüísticas en el mundo”

inaliMérida, Yucatán, México – Con el objetivo de analizar la preservación y uso de las lenguas indígenas en la vida pública y privada en el mundo, el Instituto Nacional de Lenguas Indígenas (INALI) realizará el 22 y 23 de octubre el Tercer Seminario Internacional de Lenguas Indígenas “Las políticas lingüísticas en el mundo”.

Este evento contará con representantes de Perú, Ecuador y Paraguay, se desarrollará en el marco del Festival Internacional de la Cultura Maya (FICMaya) 2014 en coordinación con el Instituto para el Desarrollo de la Cultura Maya. La sede será el Gran Museo del Mundo Maya de esta ciudad.

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Libras e Hunsrückisch serão línguas inventariadas no âmbito do INDL

Libras e Hunsrückisch serão línguas inventariadas no âmbito do INDL

iphanO Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) divulgou o resultado da habilitação e avaliação das propostas do Edital de Chamamento Público 004/2014 – Identificação, Apoio e Fomento à diversidade linguística no Brasil – Línguas de Sinais, Línguas de Imigração e Línguas Indígenas.

Entre as propostas aprovadas estão o Inventário da Língua Brasileira de Sinais e o Inventário do Hunsrückisch (hunsriqueano) como língua brasileira de imigração, ambas com parceira do IPOL.

O Inventário da Libras é uma parceria entre o IPOL e a UFSC, e terá por foco a sistematização de dados sociolinguísticos dessa língua utilizando a produção acadêmica e a população envolvida em cursos de formação à distância da UFSC coordenados pelos profs. Ronice Quadros e Tarcisio Leite e uma coleta específica na região da grande Florianópolis.

O Hunsrückisch (hunsriqueano) será desenvolvido pelo IPOL e pela UFRGS, e tem por base o Projeto ALMA, coordenado pelo prof. Cleo Altenhofen, o qual será ampliado desde a perspectiva do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). Além disso, abrangerá novas comunidades linguísticas, especialmente no Espírito Santo.

As pesquisas serão desenvolvidas por pesquisadores do IPOL e das instituições parceiras, em estreito diálogo com as comunidades de falantes, e com o IPHAN. O objetivo é que ambas as línguas sejam reconhecidas como referência cultural brasileira, como está previsto no âmbito da política do INDL.

Para a Coordenadora Geral do IPOL, Drª Rosângela Morello, “a realização desses projetos são importantes ações na direção da implementação do INDL e podem aportar novas contribuições tanto do ponto de vista metodológico quando das articulações políticas seja com os falantes, seja com instâncias do poder público, visando a plena instalação da política do INDL”.

O INDL foi criado pelo Decreto federal nº 7.387, de 09 de dezembro de 2010. De acordo com o relatório do Grupo de Trabalho que instituiu as diretrizes para o INDL,

O Inventário permitirá ao Estado e à sociedade em geral o conhecimento e a divulgação da diversidade linguística do país e seu reconhecimento como patrimônio cultural. Esse reconhecimento e a nomeação das línguas inventariadas como referências culturais brasileiras constituirão atos de efeitos positivos para a formulação e implantação de políticas públicas, para a valorização da diversidade linguística, para o aprendizado dessas línguas pelas novas gerações e para o desenvolvimento do seu uso em novos contextos.

Ao todo foram aprovados seis projetos nas três categorias. Quanto aos projetos propostos pelo IPOL e parceiros, o Libras foi classificado em 1º lugar na categoria Línguas de Sinais e Hunsrückisch foi o único a ser aprovado na categoria Línguas de Imigração.

Para maiores detalhes, baixe aqui o arquivo com o resultado da habilitação e avaliação de propostas do IPHAN.

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