Nova versão eletrônica do livro “Hunsrückisch: Inventário de uma Língua do Brasil”, confira!
A nova versão eletrônica do livro “Hunsrückisch: Inventário de uma Língua do
Brasil”, editada no ano de 2022, incorpora um encarte com imagens da pesquisa de
campo intitulado “Os personagens, os lugares e bastidores do dia a dia da pesquisa.
Encontros com a língua e a memória”. E ainda, retifica a lista de autores, com a
inclusão de Chari Gonzalez Nobre e Mariela Silveira.
ALTENHOFEN, Cléo V.; MORELLO, Rosângela; BERGMANN, Gerônimo L.; GODOI, Tamissa G.; HABEL, Jussara M.; KOHL, Sofia F.; NOBRE, Chari G.; PREDIGER, Angélica; SCHMITT, Gabriel; SEIFFERT, Ana Paula; SILVEIRA, Mariela F.; SOUZA, Luana C.; WINCKELMANN, Ana C. Hunsrückisch: inventário de uma língua do Brasil. Florianópolis: Garapuvu, 2022. 248 p.
Baixe o pdf do livro aqui.
III Seminário de Línguas Indígenas do Sul da Mata Atlântica
O III Seminário de Línguas Indígenas do Sul da Mata Atlântica, voltado à divulgação de políticas linguísticas envolvendo três línguas indígenas faladas no sul da Mata Atlântica, será realizado nos dias 20 e 21 de setembro, no auditório de Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O evento é resultado de uma parceria entre estudantes indígenas, docentes do curso de Licenciatura Intercultural Indígena (LII) e o grupo de Políticas Linguísticas Críticas e Direitos Linguísticos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL).
A iniciativa agrega estudantes, professores e pesquisadores indígenas em torno da divulgação e defesa das línguas indígenas Guarani, Kaingang e Xokleng-Laklãnõ, faladas pelos povos indígenas que vivem na parte meridional do bioma Mata Atlântica: Guarani (Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Kaingáng (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Xokleng (Santa Catarina). O evento busca valorizar o protagonismo de pesquisadores indígenas na promoção dos debates e reflexões, bem como na participação ativa na organização de atividades do evento.
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O Seminário celebra o Ano Internacional das Línguas Indígenas (International Year of Indigenous languages – IYIL2019), conforme definido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em atenção à cultura e à riqueza linguística desses povos.
Curso de Língua Tupi e História Cultural da Floresta















UFSC tem roda de conversa com pesquisadores de Moçambique sobre canções na aprendizagem
O grupo de Políticas Linguísticas Críticas e Direitos Linguísticos (PoLiTicas) divulga a realização de rodas de conversa virtuais mensais do projeto “Oralidades, multilinguismos e letramentos políticos: diálogos com a educação”. A próxima roda de conversa será realizada no dia 15 de setembro, quinta-feira, sobre o tema “A canção tradicional e o uso da cultura local no processo de ensino e aprendizagem”. A atividade conta com a presença de pesquisadores da Universidade Púnguè-Tete de Moçambique: doutor Arcénio Olíndio Luabo, mestre Julio Sandaca e mestra Marta Pedro Matsimbe, transmitida às 11h no Brasil (sendo 15h para Angola e às 16h para Moçambique), pelo canal do grupo PoLiTicas.
As rodas são compostas por pesquisadores e representantes das diferentes comunidades acadêmicas e não-acadêmicas. O grupo propõe um diálogo entre as políticas linguísticas e a esfera educacional no que tange a três elementos interligados: os conceitos de língua e oralidade, as propostas de educação multilíngue e os letramentos políticos, e é coordenado pela docente Cristine Severo do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (DLLV).
Todas as rodas podem ser acessadas no canal do grupo no YouTube. As demais atividades já abordaram temas vinculados às políticas linguísticas educacionais, como educação multilíngue, diálogos da universidade com a comunidade, educação escolar quilombola, comunidades surdas plurais, pensamento negro afrodiaspórico, letramentos indígenas, línguas e culturas ciganas, línguas e imigração, entre outros.
Mais informações disponíveis na página do projeto Oralidades, multilinguismos e letramentos políticos: diálogos com a educação.
FONTE: Agecom UFSC
Diálogo Online entre Mídias da China e Países de Língua Portuguesa é realizado para promover conectividade

O programa será publicado nas diversas plataformas do CMG, assim como na Televisão Pública de Angola, Soico Televisão de Moçambique, Teledifusão de Macau, Brasil 247 e outros veículos de imprensa.
Ações do Inventário da Língua Pomerana (ILP) repercutem no Boletim FAPERJ
VOLB-Pomer: Língua Pomerana ganha vocabulário web e interativo
Um idioma praticamente esquecido na Europa, mas que resiste no Brasil. O Pomerano, falado na região hoje compreendida pelo nordeste da Alemanha e noroeste da Polônia, é a língua mais falada na cidade de Santa Maria de Jetibá no Espírito Santo, que abriga grande número de imigrantes pomeranos no Brasil. Para discutir formas de valorizar sua tradição linguística e cultural, a Câmara Municipal dos Vereadores desse município recebeu, nos dias 12 e 13 de agosto, o Encontro de Falantes da Língua Pomerana. O evento teve como foco a apresentação dos resultados do Inventário da Língua Pomerana (ILP), coordenado pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (IPOL), sediado em Florianópolis, para possibilitar um melhor conhecimento sobre a atual situação da língua e credenciá-la para reconhecimento como Referência Cultural Brasileira, conforme previsto no Decreto Federal 7.387, de dezembro de 2010.
Durante o Encontro de Falantes, ocorreu o lançamento do Vocabulário de Línguas Brasileiras – Pomerano (VOLB-Pomer – Disponível em: https://volbp.paveisistemas.com.br/tabs/tab3), uma iniciativa inédita, concebida como um sistema web aberto e interativo, que se converteu em um instrumento de registro e promoção da língua pomerana no Brasil. “O Inventário da Língua Pomerana, se constitui enquanto ferramenta para o fortalecimento e o reconhecimento do mosaico sociocultural brasileiro, rico pela sua diversidade linguística”, disse a pesquisadora Mônica Savedra, coordenadora do Laboratório de Pesquisas em Contato Linguístico, da Universidade Federal Fluminense (Labpec/UFF). O desenvolvimento da plataforma VOLB-Pomer é um dos desdobramentos do seu projeto de pesquisa apoiado pelo programa Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ. “Desde 2018 desenvolvemos, com a participação de alunos bolsistas de doutorado, mestrado e de Iniciação Científica, a plataforma VOLB-Pomer. É um projeto desenvolvido em uma grande parceria com o IPOL, responsável por entrevistas e registros de imagem de falantes da língua pomerana”, explicou ela, que esteve presente no evento.
A realização do Encontro de Falantes se converteu em dois dias relevantes, um marco para a história da cultura e língua pomerana do Brasil. “Foi um encontro de extrema importância para a diversidade etnolinguística cultural brasileira. O Pomerano torna-se assim um patrimônio imaterial brasileiro, uma referência cultural brasileira, cumprindo a política proposta pelo Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), sendo a quarta língua a ser inventariada ao lado da LIBRAS (Libras Brasileira de Sinais), Hunsrückisch e Guarani-Mbya”, citou Monica. “Os dois dias de debate sobre os resultados da pesquisa trouxeram à tona importantes demandas e sugestões para ampliar os espaços de usos e de valorização da língua pomerana”, completou.
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A pesquisadora do Labpec/UFF Monica Savedra (ao centro, de vermelho) trabalhou em parceria com o IPOL no desenvolvimento do sistema do VOLB-Pomer, grande fonte de consulta online e interativa da língua pomerana (Foto: Divulgação/IPOL) |
O trabalho contou com o apoio da FAPERJ e de outras organizações, como o Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e teve, como parceiros: o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Cátedra Unesco em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo/UFSC; a Prefeitura Municipal de Santa Maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo; a Prefeitura Municipal de Pomerode, Estado de Santa Catarina; a Universidade Federal Fluminense (UFF); a Associação Pomerana de Pancas (APOP); o Grupo de Pesquisa (CNPq) “Culturas, Parcerias e Educação do Campo” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE/Ufes); o Núcleo de Pesquisa (CNPq) “Educamemória” do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEDU/Furg) e o Grupo de Pesquisa (CNPq) “LABPEC – Laboratório de pesquisas em contato linguístico”, do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (Posling/UFF).
O Pomerano é uma língua de migração, co-oficializada em oito municípios no Brasil: seis no Espírito Santo, um em Santa Catarina e um no Rio Grande do Sul. “Em alguns municípios, como por exemplo em Santa Maria de Jetibá, comunicar-se nessa língua extrapola o ambiente familiar. Pessoas de diversas faixas etárias falam pomerano no trabalho, no comércio, nos postos de saúde e em diversas outras ocasiões”, contou Monica.
O encontro reuniu falantes, pesquisadores, gestores públicos e participantes de várias regiões do Brasil, como Espigão do Oeste (Rondônia), Pomerode, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Durante a programação decorreram apresentações culturais, com a presença de alunos da Escola Municipal de Recreio, e a apresentação do Grupo de Trombonistas da localidade de Alto São Sebastião. E ainda, a exibição do documentário Língua Pomerana, Língua Brasileira: História, memória e reconhecimento, do colaborador Arno Stuhr.
FONTE: Ascom FAPERJ