Pesquisadores da UFSC apresentam videoconferências sobre escritores latinos
Os pesquisadores André Fiorussi, Byron Vélez Escallón, Joca Wolff e Liliana Reales, vinculados ao Núcleo Onetti e à linha de pesquisa Estudos Literários e Culturais Latino-Americanos do Programa de Pós-Graduação em Literatura (PPGLIT), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apresentaram quatro videoconferências em espanhol sobre escritores latino-americanos, são eles Jorge Luis Borges, César Aira, José Eustasio Rivera e Rubén Darío no III Festival Cultural Latino-Americano. O evento é promovido pelo Museu Nacional da Literatura Romena em Bucareste, Romênia e a apresentação ocorrerá no dia 5 de outubro, às 17h.
Em sua terceira edição, o Festival Cultural Latino-americano do Museu da Literatura Romena de Bucareste reúne artistas e pesquisadores de diversas nacionalidades com o objetivo de difundir novos conhecimentos a respeito da literatura latino-americana na Romênia e em outros países europeus que têm línguas neolatinas como idioma oficial. Em sua programação oficial, o festival divulga o objetivo de “dar a conhecer ao público autores, artistas e espaços culturais importantes da América Latina, através de leituras públicas, conferências, projeções de filmes artísticos e documentários”, e ressalta que “este ano, as novidades do festival serão as conferências proferidas por especialistas, professores universitários e escritores de diferentes países latino-americanos”.
Acesse a programação completa através do link. Mais informações no site do Museu Nacional da Literatura Romena.
Conhecimento dos Povos Indígenas é essencial nas políticas climáticas
Relatório destaca como o reconhecimento dos sistemas de conhecimento dos Povos Indígenas e das comunidades locais pode fazer mais para lidar com as mudanças climáticas do que muitas abordagens atuais
Também defende a garantia da inclusão plena e equitativa dos Povos Indígenas e das comunidades locais nos processos políticos.
University of East Anglia (UEA)*
O relatório , publicado como um white paper, foi produzido por uma equipe internacional de 12 autores liderada pelo professor Ben Orlove da Universidade de Columbia nos EUA, e incluindo o Dr. Victoria Reyes-García da Instituição Catalã de Pesquisa e Estudos Avançados (ICREA) e Instituto de Ciências e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona (ICTA-UAB), na Espanha. A equipe também incluiu cinco estudiosos indígenas.
Copatrocinado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, o documento foi uma resposta aos crescentes pedidos de atenção internacional. à cultura na ciência e política das mudanças climáticas.
Supõe-se frequentemente que as respostas às mudanças climáticas devem envolver novas tecnologias ou mudanças comportamentais impulsionadas por governos e grandes empresas. No entanto, os autores baseiam-se em diversas literaturas e estudos de caso para ilustrar por que o reconhecimento dos sistemas de conhecimento dos Povos Indígenas e das comunidades locais acrescentaria muito às abordagens científicas ocidentais e representaria uma mudança transformadora necessária dos atuais esforços de cima para baixo.
Esse conhecimento, detido pelos 400 milhões de Povos Indígenas do mundo, além de muitas comunidades tradicionais locais, traz formas alternativas de compreensão e formas comprovadas, de baixo para cima, de abordar problemas globais complexos, como mudanças climáticas e perda de biodiversidade.
Nova edição da NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras, confira!
v. 2 n. 2 (2022): Descrição e análise de línguas africanas e estudos socioculturais no Brasil
O Vol.2, nº2, 2022 foi organizado e editado pela Profa. Dra. Ezra Alberto Chambal Nhampoca (Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique/Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal) e pelo Prof. Dr. David Alberto Seth Langa (Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique/Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil). A publicação agrupa pesquisas científicas que têm o intuito de analisar e descrever as línguas nos aspectos Fonético-Fonologicos, Lexicográficos, da Lexicologia, da Pragmática, da Semântica, da Sintaxe, da Terminologia e da Literatura. Os trabalhos apresentados revelam a necessidade de se continuar com estudos por forma a que as línguas não oficiais e ágrafas tenham o seu espaço no espaço científico e na sociedade.
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Centenário de Darcy Ribeiro: membro da ABL, antropólogo teve vasta produção literária
Homem de ideias e de livros
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Antropólogo, acadêmico, educador, político, visionário e escritor. Darcy Ribeiro dedicou-se à educação, não só em discursos, mas como homem de Estado e de ação. Por isso escreveu muito. Foram dezenas de obras publicadas.
A produção de Darcy, que chegou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras (ABL), pode ser dividida entre cinco grandes grupos. Os seus quatro romances (Maíra, O Mulo, Utopia Selvagem e Migo). Os de conteúdo etnológico, nos quais tratou de línguas e costumes dos povos indígenas. Os de cunho antropológico, sobre a formação e o processo civilizatório do Brasil e das Américas. Os ensaios acadêmicos sobre os temas aos quais se dedicou. E seus livros sobre educação. Veja abaixo algumas de suas obras. |
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1957 – Culturas e línguas indígenas do Brasil | 1962 – A política indigenista brasileira |
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1962 – Plano orientador da Universidade de Brasília | 1970 – As Américas e a civilização |
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1970 – Os índios e a civilização | 1982 – Utopia selvagem |
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1984 – Nossa escola é uma calamidade | 1986 – América Latina a pátria grande |
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1995 – O Brasil como problema | 1995 – O povo brasileiro |
Saiba mais
Adoro o Senado’, dizia Darcy na campanha de 1990
Abdias Nascimento e Darcy Ribeiro dividiram lutas desde os anos 1950
Centenário de Darcy Ribeiro: veja fotos de sua trajetória política
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
Em Roraima, hospital da criança conta com bloco de internação e atendimento a famílias indígenas

Cuidar da saúde e preservar a cultura de cada família. Desde 2005, o Hospital da Criança Santo Antônio conta com o bloco G, que foi especialmente implementado para atender os povos indígenas. Tem capacidade de internação para 28 pacientes, redário, banheiros adaptados aos costumes e 4 leitos berço respiratório. Além de tudo isso, ainda dispõe de tradutor da língua Yanomami.
Sendo o único hospital infantil do Estado, atendeu mais de 21 mil crianças desde o dia 3 de janeiro deste ano. A unidade atende os 15 municípios e até crianças da Guiana e Venezuela, países que fazem fronteira. No total, são 40 especialidades que a prefeitura disponibiliza nessa unidade.
“O Hospital é referência no norte do país, sendo o único que preserva os costumes dos povos indígenas, mesmo em atendimentos. São duas enfermarias, tendo uma com 9 lugares para redário, banheiros adaptados aos costumes e ainda a alimentação diferenciada para atender tanto o acompanhante, quanto a criança internada. Nesse bloco, também temos pacientes não indígenas, mas que todos respeitam as tradições” disse o Coordenador da Coordenação Indígena, Rodrigo Danin.
A chegada de um tradutor em 2011, fez toda a diferença para o atendimento médico, ajudando na tradução de sintomas. Atualmente são dois tradutores não indígenas que que ajudam na comunicação das 6 línguas dentro da etnia Yanomami. O bloco também recebe famílias das etnias Macuxi e Yekuana.
“Ver os indígenas chegando doentes e ajudar a traduzir tudo o que estão sentindo é uma responsabilidade muito grande, fico o dia inteiro de segunda a sexta-feira. E quando pegam alta hospitalar, fico muito feliz em ter feito meu trabalho de maneira correta”, disse Richard Duque, que há 11 anos é tradutor e intérprete no bloco G.
Atualmente, 60% da equipe médica do bloco trabalhou com a saúde indígena através do Dsei Leste/Yanomami, o que facilita no atendimento. A nutricionista Thays Muniz é um desses profissionais. Seu principal trabalho envolve adaptar a alimentação no hospital, de forma que atenda às necessidades dos pacientes e suas famílias, priorizando a cultura dos povos indígenas.
“A alimentação deles é seca, proteína peixe ou frango, farinha d’gua, arroz. Alguns até trazem a própria farinha e beiju. Eu autorizo essa entrada, pois eles aceitam repor vitaminas através de sucos e frutas. Conseguimos que as crianças também se alimentem de mingau”, afirmou.
FONTE: Roraima em Foco