Chamada para artigos – Dossiê Orientalismo África e Ásia portuguesa
A Exilium Revista de Estudos da Contemporaneidade, publicação semestral da Cátedra Edward Saïd da Unifesp (Brasil) está com chamada aberta para artigos sobre orientalismo, especialmente envolvendo países de língua portuguesa da África e da Ásia, até dia 30 de setembro. Submissões somente via site, seguindo estritamente as Diretrizes para autores e a linha editorial. A revista acolhe materiais variados, de textos acadêmicos a ensaísticos e criativos, conforme o perfil das seções.
Pós-graduação em Estudos Linguísticos UFMG divulga edital da seleção 2023 para mestrado e doutorado
Inscrições começam no dia 20 de julho; serão oferecidas 66 vagas para mestrado e 38 para doutorado, com ingresso no início de 2023
A Coordenação do Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras (PosLin / Fale) da UFMG divulga o lançamento do edital da seleção 2023 para mestrado e doutorado. As inscrições estarão abertas no período de 20 de julho a 18 de agosto e deverão ser realizadas exclusivamente on-line, por meio de link que ficará disponível no site do Programa (www.poslin.letras.ufmg.br).
Serão oferecidas 66 vagas para o mestrado e 38 para o doutorado, para ingresso no primeiro semestre letivo de 2023, sendo reservadas 21 vagas do mestrado e 13 vagas do doutorado para candidatos autodeclarados negros. Conforme edital suplementar, tanto no mestrado quando no doutorado, será ainda reservada uma vaga para indígena e uma para pessoa com deficiência.
O candidato deverá optar na hora da inscrição por uma das três áreas de concentração e suas respectivas linhas de pesquisa existentes no PosLin (a distribuição de vagas conforme relação que consta no edital)
Para mais informações, acesse o site do Programa ou envie e-mails para poslin@letras.ufmg.br.
Via Assessoria de Imprensa UFMG
Instituto Nacional de Educação de Surdos divulga calendário de matrículas para o Curso de Libras
Está disponível o calendário de matrículas para o segundo semestre do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), vinculado ao Ministério da Educação. A formação, que oferece aulas presenciais e de forma remota e totalmente gratuita, está prevista para ter início na semana do dia 15 de agosto. Funcionarão um total de 18 turmas presenciais e 12 turmas a distância, com limite de 20 pessoas por classe.
Para estudantes iniciantes – que devem ser alfabetizados e ter idade mínima de 14 anos –, a inscrição ocorrerá no dia 3 de agosto. Devido à alta demanda e ao limite de vagas, um sorteio eletrônico definirá os contemplados no dia 4 de agosto, a partir das 14 horas, com resultado a ser divulgado no mesmo dia. Por e-mail, os sorteados devem efetivar as matrículas até o dia 8 de agosto.
Serão preenchidas neste semestre, no módulo iniciante, cinco turmas presenciais, totalizando 100 vagas, e quatro turmas a distância, que somam 80 oportunidades.
Instituições públicas, organizações não governamentais e parceiros do Ines que atuam com atendimento a pessoas surdas podem solicitar uma vaga por meio de um ofício que deve ser enviado para os e-mails dirge@ines.gov.br e dfcrh@ines.gov.br, exclusivamente, no dia 27 de julho, desde que preencham as informações requisitadas neste link .
Saiba Mais
O curso de Libras do Ines contabiliza cinco módulos, e cada um deles dura um semestre, um total de dois anos e meio de duração. Seguindo o semestre letivo do Departamento de Educação Básica do Instituto, as aulas são ministradas uma vez por semana, durante 3 horas e 10 minutos no módulo presencial e 3 horas e 15 minutos no módulo a distância, chegando a um total de 50 horas/aula. Ao término de cada módulo, o estudante aprovado receberá um certificado de conclusão de curso.
UFSC promove o debate “Educação indígena: especificidades, fazeres docentes, vivências comunitárias e desafios em tempos de desmonte”
O Departamento de Estudos Especializados em Educação da UFSC promove, na próxima sexta-feira, 15 de julho, das 18h30 às 20h30, o debate Educação indígena: especificidades, fazeres docentes, vivências comunitárias e desafios em tempos de desmonte. O evento ocorre no Auditório do Espaço Físico Integrado. Também haverá exposição fotográfica de Bianca Taranti.
As convidadas são a professora Antonella Maria Imperatriz Tassinari , que falará sobre Educação indígena e Universidade: ações afirmativas, permanência e possibilidade de construção de um diálogo inter-epistêmico e a professora Helena Alpini Rosa, que abordará a temática Educação Escolar Indígena: especificidades, desafios e espaços de luta. O professor Caio Montenegro de Cápua, pesquisador de cultura ancestral, falará sobre Vivências indígenas: cultura, formas de registro e o fazer-escola na comunidade.
Conselho Indigenista Missionário (Cimi) alerta: diversidade linguística e cultural dos povos indígenas no Brasil está em risco!
A diversidade linguística e cultural dos povos indígenas no Brasil está em risco, alerta o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), na 15ª sessão do Mecanismo de Especialistas em Direitos dos Povos Indígenas (EMRIP).
A intervenção ocorreu durante o debate sobre línguas indígenas. Paulo Lugon Arantes, assessor internacional do Cimi, deu voz às denúncias. “Os povos indígenas no Brasil têm sido ativos na promoção e preservação de suas próprias línguas, assumidas por eles como parte integrante de suas identidades étnicas e de seus modos de vida tradicionais”, destacou. No Brasil, há uma grande diversidade de línguas indígenas: atualmente, 274 línguas nativas são faladas, segundo o Censo Demográfico 2010. Os povos indígenas e parceiros no Brasil têm assumindo a liderança na proteção de suas línguas, diante das políticas indígenas hostis do governo brasileiro, abertamente anti-indígena.
Neste ano, professores indígenas dos povos Jamamadi, Apurinã, Jarawara e Paumari, do Rio Purus, na região amazônica, produziram quatro livros escolares bilíngues. O objetivo desses livros é potencializar o registro e o desenvolvimento do conhecimento oral e escrito, bem como as pedagogias específicas indígenas, lista o assessor do Cimi ao Mecanismo. “Os povos indígenas, mais do que ninguém, possuem compreensão oral de suas línguas. Catalogação de livros é uma atividade imensa que parece não ser a principal preocupação dos povos indígenas. Catalogar todos os livros publicados em línguas indígenas no Brasil é uma tarefa gigantesca”, afirma Paulo. Só em Mato Grosso foram publicados sete livros em diversas línguas indígenas neste ano. Porém, “essa rica diversidade linguística e cultural está em risco diante das práticas integracionistas do governo federal, combinadas com o discurso de ódio no mais alto nível de comando”, alerta o Cimi, com seus 50 anos de atuação junto aos povos indígenas.
No entanto, é necessário garantir o uso das línguas indígenas nos serviços básicos de saúde, educação e no sistema de justiça, a fim de cumprir plenamente as normas internacionais do direito indígena, como também assegura a Constituição Brasileira. Na oportunidade, Paulo lembra que, durante uma exposição de arte, no espaço do Embú das Artes, em São Paulo, organizada para celebrar o Ano Internacional das Línguas Indígenas, 30 obras de arte dedicadas às línguas indígenas foram danificadas por vândalos anônimos. “Embora a atribuição direta aos funcionários públicos não possa ser estabelecida, é certo que a abordagem integracionista e o discurso de ódio do governo no Brasil legitimam tais atos violentos e diminuem os custos de perpetração, em detrimento da preservação e promoção da rica diversidade de terras e de povos indígenas no Brasil”, denunciou o representante do Cimi no evento. Paulo ainda completa: “este é um exemplo triste sobre como um ambiente hostil aos povos indígenas por ser prejudicial às suas línguas, culturas e sobrevivência”.
A 15ª sessão do Mecanismo de Especialistas sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi realizada de 4 a 8 de julho de 2022, em Genebra, na Suíça. Devido à pandemia de Covid-19, o evento ocorre em formato híbrido, com participação presencial e remota. O debate acontece durante a “Década Internacional das Línguas Indígenas”, ressaltando a importância de protegê-las e promover seus usos.
Nova lei denomina o 19 de abril como Dia dos Povos Indígenas, em substituição a Dia do Índio
Mudança teve origem em projeto da Câmara dos Deputados, que havia sido vetado por Bolsonaro; veto foi derrubado pelo Congresso.

Mudança busca valorizar os povos indígenas. Marcos Vergueiro/Secom-MT
O tradicional Dia do Índio, comemorado todo 19 de abril, passa a ser chamado oficialmente de Dia dos Povos Indígenas. É o que define a Lei 14.402/22, promulgada na sexta-feira (8) , a mudança do nome da celebração tem o objetivo de explicitar a diversidade das culturas dos povos originários.
A nova lei é oriunda do Projeto de Lei 5466/19, da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), aprovado pelo Câmara dos Deputados no fim do ano passado e pelo Senado em maio deste ano.
Para Joenia Wapichana, a intenção ao renomear a data é ressaltar, de forma simbólica, não o valor do indivíduo estigmatizado “índio” mas o valor dos povos indígenas para a sociedade brasileira. “O propósito é reconhecer o direito desses povos de, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões, assumir tanto o controle de suas próprias instituições e formas de vida quanto de seu desenvolvimento econômico”, afirmou a deputada quando o texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
O governo, no entanto, acabou vetando integralmente a proposta. Para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, não haveria interesse público na alteração, uma vez que a Constituição adota a expressão “Dos Índios”. Mas no último dia 5, em sessão conjunta do Congresso Nacional, os parlamentares derrubaram o veto.
Fonte: Agência Câmara de Notícias