acesso a saúde

Site do HRAC-USP conta com recurso que traduz conteúdos digitais para Língua Brasileira de Sinais (Libras)

A ferramenta VLibras, que está habilitada no site desde o último dia 29 de julho, faz a tradução automática de conteúdos digitais para a Língua Brasileira de Sinais, ampliando a acessibilidade para as pessoas com surdez

O site institucional do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP, em Bauru, conta agora com o recurso VLibras, ferramenta que traduz conteúdos digitais para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O recurso está habilitado no site desde o dia 29 de julho a partir de solicitação da professora Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do HRAC-USP e docente da disciplina de Prótese da FOB-USP.

“As barreiras tecnológicas são quaisquer obstáculos que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência aos instrumentos de tecnologia, os quais são utilizados tanto para entretenimento, como para comunicação e informação. Após quatro anos na Coordenação do programa USP Legal, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, observamos que mais de 95% dos sites da Universidade não possuíam acessibilidade digital”, conta Ana Almeida.

“Para ampliar essa acessibilidade, não somente aos pacientes, mas também para candidatos dos processos seletivos para os cursos de pós-graduação e de cultura e extensão e para o público externo, propusemos que o HRAC, hospital com expertise no tratamento da deficiência auditiva, disponibilizasse recurso de Libras em seu site”, ressalta a professora.

“Como centro especializado com atuação na área de saúde auditiva, que atende pacientes com surdez que se comunicam em Libras, além de contarmos com alguns profissionais fluentes na língua, é importantíssimo ampliarmos sempre a inclusão e acessibilidade para esse público, e essa ferramenta agora disponibilizada no nosso site institucional vem somar nesse contexto”, afirma o professor Carlos Ferreira dos Santos, superintendente do HRAC-USP.

Como funciona?

“O VLibras é muito simples de ser utilizado. Basta clicar no símbolo da Libras (ícone das mãozinhas), na lateral direita do site, e, após o carregamento do assistente, é só clicar sobre o conteúdo que deseja traduzir”, explica Márcio Antonio da Silva, técnico em informática da Superintendência do HRAC-USP e responsável pela administração do site do hospital.

Foto: Reprodução/ HRAC-USP

“O recurso possibilita ainda a escolha do avatar do assistente, alternando entre figura masculina, feminina ou de criança, além da velocidade de exibição e posicionamento da tela. Também há funcionalidades como dicionário e botão para avaliar a tradução feita pelo assistente”, completa.

A ferramenta

O VLibras é uma ferramenta gratuita de código aberto e distribuição livre que faz a tradução automática de conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) em português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando sites, computadores, smartphones e tablets mais acessíveis para as pessoas surdas.

Resultado de uma parceria entre a Secretaria de Governo Digital (SGD) do Ministério da Economia e o Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o VLibras foi desenvolvido para melhorar o acesso das pessoas surdas usuárias de Libras à informação e à comunicação. Mais informações em https://www.gov.br/governodigital/pt-br/vlibras

Da Assessoria de Imprensa do HRAC Jornal da USP 

Mais informações: imprensa.hrac@usp.br

Futuros dentistas aprendem Libras para melhorar atendimento a surdos

Trabalho realizado na USP em Ribeirão Preto capacita alunos para se comunicar de forma efetiva com essa população
Alunos de Odontologia da USP, em Ribeirão Preto, durante a aula de Libras – Foto arquivo pessoal

Segundo o censo demográfico de 2010, no Brasil, mais de 2 milhões de pessoas têm deficiência auditiva severa. Para atender essa população, alunos da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP estão aprendendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras), reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no País. O objetivo é melhorar a interação entre paciente e profissional de saúde, contribuindo para a adesão ao tratamento e na prevenção de doenças bucais.

A unidade oferece curso de Libras para os alunos de graduação desde 2016, em parceria com a Associação de Surdos de Ribeirão Preto. “Percebemos que precisávamos de um tempo maior para preparar os nossos alunos para se comunicarem com os surdos e não simplesmente por meio de mímica. Foi assim que iniciamos o programa educativo sobre higienização bucal e das próteses odontológicas para surdos”, explicou a professora Alma Blásida Concepción Elizaur Benitez Catirse, uma das responsáveis pelo projeto.

Ela conta que a expectativa com o projeto é formar profissionais com referência em Libras e capazes de atender esses pacientes em seus respectivos consultórios. “A ideia é capacitar os alunos para uma comunicação efetiva e, consequentemente, promover a saúde bucal entre pessoas desse grupo sociocultural e linguístico.”

Inicialmente, as aulas de Libras na Forp eram realizadas uma vez por semana, com duração de uma hora, mas, com o interesse dos alunos, as aulas passaram para duas horas semanais. “Hoje temos a participação de 22 alunos por semestre e os resultados já começam a aparecer. Três dos alunos que iniciaram a atividade no ano passado já ministram palestra e workshop com orientações em pequenos grupos sobre a importância da boa higiene bucal, as técnicas de escovação dos dentes e das próteses na Associação de Surdos de Ribeirão Preto”, comemora a professora Alma.

A cada semestre, 22 estudantes passam pelo curso oferecido pela Forp em parceria com a Associação de Surdos de Ribeirão Preto  – Foto: arquivo pessoal
O curso de extensão conta com a colaboração da professora Ana Cláudia Lodi, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) e de Elomena Barbosa de Almeida, responsável pelo ensino de Libras aos alunos.

A professora Ana Cláudia trabalha com as comunidades surdas há anos e é responsável pelas discussões relativas à educação de surdos e pelo ensino de Libras em todos os cursos de licenciatura da FFCLRP e no curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). “Quando o projeto me foi apresentado, não vi como ficar de fora de algo voltado ao atendimento, na área da saúde, aos surdos. É muito bom saber que alunos da área da saúde têm se interessado pela questão linguística dos surdos para que, futuramente, possam atender essas pessoas adequadamente.”

Veronica Gonzalez, graduanda da Forp, participa do grupo de estudos coordenado pela professora Alma há três anos, mas só neste ano iniciou as aulas de Libras. “Ao longo deste tempo participei de vários projetos de prevenção e instrução de higiene bucal. Comecei a atender pacientes surdos este ano e ainda tenho muita coisa para aprender em Libras, mas a comunicação está sendo efetiva e os atendimentos são um sucesso.”

Por  do Jornal da USP 

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