A Bolívia alfabetizará em 36 línguas originárias a partir de 2017
O governo boliviano também trabalha em novas metodologias para ensinar a ler e escrever a pessoas com deficiência auditiva e visual.
Tradução para Desacato.info: Elissandro dos Santos Santana.
O diretor de Alfabetização da Bolívia, Ramiro Tolaba, informou nesta sexta, que a partir de 2017 se alfabetizará nas 36 línguas originárias existentes no país sul-americano reconhecidas pela Carta Magna através de programas educacionais.
“Em relação à alfabetização, está evidente que, cada vez, há que se diversificar este tema. Há que fortalecê-lo ainda mais, porém, também, há que se pensar em alfabetizar em outras línguas originárias. Já estamos trabalhando com algumas e há que se avançar mais, já que são 36”, afirmou.
Durante a última década e no governo de Evo Morales, o analfabetismo se reduziu na Bolívia de 13,3 por cento para 2,9, a taxa mais baixa na história desta nação.
Por outro lado, Tolaba considerou que também é necessário criar metodologias para alfabetizar a pessoas com alguma deficiência auditiva e visual.
O diretor de Alfabetização da pasta de educação afirmou que “o desafio é muito grande, e isso é o que temos que fazer no contexto do que a lei exige para a educação no país”.
Também, Tolaba pontuou que o programa de Alfabetização conta com 40 mil participantes, dos quais, no primeiro semestre, se graduaram 3.224; enquanto que no pós Alfabetização são 145.364 no mesmo período, dos que já se graduaram 8.477 no terceiro e 4.965 no sexto ano da educação básica.
“O programa de pós-alfabetização há que observar também o contexto de como se faz para que mais pessoas permaneçam e concluam, apesar de estarmos trabalhando com o modelo presencial, ademais se deve trabalhar na modalidade à distância e semipresencial de acordo com a preferência”, mencionou.
Em contexto
A Constituição Política do Estado Plurinacional estabelece que os idiomas oficiais da Bolívia são o castelhano e todas as línguas das nações de povos indígenas e camponeses.
Também, dispõe que as universidades devem implementar programas para a recuperação, a preservação, o desenvolvimento, a aprendizagem e a divulgação das diferentes línguas.
A aprendizagem da leitura e da escrita por cerca de um milhão de bolivianos e a conclusão da educação primária por 75.523 constituem algumas das principais conquistas do Movimento ao Socialismo.
Fonte: TeleSUR via Desacato.info
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