O Pequeno Príncipe ganha tradução para o pomerano: Dai Klair Prins
O Pequeno Príncipe é o terceiro livro mais traduzido do mundo, totalizando um número superior a 220 idiomas, e um dos mais vendidos por todo o planeta. O clássico recebeu diversas adaptações, seja no cinema ou em espetáculos teatrais e musicais. Escrito pelo francês Saint-Exupéry (1900-1944), o título original é Le Petit Prince, e a obra foi publicada pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos.
Antoine de Saint-Exupéry nasceu em Lyon (França), e estudou no colégio jesuíta Notre Dame de Saint Croix e no colégio dos Marianistas, em Friburg, na Suíça. Foi escritor, ilustrador e piloto civil, e o autor de um clássico da literatura: O Pequeno Príncipe. Saint-Exupéry morreu num acidente de avião que pilotava durante uma missão de reconhecimento, no mar Mediterrâneo, abatido por um caça nazista.
Entre as diversas frases mais fascinantes do clássico, estão: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, “Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante”, “As pessoas são solitárias porque constroem muros em vez de pontes”, “Se não puderes ser um pinheiro no topo de uma colina, seja um arbusto no vale, mas seja”, e “Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso”. E ainda, como podemos visualizar na contracapa da versão pomerana: “Adeus – disse a Raposa – Este é o meu segredo. Ele é muito fácil: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos”. Por meio desta afirmação da Raposa, concluimos que o verdadeiro valor de algo ou de um pessoa não pode ser percebido por uma visão superficial. Para conhecer o essencial, é necessário ver com o coração, ou seja, tirar tempo para conhecer, olhar sem preconceito e discriminação.
Do ponto de vista literário, a obra pertence ao tipo textual narrativo, do gênero textual fábula, no caso, uma fábula infantil para adultos. A fábula é uma narrativa de caráter alegórico, em verso ou em prosa, destinada a ilustrar um preceito na qual os personagens são animais, plantas, coisas inanimadas. A prosopopeia ou personificação é uma figura bastante utilizada em fábulas, nas quais os animais, plantas e coisas inanimadas ganham características humanas: falam, têm sentimentos, conflitos entre si, etc. A narrativa em prosa aqui apresentada é rica em simbolismos, com personagens como a Serpente, a Rosa, o Adulto Solitário e a Raposa.
O livro O Pequeno Príncipe conta a história dum encontro, que se tornou uma amizade, entre um piloto que teve que realizar uma aterrissagem de emergência em um deserto africano com um principezinho que habita um asteroide no espaço. Desacreditado de seu talento artístico – por ninguém compreender os seus desenhos -, o menino cresce e resolve ser aviador civil. Num certo dia, sua aeronave cai no deserto do Saara e o homem conhece a figura do Pequeno Príncipe, uma criança de cabelos dourados, vinda do Asteroide B-612.
O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta pequeno, onde existiam três vulcões, dois ativos e um já extinto. Outro personagem representativo é a Rosa, cujo orgulho, levou o pequeno príncipe a uma viagem pela Terra. Na jornada, encontrou outros personagens que o levaram ao desvendamento do sentido da vida, de modo que este livro é marcado pelo seu alto teor poético e filosófico. Ao ouvir as aventuras do pequeno príncipe, o protagonista vai percebendo como as pessoas deixam de dar valor às pequenas coisas da vida conforme vão crescendo. Neste sentido, a obra é um apelo à humanidade, à amizade e ao respeito.
No segundo semestre de 2020, O Pequeno Príncipe foi traduzido para a língua pomerana pelo P. Em. Anivaldo Kuhn e revisado pelo Prof. Dr. Ismael Tressmann, e foi publicado pela Tintenfaß, na Alemanha, e depois pela editora Oikos, de São Leopoldo (RS), Brasil, com desenhos do autor. Nas edições dessa versão pela Tintenfaß, Dai Klair Prins é a 127a tradução publicada, num total de 134 línguas somente desta editora alemã.
A publicação desta obra no Brasil foi possível graças ao patrocínio dos Consulados Gerais da Alemanha no Rio de Janeiro (RJ) e em Porto Alegre (RS) bem como da Editora Tintenfaß, que cedeu os direitos autorais à editora Oikos, a qual imprimiu 500 livros. Deste modo, estes exemplares do Dai klair Prins estão disponíveis gratuitamente para as professoras e os professores que ministram esta/nesta língua em escolas bem como para os(as) pesquisadores(as) das áreas de línguas e culturas germânicas, especialmente as baixo-saxônicas, e bibliotecas públicas nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Tanto a produção de dicionários multilíngues e/ou bilíngues quanto a de outros materiais educativos, como livros de leitura em Pomerano para as escolas e as comunidades, contribuem muito para visibilizar a língua pomerana, e podem gerar a convicção de que esta língua tradicional não tem préstimo apenas como canal de comunicação oral entre pessoas da zona rural ou das pequenas cidades.
Neste sentido, a partir da versão da obra Le Petit Prince para a língua pomerana, este idioma alcança o rol do universo literário escrito mais abrangente. Esperamos, assim, que esta tradução, além de servir como incentivo à leitura, seja um importante instrumento de valorização desta língua, especialmente para os(as) habitantes dos munícípios em que o Pomerano é falado, e para a comunidade científica.
Por Prof. Dr. Ismael Tressmann Via Nova Notícia
Google Tradutor ganha 24 novas línguas, incluindo o guarani!
O Google anunciou, nesta quarta-feira (11) durante o Google I/O 2022, que a ferramenta Tradutor terá acesso a novos 24 línguas. Um dos novos idiomas é o Guarani, que é originalmente da população indígena da América do Sul e ainda falado pela etnia tupi-guarani em países como o Brasil.
O recurso de tradução também poderá identificar palavras e frases em bambara (Mali), concani (Índia), Sepedi (África do Sul) e Twi (Gana).
O CEO da gigante da tecnologia, Sundar Pichai, explicou que o serviço online consegue ter acesso a novas línguas por causa dos avanços em modelos neurais de inteligência artificial. Confira, abaixo, os idiomas que foram adicionados ao serviço:
De acordo com o Google, os 24 novos idiomas são falados por mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo. A empresa cita o Mizo, falado por cerca de 800 mil pessoas no extremo nordeste da Índia e o Lingala, usado por mais de 45 milhões de pessoas na África Central.
Em relação aos indígenas das Américas, também foram contempladas as línguas Quechua e Ayamara. No dialeto inglês está o Krio, falado por habitantes da Serra Leoa.
Por Carlos Palmeira no Tecmundo
Lançamento do projeto “Aplicativo Guarani Ayvu” tradutor trilíngue guarani-espanhol-inglês
La innovadora iniciativa de desarrollar una aplicación gratuita para celular y tablet con sistema Android denominada Guarani Ayvu se trata de un traductor trilingüe (guaraní, castellano e inglés) que inicialmente alojará unas 3.200 entradas con el registro en audio de cada una de las palabras en guaraní.
El importante proyecto será presentado este jueves 29 de octubre, a las 10:00, de manera virtual vía Zoom y Facebook Live de la Secretaría de Políticas Lingüísticas (SPL) y contará con la presencia de autoridades nacionales y extranjeras, representantes de las entidades involucradas en el proyecto.
El desarrollo de la app Guarani Ayvu, con un avance del 60%, es posible gracias a la alianza interinstitucional entre la SPL, la Academia de la Lengua Guaraní, el Instituto Superior de Lenguas de la FF-UNA, la ONG de Estados Unidos PopulisTech, con el apoyo del Grupo de Grabaciones en Guaraní.
Además del traductor trilingüe, guaraní-castellano-inglés, más el audio de todos los términos guaraníes, la aplicación Guarani Ayvu también alojará una serie de temas adicionales para el aprendizaje de la lengua guaraní, tales como el alfabeto, gramática y ortografía, además de contenidos didácticos del guaraní para uso médico, entre otros importantes temas sobre la lengua.
MIT cria inteligência artificial para traduzir línguas ‘mortas’
Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (CSAIL) anunciou na última quarta-feira (21) a criação de um algoritmo de decifração capaz de fornecer automaticamente o significado de linguagens perdidas há muito tempo, mesmo que não tenham qualquer relação com outros idiomas.
O projeto se baseia em um artigo escrito no ano passado pela professora Regina Barsilay, do MIT, e do estudante de doutorado Jiaming Luo, do MIT , que decifrou duas línguas mortas: o ugarítico e o Linear B, que levaram muitos anos para serem decifradas pelos humanos. Porém, essas línguas estavam relacionadas às primeiras formas do hebraico e do grego.
Com o novo sistema, a relação entre línguas é inferida diretamente pelo algoritmo. Essa questão era um dos maiores desafios da decifração. No caso do Linear B, um silabário utilizado pela Civilização Micênica entre os séculos XV a.C. e XII a.C., foram necessárias décadas de estudo para que se chegasse à sua decifração.
Testando linguagens
Mas há línguas, como a ibérica, das quais não se conhece outras linguagens relacionadas, com alguns defendendo o basco, enquanto outros afirmam categoricamente que o ibérico não se relaciona com nenhum tipo de idioma conhecido.
Preparado para avaliar a proximidade entre duas línguas, o algoritmo foi testado no ibérico, comparando-o ao basco e a outros candidatos menos prováveis, como famílias românicas, germânicas, turcas e Uralic. Nenhuma das línguas foi considerada relacionada, nem mesmo o basco ou o latim.
Para chegar a essa conclusão, o algoritmo teve que categorizar palavras em um idioma antigo e vinculá-las a seus equivalentes em outros idiomas relacionados. Em outras palavras, o processo não consegue ser um Google Tradutor, traduzindo línguas “mortas” diretamente para o inglês, mas consegue identificar as raízes de diversas línguas antigas.
Para trabalhos futuros, a equipe pretende expandir a decifração para além do ato de conectar textos a palavras relacionadas a uma linguagem já conhecida. Uma nova abordagem envolveria identificar o significado semântico das palavras, mesmo sem saber lê-las.
Fonte: Tecmundo
Facebook poderá traduzir até 100 idiomas sem usar inglês
O Facebook desenvolveu o primeiro modelo de tradução automática multilíngue, capaz de traduzir até 100 idiomas sem utilizar o inglês como intermediário. O sistema, batizado de M2M-100, utiliza inteligência artificial.
Segundo a assistente de pesquisa do Facebook, Angela Fan, isso é um importante passo em direção a um modelo universal que compreenda todos os idiomas em diferentes tarefas. A empresa ainda não divulgou informações de quando o modelo será implementado. Até o momento, a tecnologia é apenas um projeto de pesquisa.
Como o estudo foi realizado
Inicialmente, a equipe de pesquisadores coletou da internet 7,5 bilhões de pares de frases em 100 línguas diferentes, dando prioridade às traduções mais solicitadas pelos internautas.
Em seguida, os idiomas foram separados em 14 grupos, com base em semelhanças linguísticas, geográficas e culturais. Um desses grupos, por exemplo, inclui línguas comuns da Índia, como hindi, bengali e marata. Para facilitar o entendimento das pessoas, a equipe decidiu criar pontes de tradução.
No caso das línguas indianas, o hindi, bengali e tâmil serviram como intermediárias para as indo-arianas. Com essa técnica, a empresa diz que superou os sistemas centrados em inglês em 10 pontos na métrica BLEU, que avalia traduções automáticas, alcançado a marca de 20,1.
“Ao traduzir, digamos, de chinês para francês, a maioria dos modelos multilíngues centrados em inglês treinam de chinês para inglês e de inglês para francês, porque os dados de treinamento em inglês estão amplamente disponíveis”, explicou Angela Fan. “Nosso modelo treina diretamente em dados chineses para franceses para preservar melhor o significado.”
Apesar de ainda não ter sido incorporado ao Facebook, onde usuários postam conteúdo em mais de 160 línguas, testes realizados pela equipe indicam que o modelo pode suportar uma grande variedade de traduções.
Experiencias en traducción e interpretación en lenguas indígenas
Universidade Federal de Roraima (Brasil)
Universidad Andina Simón Bolivar (Ecuador)
Pontificia Universidad Católica (Ecuador)
Instituto de Lengua y Cultura del Chaco (Argentina)