Sociolinguística

Joinville ganhará curso de graduação à distância em Letras Libras

Abertura do curso surge de uma parceria entre a Fundamas e a UFSC

O programa Universidade do Trabalhador (Unit) da Prefeitura de Joinville e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vão oferecer o curso de graduaçãoem Letras Libras (Língua Brasileira de Sinais) à distância – bacharelado e licenciatura. O termo de parceria foi assinado pela Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas), gestora da Unit, na tarde desta segunda-feira. A assinatura foi feita na Casa Brasil Sul, no bairro João Costa, onde funciona o Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (IJAS).

O ingresso ao curso será por vestibular, e os candidatos precisam ser fluentes na Língua Brasileira de Sinais. O edital com todas as regras do processo seletivo especial será lançado em março. Serão 60 vagas, 30 delas para bacharelado (para trabalhar como intérprete) e outras 30 para licenciatura (para atuar em escola). O curso terá duração de quatro anos, com aulas quinzenais, aos sábados (manhã e tarde). O polo de ensino a distância vai funcionar no Centro Educacional e Social do Itaum (Cesita), no bairro Itaum.

Joinville ganhará curso de graduação à distância em Letras Libras Rogério da Silva/Prefeitura de Joinville
Ingresso no curso será por vestibular e os candidatos precisam ser fluentes em Libras

Conforme o termo de parceria, a Fundamas cede o espaço físico e monitores para acompanhamento das turmas. A UFSC entra com a equipe pedagógica que irá acompanhar o aluno, a transmissão e os professores para as aulas presenciais previstas durante o curso. O presidente do Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (IJAS), Jackson Silva, destacou que a preparação de novos profissionais na língua dos sinais é uma luta de dez anos e que o curso superior será um marco para Joinville. —Pelo censo do IBGE de 2010, temos 23 mil surdos na cidade. O curso de graduação vai permitir que as pessoas que estudam libras se aperfeiçoem mais e tenham mais condições de passar conhecimento aos surdos—, ressalta.

Fonte: A Noticia Clicrbs.

A diferença entre os idiomas ucraniano e russo

Perguntam-me frequentemente em que consiste a diferença entre os idiomas russo e ucraniano. É questão ao mesmo tempo simples e complicada. É verdade que, se se está na Ucrânia, falam-se as duas línguas e ninguém se detém para pensar por que se é bilíngue e qual a diferença entre essas duas línguas eslavas. Quase sempre, respondo que são línguas da mesma família linguística, mas que há diferenças gramaticais, fonéticas, alfabéticas.

Por Vasylyna Golovnya*, no Journal Francophone d’Ukraine

Outras vezes, respondo também que a diferença está em que os ucranianos compreendem o russo, e os russos nem sempre compreendem o ucraniano. Mas nada disso é resposta muito séria, para a qual é preciso pesquisa mais avançada. Russo e ucraniano são línguas que se parecem muito. Têm na base a mesma língua – o ruteno antigo, uma das línguas eslavas orientais, como o russo, o ucraniano, o bielorrusso. Foi falada no Rus’ de Kiev, e hoje é língua extinta. A partir dos séculos 9 e 10, essas línguas separaram-se e começaram a desenvolver-se de modo autônomo, em função do próprio desenvolvimento das sociedades ucraniana e russa.

A nação russa foi constituída em torno do principado de Moscou que invadiu terras vizinhas (principalmente terras de populações turcas e fino-úgricas) e impôs-lhe sua cultura e, notadamente, a língua russa. Por causa desses contatos há, hoje, na língua russa tantas palavras de origem não eslava. A nação ucraniana, por sua vez, formou-se da união de populações eslavas provenientes do sul da Ucrânia. Diferente do russo, o ucraniano conservou mais radicais da língua antiga e, quantos aos empréstimos, vêm principalmente de outras línguas eslavas. Nesse sentido pode-se dizer que o ucraniano é mais “eslavo” que o russo.

Mapa  étnico-linguístico da Ucrânia

Estudantes estrangeiros que vêm estudar na Ucrânia, dizem que o ucraniano é muito mais próximo das línguas europeias. Embora não haja graus comparativos de ‘europeização’ de língua alguma, pode-se, sim, encontrar no ucraniano grande número de palavras emprestadas de línguas indo-europeias, que se consideram empréstimos linguísticos ocultos. Por que ocultos? Simplesmente porque os ucranianos consideram essas palavras como ‘puramente’ ucranianas e desconhecem as origens delas. Por exemplo, a palavra ucraniana “?????” (pronuncia-se “lijko” e significa “cama”) vem da palavra francesa “lit”. Os intérpretes dizem que é mais fácil a tradução francês-ucraniano ou inglês-ucraniano, que francês-russo ou inglês-russo. Leia Mais

Diversidade linguística no Paquistão: manifestação em defesa das línguas maternas

ISLAMABAD: O governo federal deve conceder o estatuto de língua nacional para todas as línguas do Paquistão para promover e proteger a diversidade linguística do país.

Esta demanda foi apresentada no domingo, em uma resolução de 11 pontos aprovada pelos participantes em um festival organizado pela Associação de Graduados Sindh (SGA) e Teatro Wallay, uma companhia de teatro baseada em Islamabad, no âmbito do Dia Internacional da Língua Materna.

Grupo de música Sufi Laqa de Hunza e Chitral apresentando no festival.

O festival, que teve a participação de palestrantes de pelo menos 15 línguas diferentes do Paquistão, foi realizada no Auditório Shah Abdul Latif .

A resolução SGA convocou o governo federal a provar sua vontade política de proteger o patrimônio paquistanês em acordo com o estatuto de língua nacional, para todas as línguas locais. Ela também solicitou que os governos das províncias cpromovam as línguas e garantam que as crianças sejam educadas em sua língua materna.

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Bruxelas suspende negociações com a Suíça sobre Erasmus depois da nova lei de imigração

A nova legislação de imigração aprovada pela Suíça já está a provocar danos colaterais nas relações entre este país e a União Europeia. Bruxelas suspendeu as negociações sobre os programas de educação e investigação.

A Comissão Europeia suspendeu as negociações com a Suíça sobre a participação do país nos programas de investigação e de educação no âmbito do Erasmus, notícia o “El País”.  Esta decisão surge depois da Suíça ter aprovado uma alteração à lei de imigração que limita a entrada de emigrantes no país, o que já teve consequências. A publicação “eurobserver” adianta que a decisão de Bruxelas foi tomada depois de, este fim de semana, a Suíça não ter permitido a entrada a trabalhadores da Croácia, justificando com a alteração legislativa.

Deveria realizar-se “uma nova rodada de negociações e dissemos que esta não decorreria até que a Suíça assinasse o protocolo com a Croácia”, afirmou ao site “eurobserver” o porta-voz da Comissão, Joe Hennon. “Esperamos clarificações sobre esta questão antes de retomar outras negociações que estão ligadas a este assunto, como o Horizonte 2020 [programa de investigação] e o Erasmus”, explicou o porta-voz da UE, citado pelo “El País”. Já o porta-voz do Governo suíço, Philipp Schwander, afirmou ao “eurobserver”, que “o acordo com a Croácia não pode ser assinado da forma como foi acordado devido” às alterações constitucionais que foram aprovados a 9 de Fevereiro.

O site adianta que mais de 2.700 estudantes beneficiaram do programa Erasmus entre 2011 e 2012 e que cerca de 3.150 deverão beneficiar no próximo ano lectivo. Os suíços foram chamados a votar o referendo sobre limitação de quotas de imigração no dia 9 de Fevereiro, tendo o “sim” ganho com 50,3% dos votos. Após este escrutínio, a Suíça passará a estabelecer quotas anuais para a atribuição de autorizações de residência a cidadãos oriundos dos 28 países da UE. Esta decisão deverá afetar milhões de estrangeiros que vivem na Suíça.

Fonte: Jornal de negócios Portugal. 

Convocatória para Mestrado em Sociolinguística para falantes de línguas indígenas

Dada a diversidade linguística no mundo e no Abya Yala, os países latino-americanos começaram a reconhecer, estudar e revitalizar seus idiomas indígenas. Assim, México, Peru, Chile, Equador, Colômbia, Paraguai, Bolívia e outros revalorizaram a existência de povos indígenas e, consequentemente, suas línguas nativas desde o início deste século. Em primeira instância, o México elaborou e aplicou a Lei Geral de Direitos Linguísticos dos povos indígenas desde março de 2003; o Peru reconhecer a diversidade linguística mediante a lei de Línguas Aborígenes, em novembro de 2003; a Venezuela promulgou a lei de idiomas indígenas em 2008; o Paraguai promulgou sua lei de Línguas em 2010; e, finalmente, a Bolívia oficializou as línguas indígenas desde agosto de 2012.

O século XXI se caracteriza também pelas mudanças sociais, políticas e jurídicas, de maneira que países como a Bolívia e o Equador transitaram de um Estado-Nação para um Estado Plurinacional. A concretização destas mudanças sociais e políticas foi possível mediante a nova Constituição Política do Estado dos próprios países. No caso boliviano, a Constituição promulgada em 2009 estabelece em seu artigo 1 o pluralismo político, econômico, jurídico, cultural e linguístico; deste modo, o artigo 5 reconhece 36 línguas indígenas e o castelhano como línguas oficiais, de modo que todos os habitantes deste país devem usar dois idiomas oficiais, que implica um bilinguismo entre uma língua indígena e o castelhano.

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