Diálogo Online entre Mídias da China e Países de Língua Portuguesa é realizado para promover conectividade
O programa será publicado nas diversas plataformas do CMG, assim como na Televisão Pública de Angola, Soico Televisão de Moçambique, Teledifusão de Macau, Brasil 247 e outros veículos de imprensa.
Guarani do Google Tradutor não é o falado por indígenas brasileiros
Criação tecnológica da empresa acabou incorporando à plataforma apenas o Guarani Paraguaio, ignorando a pluralidade do idioma
Na última semana, o Google adicionou o idioma Guarani ao Tradutor , junto com 23 outras línguas. Na ocasião, a empresa afirmou que queria romper barreiras com “populações que falam línguas pouco ou nada representadas no mundo da tecnologia”.
Embora a notícia seja vista como animadora por linguistas e indígenas, o idioma trazido pelo Google Tradutor não é exatamente o falado por populações indígenas que vivem no Brasil. De acordo com análise de Marci Fileti Martins, professora do Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas (PROFLLIND), do Museu Nacional/UFRJ, a língua presente na plataforma é o chamado Guarani Paraguaio.
“O Guarani é um complexo de línguas e dialetos”, comenta a professora. Ao todo, são nove, sendo sete delas faladas atualmente. Isso significa que o Guarani falado no Paraguai não é o mesmo falado por povos indígenas espalhados pelo Brasil, por exemplo.
Por que o Google Tradutor só fala o Guarani Paraguaio?
As novas línguas contempladas pelo Tradutor foram adicionadas ao sistema por meio de um modelo de aprendizado de máquina. Apesar de ter contado com a ajuda de falantes nativos e de especialistas na área de linguística, o Google afirma que as traduções foram construídas usando sistemas de inteligência artificial.
“As 24 línguas adicionadas são as primeiras que acrescentamos à ferramenta usando a tradução automática Zero-Shot, na qual um modelo de aprendizado de máquina vê apenas textos monolíngues – ou seja, aprende a traduzir para outro idioma sem jamais ter visto um exemplo”, disse Isaac Caswell, engenheiro de software do Google Tradutor, no lançamento da novidade.
Segundo o Google, não é possível afirmar que o Guarani presente no Tradutor é, de fato, o Paraguaio, já que o desenvolvimento da tradução foi baseado no Guarani falado comumente por todos os povos do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.
Google anuncia Woolaroo, app para preservar línguas indígenas
O Google anunciou, nesta quarta-feira (05), o Woolaroo, uma ferramenta de tradução e preservação de línguas indígenas. A ferramenta é gratuita e utiliza o Cloud Vision API, permitindo que as pessoas apontem a câmera para um objeto e recebam a informação de como aquilo se chama em uma língua nativa.
O yugambeh foi a primeira língua do aplicativo. Falada por um povo aborígene da Austrália, ela corre o risco de desaparecer. Além disso, a criação de novos produtos tecnológicos não foi refletida no vocabulário do yugambeh, fazendo com que termos naturais para nós não existam para eles.
A palavra “geladeira”, por exemplo, é chamada por eles por algo como “lugar gelado”. Os “telefones” são chamados de “lançadores de voz” e os sapatos são chamados de “coisas do pé”.
“A tecnologia de hoje pode ajudar a fornecer uma forma educacional e interativa de promover o aprendizado e a preservação de línguas. Estou particularmente orgulhoso por yugambeh ser a primeira língua aborígine australiana a ser apresentada no Woolaroo”, disse Rory O’Connor, CEO do Museu Yugambeh.
A ferramenta
De acordo com o Google, os historiadores e pessoas que preservam as culturas indígenas ao redor do mundo podem adicionar listas de palavras e gravação de áudio (para ajudar na pronúncia) no Woolaroo.
Atualmente, a ferramenta suporta 10 idiomas globais: o crioulo da Louisiana; o grego da Calábria; o maori; o nawat (pipil); o tamazight; o siciliano; o yang zhuang; o rapa nui e o iídiche, além do yugambeh.
“Qualquer uma dessas línguas é um aspecto importante da herança cultural de uma comunidade. Crucial para as comunidades indígenas é que Woolaroo coloca o poder de adicionar, editar e deletar entradas completamente em suas mãos”, afirmou O’Connor.
O aplicativo foi desenvolvido para celulares pelo Google Arts & Culture, um braço da gigante de tecnologia que cuida da divulgação e preservação de peças artísticas e culturais do mundo todo. Por enquanto, as línguas indígenas só estão disponíveis para ser traduzidas para o inglês, francês e espanhol.
Motorola inclui línguas indígenas em celulares
É a primeira fabricante de telefones celulares a oferecer suporte a uma língua indígena falada na Amazônia.
A Motorola é a primeira fabricante de telefones celulares a oferecer suporte a uma língua indígena falada na Amazônia. A multinacional estadunidense olhou para além de preconceitos enraizados de que indígenas são alheios às ferramentas tecnológicas e visualizou o que chama de “valiosa base de consumidores”.
Em 2010, virou notícia em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, um grupo de índios Terena que se perdeu na mata e usou o celular para acionar a Polícia. Ali, dois pontos foram questionados: o mito de que todos os povos indígenas são exímios conhecedores da floresta e a surpresa pelo uso do celular como meio para pedir socorro. Já há muito tempo matérias jornalísticas salientam que os povos indígenas estão sim conectados à internet, porém, em pleno de 2021, é a primeira vez que uma marca de celular olha para este mercado.
Com o mote “Tecnologia mais inteligente para todos”, a Motorola adicionou duas línguas indígenas, ameaçadas de extinção, na configuração de um smartphone: Kaingang e Nheengatu. Kaingang é falada em São Paulo e nos três estados da região sul do Brasil, enquanto a Nheengatu é uma língua amazônica falada no Brasil, Colômbia e Venezuela.
Os dois idiomas se somam a outros 80 já disponíveis nos aparelhos e podem ser acessadas nos modelos novos (moto g10, moto g30 e moto g100) ou com suporte para atualização para o Android 11 (moto g8 power, moto g8, moto g 5G+, motorola edge e edge+, razr, motorola one hyper, motorola one fusion e fusion+).
No projeto foram envolvidos linguistas e acadêmicos indígenas, liderados pelo professor Wilmar D’Angelis da Unicamp – que já trabalhava no sentido de fortalecer e garantir a sobrevivência das línguas minoritárias. Em seu blog de ciência, Angelis contou que treinou duas equipes de tradutores indígenas, sendo 4 Kaingang e 4 falantes de Nheengatu. Foram mais de 20 mil strings (expressões, frases, títulos e comandos), passando de 80 mil palavras, que eles traduziram em três meses. Mais dois revisores, além do próprio professor, atuaram na iniciativa.
Guia Covid-19 traduzido em 19 línguas
A Associação Médicos do Mundo lançou um Guia Covid-19 traduzido em 19 línguas.
Os idiomas disponíveis são o Português, Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão, Romani, Russo, Ucraniano, Flamengo, Chinês, Japonês, Polaco, Turco, Árabe, Urdu, Hindi, Polaco e Russo.
Pode encontrar as diferentes versões aqui.
Versão em português aqui.
Aplicativo traduz Português para LIBRAS
Ronaldo Tenório, alagoense de 30 anos, criou, em 2012, o Hand Talk, um aplicativo que traduz mensagens em português para libras – a linguagem dos sinais. O projeto começou ainda na faculdade, em 2008, quando recebeu a tarefa de desenvolver uma ideia inovadora. Até agora, o aplicativo que ele criou em conjunto com os seus sócios, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz, já foi baixado por um milhão de pessoas. E seu criador espera que, à medida que seja traduzido para outras línguas, possa ajudar mais pessoas ao redor do mundo.
Leia a Notícia do Brasil Post na íntegra:
Tenório está entre as 35 pessoas com menos de 35 anos mais inovadoras do mundo, lista divulgada todos os anos pelo renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, nos Estados Unidos. Tenório é o único representando da América Latina desta edição.
O brasileiro está na disputada lista “35 Innovators Under 35” por ter criado o Hand Talk, um aplicativo para celulares e tablets que traduz o português para Libras — linguagem de sinais. O aplicativo ajuda deficientes auditivos ou com problemas na fala a se comunicarem com pessoas que não sabem linguagem de sinais.
Só no Brasil, existem mais de 10 milhões de deficientes auditivos que podem utilizar o aplicativo.
Para estabelecer a comunicação, o app utiliza um avatar chamado Hugo para traduzir a fala em linguagem de sinais. A pessoa fala a frase no app e, em seguida, Hugo começa a fazer os sinais. Continue lendo