Língua Portuguesa

Ministério da Cultura vai investir no setor audiovisual da CPLP

Ministério da Cultura vai investir no setor audiovisual da CPLP

Cristina Indio do Brasil – Edição: Graça Adjuto

ministerio_da_culturaO Ministério da Cultura (MinC) vai investir no setor audiovisual da Comunidade dos Países de Língua Portuguessa (CPLP). Segundo a secretária executiva do ministério, Ana Cristina Wanzeler, os recursos serão usados em três ações: DOCTV, FICTV e Nossa Língua. A secretária representou a ministra da Cultura, Marta Suplicy, nessa quarta-feira (29) à noite, na entrega do Prêmio Camões ao escritor, poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, no auditório da Fundação Biblioteca Nacional, no centro do Rio. Ela anunciou a concessão de premiação em dinheiro aos países-membros da CPLP.

Ana Cristina Wanzeler leu o texto com que Marta Suplicy abriria a cerimônia. A ministra lembrou que no ano que vem serão celebrados os 40 anos de independência de diversos países africanos e que em 2016 serão comemorados 20 anos de criação da CPLP. “O programa vai permitir a retomada da pauta do audiovisual dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”, destacou a mensagem. Continue lendo

Portugueses revoltados com proibição de falar a língua materna no Luxemburgo

Portugueses revoltados com proibição de falar a língua materna no Luxemburgo

A cidade do Luxemburgo, morada de milhares de portugueses. (Shutterstock.com)

A cidade do Luxemburgo, morada de milhares de portugueses. (Shutterstock.com)

O caso de um director de turma que proibiu os alunos de falar português nas aulas, uma decisão aplaudida pela ministra da Família do Luxemburgo, está a preocupar a comunidade portuguesa no país, que considera a medida “castradora”.

Para o presidente da Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL), a proibição pode levar também a um sentimento de desvalorização da língua materna, contrariando as políticas do Governo luxemburguês, que vem defendendo a importância do português para o sucesso escolar dos imigrantes.

“Eu compreendo que na escola os alunos se exprimam na língua em que estão a ser ensinados, mas proibir genericamente o português nas aulas é uma forma de castração”, disse à Lusa José Coimbra de Matos, sublinhando que “se as crianças partirem do princípio que a língua delas é proibida no sistema escolar, vão sentir-se inferiorizadas em relação aos outros”.

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Especialistas divergem em relação ao acordo ortográfico

Especialistas divergem em relação ao acordo ortográfico

Elina Rodrigues Pozzebom e Iara Guimarães Altafin

Bechara e Pimentel, com o senador Cyro Miranda ao centro, divergiram em relação a novas mudanças (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Bechara e Pimentel, com o senador Cyro Miranda ao centro, divergiram em relação a novas mudanças (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Em debate nesta terça-feira (21) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o gramático Evanildo Bechara, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), defendeu o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, enquanto Ernani Pimentel, presidente do Centro de Estudos Linguísticos da Língua Portuguesa, cobrou maior simplificação gramatical.

As regras do acordo já são adotadas no país, por exemplo por editoras, mas só serão obrigatórias a partir de 2016. Pimentel, no entanto, é contra as mudanças, argumentando que não houve diálogo com a sociedade e com quem atua na área.

Ele lidera movimento para adoção de critério fonético na ortografia, ou seja, a escrita das palavras orientada pela forma como se fala. Por esse critério, a palavra “chave”, por exemplo, seria escrita com x (xave), sem preocupação em considerar a etimologia.

– O ensino baseado na etimologia, na pseudoetimologia, é dos séculos que se foram. Podemos agora discutir formas mais objetivas e racionais – diz Pimentel, ao afirmar que a simplificação evitaria que as novas gerações sejam submetidas a “regras ultrapassadas que exigem decoreba”.

Em sentido oposto, Evanildo Bechara considera que a simplificação fonética, “aparentemente ideal”, resultaria em mais problemas que soluções, pois extinguiria as palavras homófonas – aquelas que têm o mesmo som, mas escrita e significados diferentes. Como exemplo, ele citou as palavras seção, sessão e cessão, que ficariam reduzidas a uma só grafia – sesão –, o que prejudicaria a compreensão da mensagem.

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Lançado o livro “Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial”

Lançado o livro “Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial”

Rosângela Morello e Gilvan Müller de Oliveira

Rosângela Morello e Gilvan Müller de Oliveira

Em 15 de outubro de 2014, durante o Colóquio A Língua Portuguesa, o multilinguismo e as novas tecnologias das línguas no século XXI, realizado em Belo Horizonte no Campus II do CEFET de Minas Gerais, foi lançado o livro Fá d’ambô: herança da Língua Portuguesa na Guiné Equatorial.

O livro assinado por Armando Zamora Segorbe (Linguista e professor da Universidade Nacional da Guiné Equatorial), Gilvan Müller de Oliveira (Linguista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina) e Rosângela Morello (Linguista e Coordenadora Geral do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística) é resultado de pesquisas realizadas em campo, em 2012, como parte de um protocolo de cooperação entre o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e o Governo da Guiné Equatorial. As temáticas abordadas pelos autores promovem uma visibilização das relações histórico-culturais do fá d’ambô com a língua portuguesa na Guiné Equatorial e situam questões para a gestão dessas e outras línguas no país. A publicação do livro dialoga, ainda, com as ações em torno da promoção da língua portuguesa no país decorrente de sua oficialização ocorrida no final de 2011. Conforme Oliveira, a Guiné Equatorial é hoje o único país do mundo cujos idiomas oficiais são as três grandes línguas românicas (o espanhol, o francês e o português).

guinea-eqA República da Guiné Equatorial, que desde julho de 2014 faz parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), situa-se no oeste da África Central e seu território é constituído por províncias continentais e insulares. Dentre as províncias insulares da Guine Equatorial encontra-se a ilha de Ano Bom, onde atracaram os portugueses em 1471, período das grandes navegações, deixando nesse lugar sua herança linguística hoje verificada no fá d’ambô, crioulo de base lexical portuguesa.

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O livro expõe um breve panorama histórico da ilha de Ano Bom em sua relação com a língua portuguesa, situa a história do fá d’ambô, descreve diversos aspectos linguísticos da ‘língua annobonesa’, nas palavras de Segorbe, bem como analisa o fá d’ambô no contexto plurilíngue da Guiné Equatorial a partir de dados coletados por meio de um intenso trabalho em campo realizado segundo a metodologia de diagnósticos linguísticos e sociolinguísticos. As pesquisas de campo foram desenvolvidas em março de 2012 em Malabo (capital do país) e entorno entre comunidades annobonesas e na pequena ilha de Ano Bom, sob a coordenação da Profa. Dra. Rosângela Morello.

Conforme as palavras de Oliveira, então Diretor Executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o livro contribui para “a compreensão das regiões onde o português é usado, ou onde fenômenos linguísticos que tiveram sua origem no português ocorrem”.

rosangela-gilvan2Em entrevista realizada com Morello por ocasião do lançamento do livro, a autora relaciona o crescimento de interesse pela língua portuguesa com a renovação de pesquisas sobre os crioulos de base lexical portuguesa: “Esperamos que esse livro possa continuar dando abertura para a reflexão sobre o que é a Língua Portuguesa no mundo. Compreendemos que tem havido um crescimento no interesse do Brasil pelos demais países africanos, onde a língua portuguesa também é falada. Espero que esse livro possa subsidiar novas pesquisas e esse trabalho possa gerar novos interesses”.

O livro foi publicado pelo IILP com aporte do Programa de Apoio às Iniciativas Culturais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PAIC-PALOP) dos Fundos ACP (África-Caraíba-Pacífico) e, principalmente, com a contribuição do Governo da Guiné Equatorial.

Acordo ortográfico será tema de audiências

Acordo ortográfico será tema de audiências

Presidente da Comissão de Educação do Senado, Cyro Miranda (PSDB-GO): debates com especialistas.

Presidente da Comissão de Educação do Senado, Cyro Miranda (PSDB-GO): debates com especialistas.

Brasília – O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa será tema de duas audiências públicas nesta semana. Devem ser relatadas nas reuniões, na terça (21) às 10h e na quarta (22) às 9h30, as discussões realizadas por um grupo de trabalho formado por professores e linguistas por iniciativa da Comissão de Educação (CE).

O acordo ortográfico, assinado em 1990 e em vigor desde 2007, teria de ser seguido obrigatoriamente no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013, mas o prazo foi prorrogado até 1º de janeiro de 2016, por decreto da presidente da República, Dilma Rousseff. Parte dos países lusófonos, como Portugal, é contrária às mudanças propostas para a unificação da ortografia.

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Watson, o computador que aprende, vai falar português

Watson, o computador que aprende, vai falar português

Por Emily Canto Nunes

Watson é representado pela IBM por um globo com linhas e traços, um símbolo que lembra a representação de um átomo.

Watson é representado pela IBM por um globo com linhas e traços, um símbolo que lembra a representação de um átomo.

Expansão do invento da IBM para outros idiomas fortalece o Watson Group, divisão de negócios lançada em janeiro

Em 1999, a IBM publicou um encarte de oito páginas no The Wall Street Journal apresentando as bases do e-business, ou, em bom português, o negócio eletrônico. Agora, em 2014, a IBM faz um anúncio que para Fábio Gandour, cientista-chefe da unidade brasileira da empresa, é tão ou mais importante do que aquele do passado, principalmente para o Brasil, que passa a fazer parte dessa revolução.

O Watson, máquina da IBM que funciona a partir da computação cognitiva, está chegando ao Brasil. Sua vinda, porém, não é física, mas virtual, uma vez que a invenção é composta por software e também por equipamentos de hardware espalhados pelos data centers da IBM.

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