Defesa de Dissertação de Karai Tataendy
Aconteceu no dia 14 de fevereiro de 2020, no Horto Botânico do Museu Nacional-UFRJ, a defesa da dissertação de Karai Tataendy (José Benites), intitulada “Proposta para um sistema ortográfico unificado da língua Guarani
Mbya falada no Brasil”. O trabalho pretende contribuir para os estudos da língua Guarani Mbya,especificamente, para as investigações envolvendo o estabelecimento desistemas de escrita e definição de sistemas ortográficos de base fonológica para línguas de forte tradição oral, como é o caso do Mbya.
O sistema ortográfico proposto por Robert Dooley e por professores Mbya(1982/1998) é atualmente, o sistema utilizado pela maioria do povo Mbya (Sule Sudeste do Brasil). Somente poucas comunidades Mbya do Espírito Santo
optaram por um sistema ortográfico diferenciado, o que trouxe como resultado certo conflito ortográfico. O objetivo do trabalho de Karai Tataendy, portanto, é apresentar uma proposta de unificação do sistema ortográfico do Mbya falado no Brasil, a qual toma como base o sistema ortográfico de Dooley (1982/1998). Além disso, a partir da análise do sistema fonológico do Mbya, a proposta recomenda tanto a exclusão quanto a inclusão de grafemas consonantais.
De acordo com Karai Tataendy, esta proposta de unificação deve ser entendida como preliminar, já que deverá ser avaliada pelo povo Mbya, que decidirá se pode ou não ser implementada. Como um empreendimento complexo que é, caso seja aprovada, exigirá um comprometimento tanto do povo Mbya, quanto dos órgãos do Estado brasileiro responsáveis por políticas linguística e educacionais.
Vale salientar que este trabalho de pesquisa se inscreve no programa pós- graduação Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas – PROFLLIND, que é oferecido de forma pioneira pelo Museu Nacional- UFRJ.
É um Curso de pós-graduação stricto sensu presencial e seu público-alvo é constituído por egressos de Cursos de Graduação ou de Cursos de Terceiro Grau indígena com atuação profissional marcada pelo desafio de enfrentar a
materialidade das línguas indígenas e os elos de sua inserção em contextos sociais e culturais específicos. E, ainda, por todos aqueles que necessitem dos instrumentos da Linguística para lidar com as línguas indígenas que são
parte do seu universo de trabalho. Como parte de seus resultados, está a capacitação específica ligada à pluralidade linguística e cultural existente no Brasil. A apropriação, por parte dos profissionais a serem formados, de
conhecimentos e técnicas no domínio da Linguística, deverá habilitá-los ao desenvolvimento de suas práticas e à transmissão de habilidades específicas em contextos de uso de línguas indígenas e/ou de reflexão sobre a herança
linguístico-cultural indígena, resultando daí valor pedagógico agregado em linguagem.”
Bloqueio do MEC à contratação de docentes pode inviabilizar o funcionamento das universidades
Em meio ao caos das falhas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que podem afetar o calendário acadêmico das universidades e institutos federais, o Ministério da Educação (MEC) dá mais um passo que ameaça a educação pública do país (Do Brasil de Fato)
O órgão bloqueou a contratação de novos professores efetivos e substitutos e de técnicos administrativos – mesmo os que já estão com processo de seleção finalizado –, colocando em risco o ano letivo de 2020. A medida foi informada por ofício enviado pela Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do MEC às instituições no dia 8 de janeiro. O MEC não deu nenhuma previsão de quando os profissionais poderão ser contratados ou se serão contratados.
Ofício 01/2020 do Ministério da Educação que proíbe a contratação de profissionais
A Universidade de Brasília (UnB) é uma das prejudicadas. A instituição prevê que, ao longo do ano, precisará repor, pelo menos, 207 vagas docentes e 355 de servidores técnico-administrativos. Em nota enviada ao Brasil de Fato, a UNB declara que a medida “é preocupante e dificulta sobremaneira a gestão e a execução do planejamento institucional, além de contrariar o princípio da autonomia universitária, previsto na Constituição”.
Além da espera de profissionais que já foram convocados pelos concursos, o grande problema é que com o início das aulas em vista as instituições federais ainda não sabem se terão professores para atender os alunos e disciplinas, uma vez que mesmo a contratação de professores substitutos está vedada. A UNB informa que já há discussões nos departamentos para reduzir a oferta de disciplinas.
GT Políticas Linguísticas e Educação: migrações, fronteiras e deslocamento
Participe!
Prazo para inscrição até 18 de fevereiro de 2020!
Regras para submissão:
Cada trabalho poderá conter até três (03) autores(as);
Serão aceitos trabalhos submetidos por profissionais da educação básica, estudantes de pós-graduação, mestres(as) e doutores(as);
O profissional da educação básica deve ser estudante de pós-graduação ou possuir a titulação mínima de especialista;
Será aceita a submissão de até dois (02) trabalhos (autoria e/ou coautoria);
Os resumos serão obrigatoriamente enviados via Área do Inscrito (não há template), no período de 18 de novembro de 2019 a 18 de fevereiro de 2020, e deverão conter:
a) Título (máx. 200 caracteres com espaços);
b) O uso de títulos, integralmente, em caixa alta não é permitido;
c) Texto (mín. 1.000 e máx. 1.500 caracteres com espaços);
d) O corpo do resumo não poderá conter citações (diretas e indiretas), referências
bibliográficas ou notas de rodapé;
e) Palavras-chave separadas por ponto e vírgula (mín. 3 e máx. 5);
f) Fonte financiadora (quando houver).
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Premiação escolhe melhor professor do mundo
Fim da TV Escola coloca em risco 10 milhões de surdos brasileiros
O Brasil nunca teve a cultura de TVs públicas. Além da Cultura, é difícil que os meios de comunicação estatais sejam vistos pela população de maneira massiva. Entretanto, isso não significa que as programações exibidas nesses meios não tenham valor: pelo contrário, existe muita coisa importante por trás da “audiência”. Continue lendo
Revista Ibero Americana de Educação – nova convocatória
Hasta el día 30 de junio de 2020 está abierta la convocatoria para el envío de colaboraciones con destino al monográfico volumen 84 (septiembre-diciembre de 2020) de la Revista Iberoamericana de Educación, que tendrá como título: Nuevos datos, nuevos retos: Iberoamérica en las últimas evaluaciones educativas. Leer más Continue lendo