Educação indígena

Pesquisador é primeiro índio a receber título de doutor em linguística pela UnB

Pesquisador é primeiro índio a receber título de doutor em linguística pela UnB

Maíra Heinen

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Joaquim Maná – Foto: Elson Martins

Nascido no município acriano de Tarauacá, na Terra Indígena Praia do Carapanã, Joaquim Paulo de Lima Kaxinawá se tornou o primeiro índio no Brasil a receber o título de doutor em linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Mais conhecido como Joaquim Maná, ele defendeu hoje (19) a tese “Para uma gramática da Língua Hãtxa Kuin”.

Alfabetizado na língua portuguesa aos 20 anos em um programa alternativo coordenado pela Comissão Pró-Índio do Acre, ele fez o magistério indígena no estado e a graduação em um curso intercultural indígena na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. O mestrado e o doutorado foram feitos na UnB.

Para ele, um dos maiores desafios durante o doutorado foi a indisponibilidade de pesquisas sobre a língua de seu povo, sobretudo em português. “Muitas pesquisas foram escritas em inglês, alemão, francês, espanhol e não foram apresentadas ao povo, ficaram guardadas”, ressalta.

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IPOL disponibiliza versão digital do livro Inventário da Língua Guarani Mbya

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Guarani segura o livro no I Encontro do ILG, realizado em Florianópolis no ano de 2011.

IPOL disponibiliza versão digital do livro Inventário da Língua Guarani Mbya

É com muita honra que o IPOL disponibiliza nesta postagem a versão em pdf do livro Inventário da Língua Guarani Mbya. Organizado por Rosângela Morello e Ana Paula Seiffert, o livro foi editado em 2011 pelo IPOL em parceria com a Editora Garapuvu, de Florianópolis.

Baixe o pdf do livro aqui: Inventario da Lingua Guarani Mbya

Fruto do projeto-piloto Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG), executado pelo IPOL em parceria com o IPHAN no âmbito do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), o livro apresenta os principais resultados da pesquisa e do levantamento sociolinguístico realizado em 69 aldeias guarani de seis Estados brasileiros: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A pesquisa iniciou em 2009, com o apoio do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD) da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e a parceria do IPHAN, tendo como foco conhecer os usos e as funções da língua Guarani Mbya, coletar e registar materiais nela produzidos e ouvir lideranças e moradores das comunidades sobre o valor que ela tem e o que esperam para ela.

Com o Inventário, a língua Mbya recebeu recentemente o certificado de referência cultural brasileira (ver notícia aqui) e passou a fazer parte dos bens imateriais reconhecidos pelo IPHAN/MinC como patrimônio da nação brasileira, gozando de políticas de salvaguarda e promoção.

Notícia relacionada: Lançada edição online da revista do Inventário da Língua Guarani Mbya (ILG)

Pesquisador afirma que processo de resgate das línguas é complexo e demanda interesse das novas gerações indígenas

Línguas indígenas estão em processo de extinção, revela professor

Professor e pesquisador Rogério Ferreira (UFMS) - Foto: Victor Chileno.

Professor e pesquisador Rogério Ferreira (UFMS) – Foto: Victor Chileno.

Professor revela que perda de idiomas representa a destruição de tradições e da história

Com a segunda maior população de índios do Brasil, o Mato Grosso do Sul corre o risco de presenciar a total extinção dos idiomas de origem indígena. Um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul aponta que das oito comunidades indígenas existentes no Estado, três já não falam mais a língua mãe.

O professor e pesquisador Rogério Ferreira, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, explica que a inserção dos povos indígenas na sociedade, com o objetivo de sobrevivência, fez com que eles deixassem de falar a língua mãe. “Houve uma força muito grande da língua portuguesa sobre eles”, ressalta.

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Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado neste sábado, 9 de agosto

Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado neste sábado (9)

Indígenas lutam para manter cultura e costumes de seus povos - Foto: Mayke Toscano/GEMT

Indígenas lutam para manter cultura e costumes de seus povos – Foto: Mayke Toscano/GEMT

Censo Demográfico 2010 revelou que o Brasil possui 817.963 mil indígenas, representando 305 diferentes etnias. Foram registradas 274 línguas indígenas

Neste dia 9 de agosto, o mundo celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Comemorada há 15 anos, a data, criada com o empenho e a participação de indígenas de várias partes do mundo, é fruto de uma conquista para a visibilidade internacional necessária para a defesa da integridade física e cultural que circundam esses povos.

Em mensagem por ocasião do Dia em 2014, a Diretora-Geral da Unesco Irina Bokova lembra que a data é uma oportunidade para que todos se mobilizem para acabar com as desigualdades que ainda existem na realização efetiva dos direitos dos povos indígenas. “Esta questão é fundamental hoje e no futuro, com vistas à configuração da agenda para o desenvolvimento pós-2015”, afirma Bokova.

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Na luta pela revalorização de seu idioma e cultura, os Paumari realizam primeiro Campeonato na Língua Paumari

Na luta pela revalorização de seu idioma e cultura, os Paumari realizam primeiro Campeonato na Língua Paumari

Por Oiara Bonilla
Fotos: Oiara Bonilla e Funai

Cartaz-do-Campaonato-PaumariEm 15 de julho de 2014, o barco Rio Purus, da Coordenação Regional (CR) da FUNAI de Lábrea, partiu rumo à aldeia São Clemente, situada na Terra Indígena Paumari do Lago Marahã, à beira do Rio Purus, no sul do estado do Amazonas. No barco viajavam umas 60 pessoas, provenientes de aldeias mais próximas à cidade, e alguns membros de instituições parceiras, como o Conselho Indigenista Missionário, as Universidades Federais do Amazonas e do Rio de Janeiro e a própria Fundação Nacional do Índio. O Campeonato na Língua Paumari, idealizado há vários anos por eles e realizado pela organização indígena regional (Federação das Organizações Indígenas do Médio Purus) e pela CR da FUNAI de Lábrea, com recursos do Museu do Índio do Rio de Janeiro, aconteceu nos dias 16 a 18 de julho, reunindo aproximadamente 300 participantes, de toda a Terra Indígena.

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7mo Curso de Intérpretes y Traductores de Lenguas Indígenas

El Ministerio de Cultura realiza convocatoria para el 7mo curso de intérpretes y traductores de lenguas indígenas

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El curso tiene como objetivo capacitar a hablantes de lenguas originarias como traductores e intérpretes a fin de fortalecer los derechos lingüísticos de los pueblos indígenas u originarios.

El Ministerio de Cultura a través del Viceministerio de Interculturalidad y la Dirección de Lenguas Indígenas (DLI) inicia la convocatoria para el séptimo curso de Intérpretes y Traductores en Lenguas Indígenas. Este curso tiene como objetivo capacitar a hablantes de lenguas originarias como traductores e intérpretes con el fin de fortalecer los derechos lingüísticos de la población hablante de alguna de las 47 lenguas oficiales del Perú en el marco de la implementación de la Ley de Lenguas (Ley N° 29735).

En esta ocasión se están priorizando las siguientes lenguas: Nahua (Yora), Iquitu, Jaqaru, Shiwilu, Capanahua, Sharanahua, Mastanahua, Yaminahua, Amahuaca, Kichwa (Variedad Santarosino), Aimara, Ocaina, Kakinte y Quechua (variantes: Yaro, Huanca, Chanka y sureño), debido a la demanda de traductores en servicios como salud, justicia o inclusión social. Además se está abriendo la convocatoria para contar con intérpretes en las regiones que aún no tienen personal formado para esta tarea. Entre ellas se encuentran Arequipa, Tacna, Moquegua, Ica, Pasco y Lambayeque

La convocatoria se dirige principalmente a hablantes de estas lenguas que residan en Lima, Chiclayo (*), Tacna, Arequipa, Huancayo, Cusco, Iquitos, Ciudad de Puno, Tarapoto, Puerto Maldonado, Pucallpa y otras ciudades donde se encuentre población migrante. Esta prioridad obedece a la demanda de instituciones que requieren traductores e intérpretes debidamente capacitados y con facilidad de acceso para atender emergencias. Cabe señalar que hasta la fecha han sido capacitados 178 intérpretes en 26 lenguas distintas

Los interesados en participar pueden enviar su hoja de vida a la Dirección de Lenguas Indigenas o virtualmente a cursodeinterpretes@cultura.gob.pe. La convocatoria estará abierta hasta el 13 de agosto.

Documentos
Cronograma – Convocatoria
Convocatoria – 7mo curso de intérpretes y traductores
Formato Hoja de Vida – Postulación

Fonte: Ministerio de Cultura – Perú

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