O II ENMP visa aprofundar as discussões sobre os desafios da cooficialização de línguas com especial atenção às etapas seguintes à aprovação da lei municipal: a regulamentação e a implementação. Florianópolis, 1 e 2 de setembro. Participem!

Notícias da Rede

Pesquisadores criam guia de aves na língua Xavante em MT

Objetivo é proporcionar a sustentabilidade da comunidade indígena local

Pesquisadores do Projeto Aldeia Sustentável fizeram a catalogação de aves na Aldeia Belém, na TI Pimentel Barbosa em Canarana, a 838 km de Cuiabá, e criaram um guia de bolso dos animais na língua Xavante.

Pesquisadores criam guia de aves na língua Xavante em MT
No Brasil ocorrem cerca de 1.997 espécies de aves. (Foto: Dalci Oliveira)

 

Segundo os pesquisadores, o objetivo é proporcionar a sustentabilidade da comunidade indígena local.

Até o momento, já foram impressos três mil exemplares do guia que serão distribuídos nas Escolas Indígenas Xavante, para ampliar o conhecimento sobre o conjunto de aves na região, bem como contribuir para o campo educacional.

A gestora do projeto Aldeia Sustentável, Cleide Arruda, relata que no Brasil existem 1.997 espécies de aves, com isso, o país é considerado o segundo do mundo, com a mais diversificada avifauna, conjunto de aves.

Pesquisadores criam guia de aves na língua Xavante em MT
Já foram impressos três mil exemplares do guia. (Foto: Dalci Oliveira)

Além disso, lembra que o bioma Cerrado é o terceiro maior em riqueza de aves em território nacional, com 856 espécies.

Ela conta que até o momento já foram registradas para a área entorno da Aldeia Belém, 126 espécies de aves, isto representa 58% das aves já observadas em Canarana.

Pesquisadores criam guia de aves na língua Xavante em MT
Cerrado é o terceiro bioma em riqueza de aves. (Foto: Dalci Oliveira)

Via Redação PP

Professores de quatro povos indígenas lançam livros didáticos bilíngues

Os professores dos povos JamamadiApurinãJarawara e Paumari, no Amazonas, produziram quatro livros em português e nas suas respectivas línguas. Com o objetivo de contribuir para o aprendizado e para a compreensão das produções orais e escritas, eles foram transformados em material didático.

Além de educar e fortalecer as culturas indígenas, os livros denominados Saberes Indígenas na Escola trazem atividades relacionadas ao cotidiano dos alunos indígenas como a pesca, a caça e o desmatamento. Por serem bilíngues, contribuem para a preservação da língua materna, que é um fator primordial. Com o registro da escrita e da cultura, os mais jovens podem ter acesso e oportunidade de manter vivo esse saber, impedindo que a língua seja extinta.

Livros bilingues enriquecem a formação docente e mantêm viva a língua ameaçada. Foto: Marcelli Damasceno

O projeto contou com a parceria da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus (Focimp) e Instituto Mpumalanga com o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Lábrea (Semec) e o Programa Sou Bilíngue Intercultural (PSBI) da Funai.

Daniel Lima, missionário do Cimi, afirmou que os livros são uma forma de resistência ao plano político que “tem como objetivo principal a desconstitucionalização e a deslegitimação dos direitos dos povos indígenas”, visto que a educação brasileira e os povos indígenas são atacados sistematicamente pelo governo atual.

“Lançar essas obras nas línguas Apurinã, Jamamadi, Jarawara e Paumari, nesse contexto tão sombrio e tão desesperançoso, é um sinal de resistência diante de tantos ataques aos povos indígenas, às suas culturas, às suas línguas e à educação indígena que constitucionalmente lhes é garantido o direito de que ela seja diferenciada”, destacou Lima.

VIA Notaterapia

O que significa Yakecan? Veja origem do nome dado à tempestade tropical

É comum que ciclones, furacões e tufões recebam nomenclaturas próprias
Yakecan

O nome foi escolhido pela divisão de previsões meteoceanográficas, do Centro de Hidrografia da Marinha Foto: reprodução/Inmet

Assim como as tempestades tropicais (furacão, ciclone e tufão) formadas no mundo, o ciclone que chegou ao Brasil nesta semana e provocou estragos nas regiões Sul do País também recebeu um nome: Yakecan, que vem do tupi-guarani e significa “som do céu”.

O nome foi escolhido pela divisão de previsões meteoceanográficas, do Centro de Hidrografia da Marinha, responsável pelas atividades do serviço meteorológico marinho, conforme informações do portal Uol.

NOMES EM TUPI-GUARANI

Desde 2011, é padrão que as tempestades tropicais formadas na área da Metarea-V, do Atlântico Sul, região marítima sob responsabilidade do Brasil, recebam nomenclaturas em tupi-guarani — uma das línguas indígenas mais conhecidas na América do Sul. O acordo envolveu Marinha, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Força Aérea Brasileira e Centro de Prevenção de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe).

Além Yakecan, outro ciclone que atingiu o País, em dezembro de 2021, também recebeu um nome baseado na língua do povo tradicional: Ubá.

VEJA OS NOMES USADOS E OS SIGNIFICADOS DELES:
  • Arani (tempo furioso)
  • Bapo (chocalho)
  • Cari (homem branco)
  • Deni (tribo indígena)
  • Eçaí (olho pequeno)
  • Guará (lobo do cerrado)
  • Iba (ruim)
  • Jaguar (lobo)
  • Kurumí (menino)
  • Mani (deusa indígena)
  • Oquira (broto de folhagem)
  • Potira (flor)
  • Raoni (grande guerreiro)
  • Ubá (canoa indígena)
  • Yakecan (o som do céu)

Ao atingirem o fim da lista, as nomenclaturas são reutilizadas para batizarem novas tempestades.

POR QUE TEMPESTADES SÃO NOMEADAS?

Os fenômenos do tipo são nomeados para facilitar a conscientização, a preparação, o gerenciamento e redução de risco de desastres, conforme o portal.

Como tempestades tropicais podem durar semanas ou mais, além de acontecer de forma simultânea, os meteorologistas escolhem nomes para evitar confusão.

VIA Diário do Nordeste

UFSCar oferece especialização EaD em Educação de Surdos em Abordagem Bilíngue Libras/Língua Portuguesa

O avanço de uma proposta de aprendizagem inclusiva e a ampliação do número de pessoas com deficiência dentro da escola comum nas últimas décadas aumentou a necessidade de formação de professores para surdos, que sejam fluentes na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e tenham conhecimento cultural relacionado a área, assim como por profissionais intérpretes educacionais. Para atender essa demanda, estão abertas as inscrições na seleção para o Curso de Especialização a Distância (EaD) de Educação de Surdos em Abordagem Bilíngue (Libras/Língua Portuguesa), ofertado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Apesar de ter sido definido em 2005 que Libras estivesse nas escolas, só em agosto de 2021, uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases garantiu a educação bilíngue como uma modalidade de ensino, de forma transversal, desde o ensino infantil até o nível superior. “Libras deve estar no currículo e nas práticas de ensino. Isso faz com que a gente, de fato, tenha que adequar a realidade escolar ao currículo bilíngue. Na própria Lei Brasileira de Inclusão, há indicativos da necessidade de promover acessibilidade comunicacional, com urgência, nos mais variados espaços sociais e em especial na esfera educacional”, diz a professora Vanessa de Oliveira Martins, docente do Departamento de Psicologia e coordenadora da especialização.

Para a especialista, o maior problema na educação dos surdos é justamente a falta de profissionais qualificados para orientar as escolas quanto ao direcionamento dos estudantes. “Muitos surdos adultos lembram com tristeza da escola, pois passaram por ela sem aprender, provavelmente porque o professor não foi capacitado com os métodos necessários. Uma criança surda precisa adquirir o aprendizado em Libras e depois ser letrada em Língua Portuguesa para poder correlacionar. As escolas devem se adaptar e isso passa, principalmente, pela formação dos educadores. Os docentes têm que conhecer muito bem a estrutura de Libras. Existe a necessidade de uma formação continuada e a especialização atende essa demanda que é e urgente”, ressalta a professora. Continue lendo

Google Tradutor ganha 24 novas línguas, incluindo o guarani!

O Google anunciou, nesta quarta-feira (11) durante o Google I/O 2022, que a ferramenta Tradutor terá acesso a novos 24 línguas. Um dos novos idiomas é o Guarani, que é originalmente da população indígena da América do Sul e ainda falado pela etnia tupi-guarani em países como o Brasil.

O recurso de tradução também poderá identificar palavras e frases em bambara (Mali), concani (Índia), Sepedi (África do Sul) e Twi (Gana).

O CEO da gigante da tecnologia, Sundar Pichai, explicou que o serviço online consegue ter acesso a novas línguas por causa dos avanços em modelos neurais de inteligência artificial. Confira, abaixo, os idiomas que foram adicionados ao serviço:

Google Tradutor

De acordo com o Google, os 24 novos idiomas são falados por mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo. A empresa cita o Mizo, falado por cerca de 800 mil pessoas no extremo nordeste da Índia e o Lingala, usado por mais de 45 milhões de pessoas na África Central.

Em relação aos indígenas das Américas, também foram contempladas as línguas Quechua e Ayamara. No dialeto inglês está o Krio, falado por habitantes da Serra Leoa.

Por Carlos Palmeira no Tecmundo

Indígenas agora têm espaço em Florianópolis para vendas de produtos

Desde o dia 27 do mês passado foi aberta a Casa de Artesanato Indígena Guarani Mbya localizada na região Central da Capital

Arte e a tradição de 11 comunidades indígenas localizadas na Grande Florianópolis agora podem ser vistas e adquiridas em um espaço no Centro da Capital. Desde o dia 27 do mês passado foi aberta no Largo da Alfândega, a Casa de Artesanato Indígena Guarani Mbya.

Graciele Ortiz é da aldeia Guarani Pirarupá, localizada no Massiambú, ao Sul no Município de Palhoça – Foto: Leo Munhoz/ND

Graciele Ortiz é da aldeia Guarani Pirarupá, localizada no Massiambú, ao Sul no Município de Palhoça – Foto: Leo Munhoz/ND

No espaço, há artesanatos como cocares, brincos, colares,esculturas em madeira, flautas, cestos, entre outros produtos. Com as vendas,os recursos serão destinados aos indígenas em uma forma de sustentabilidade para essas comunidades, de modo a expressar preceitos culturais.

Colares produzidos pelos índios da aldeia Guarani Pirarupá - Leo Munhoz/ND

Colares produzidos pelos indígenas da aldeia Guarani Pirarupá – Leo Munhoz/ND

A Casa de Artesanato será um lugar apropriado e com mais conforto, para os índios mostrarem o seu trabalho e criatividade em suas peças, seu artesanato de referência e assim imprimir ainda mais a sua história e costumes.

Segundo Roseli Pereira, diretora de Marketing da Secretaria de Turismo de Florianópolis, e administradora do Mercado Público e Largo da Alfândega, a Casa de Artesanato será um lugar apropriado e com mais conforto, para os Índios mostrarem o seu trabalho e criatividade em suas peças, seu artesanato de referência e assim imprimir ainda mais a sua história e costumes.

“A Casa do Artesanato Indígena Guarani Mbya reúne as aldeias da Grande Florianópolis e consolida uma política pública que visa afirmar os direitos da população indígena”, disse ela, ao lembrar que ao adquirir um artesanato indígena, automaticamente se contribui para o desenvolvimento social e sustentável desse povo.

A arte indígena é comercializada no Centro de Florianópolis – Foto: Leo Munhoz/NDA arte indígena é comercializada no Centro de Florianópolis – Foto: Leo Munhoz/ND

Gracieli Ortiz é uma das indígenas que está com seu artesanato na Casa. Da Aldeia Guarani Pirarupá localizada no Massiambú, ao Sul no Município de Palhoça, ela aprendeu com as primas a arte de fazer brincos e colares.

“Temos os artesanatos que tanto o Mbya quanto os Nhandedeva fizeram. Têm brincos, colares, cocais e até cestinhas”, disse a jovem. “O dinheiro das vendas vai para a nossa comunidade. Vai ajudar a aldeia em geral”, reforçou.

A Casa do Artesanato Indígena Guarani Mbya está aberta de segunda a sábado das 07h às 17h.

Via ND – Mais

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