Documentos e Leis

Suiça diz que ameaças de boicote da UE pelas novas cotas de imigração são exageradas

País com 4 línguas oficiais ( alemão, romanche, francês e italiano) exemplo de respeito à diversidade e liberdade dos seus cidadãos, a Suíça com o referendo limitando a imigração, estremece e gera constrangimento na sua relação com a União Européia

O ministro da defesa suíço disse que é “impensável” que os acordos de seu país com a União Europeia sejam encerrados como resultado do referendo para travar a imigração, afirmando que ameaças de retaliação por parte do bloco são exageradas. Os eleitores suíços neste mês apoiaram, com pequena margem a favor, uma proposta para reduzir a imigração, um movimento que poderia violar o pacto de  livre circulação dos cidadãos com o bloco europeu com seus 28 membros, que entrou em vigor em 2002.

O tratado é parte de um pacote de sete acordos visando a cooperação econômica e tecnológica, contratos públicos, e uma série de outras áreas entre a União Européia e a Suiça. O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, alertou que as medidas de imigração suíças teriam “consequências graves” para os laços com a UE, que já adiou as negociações com o país em programas de investigação e de ensino de vários bilhões de dólares.

“A União Europeia e a Suíça têm interesse em chegar a uma solução sensata” disse Ueli Maurer, um membro da extrema-direita Partido do Povo Suíço (SVP), que encabeçou a proposta, disse à Schweiz am Sonntag. “É impensável que os acordos bilaterais sejam encerrados, quer pela Suíça ou pela UE. Ambos os lados se beneficiam deles.”

Um cartaz contra a "iniciativa imigração em massa" do suíço socalist partido SPS é visto através da cerca de arame farpado na Praça Federal antes de uma campanha em Berna 29 de janeiro de 2014.  REUTERS / Ruben Sprich
Um cartaz contra a “iniciativa imigração em massa” do partido socialista SPS é visto através da cerca de arame farpado na Praça Federal antes de uma campanha na capital Berna em 29 de janeiro de 2014.

Maurer disse ao jornal que ele não aguardava muito progresso antes das eleições para o Parlamento Europeu em maio, mas espera conversas “construtivas” depois. Outros líderes da UE adotaram um tom mais conciliador, como a chanceler alemã Ângela Merkel , que alertou contra a retaliação, dizendo que os próprios interesses da Europa  serão mais bem servidos esperando para ver como a Suíça implementara o resultado do referendo.

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Bulgária, Hungria e Romênia condenam abolição de lei sobre línguas na Ucrânia

Os governos da Bulgária, Hungria e Romênia submeteram a severas críticas a decisão da Suprema Rada (parlamento ucraniano) de revogar a lei do uso ampliado de línguas minoritárias.

O Ministério das Relações Exteriores da Bulgária divulgou esta quarta-feira um comunicado em que exorta os novos líderes políticos da Ucrânia a buscar a integração de todos os grupos étnicos na sociedade ucraniana e respeitar os direitos humanos e a primazia do direito. De acordo com as autoridades oficiais búlgaras, a decisão do parlamento ucraniano vai afetar os 200 mil búlgaros que vivem no sul da Ucrânia, onde o búlgaro tinha recebido o estatuto de língua regional.

Manifestantes no centro da capital ucraniana, Kiev. (foto: Marcos Mucheroni )

O chanceler da Hungria, Janos Martonyi, também exigiu respeitar o direito dos 150 mil húngaros residentes na Ucrânia a usarem livremente sua língua materna. Ele condenou as ações dos ativistas do “Setor Direito” que haviam impedido uma manifestação da comunidade húngara na cidade transcarpatiana de Beregovo.

Por sua vez, o presidente romeno, Traian Basescu, disse que a Ucrânia, que abriga 400 mil romenos étnicos, poderá permanecer íntegra apenas se as minorias forem devidamente respeitadas por parte das autoridades atuais.

Fonte: Voz da Russia.

Joinville ganhará curso de graduação à distância em Letras Libras

Abertura do curso surge de uma parceria entre a Fundamas e a UFSC

O programa Universidade do Trabalhador (Unit) da Prefeitura de Joinville e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vão oferecer o curso de graduaçãoem Letras Libras (Língua Brasileira de Sinais) à distância – bacharelado e licenciatura. O termo de parceria foi assinado pela Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas), gestora da Unit, na tarde desta segunda-feira. A assinatura foi feita na Casa Brasil Sul, no bairro João Costa, onde funciona o Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (IJAS).

O ingresso ao curso será por vestibular, e os candidatos precisam ser fluentes na Língua Brasileira de Sinais. O edital com todas as regras do processo seletivo especial será lançado em março. Serão 60 vagas, 30 delas para bacharelado (para trabalhar como intérprete) e outras 30 para licenciatura (para atuar em escola). O curso terá duração de quatro anos, com aulas quinzenais, aos sábados (manhã e tarde). O polo de ensino a distância vai funcionar no Centro Educacional e Social do Itaum (Cesita), no bairro Itaum.

Joinville ganhará curso de graduação à distância em Letras Libras Rogério da Silva/Prefeitura de Joinville
Ingresso no curso será por vestibular e os candidatos precisam ser fluentes em Libras

Conforme o termo de parceria, a Fundamas cede o espaço físico e monitores para acompanhamento das turmas. A UFSC entra com a equipe pedagógica que irá acompanhar o aluno, a transmissão e os professores para as aulas presenciais previstas durante o curso. O presidente do Instituto Joinvilense de Assistência aos Surdos (IJAS), Jackson Silva, destacou que a preparação de novos profissionais na língua dos sinais é uma luta de dez anos e que o curso superior será um marco para Joinville. —Pelo censo do IBGE de 2010, temos 23 mil surdos na cidade. O curso de graduação vai permitir que as pessoas que estudam libras se aperfeiçoem mais e tenham mais condições de passar conhecimento aos surdos—, ressalta.

Fonte: A Noticia Clicrbs.

Diversidade linguística no Paquistão: manifestação em defesa das línguas maternas

ISLAMABAD: O governo federal deve conceder o estatuto de língua nacional para todas as línguas do Paquistão para promover e proteger a diversidade linguística do país.

Esta demanda foi apresentada no domingo, em uma resolução de 11 pontos aprovada pelos participantes em um festival organizado pela Associação de Graduados Sindh (SGA) e Teatro Wallay, uma companhia de teatro baseada em Islamabad, no âmbito do Dia Internacional da Língua Materna.

Grupo de música Sufi Laqa de Hunza e Chitral apresentando no festival.

O festival, que teve a participação de palestrantes de pelo menos 15 línguas diferentes do Paquistão, foi realizada no Auditório Shah Abdul Latif .

A resolução SGA convocou o governo federal a provar sua vontade política de proteger o patrimônio paquistanês em acordo com o estatuto de língua nacional, para todas as línguas locais. Ela também solicitou que os governos das províncias cpromovam as línguas e garantam que as crianças sejam educadas em sua língua materna.

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Cabo Verde assinalou Dia da Língua Materna com aulas ministradas em crioulo

Na sexta-feira, 21 de fevereiro, foi comemorado o Dia Internacional da Língua Materna. Cabo Verde está a tentar reforçar e oficializar o ensino do crioulo nas escolas do país.

 O Dia Internacional da Língua Materna, 21 de fevereiro, foi assinalado este ano, em Cabo Verde, com aulas ministradas nos estabelecimentos do ensino básico e secundário em crioulo, a língua materna do país, embora ainda não seja oficializada, segundo a agência Panapress.

O pontapé de saída para tornar o crioulo oficial foi dado a nível político quando a Constituição da República, no nº 2 do seu artigo 9º, atribui ao Estado competência para promover as condições para a oficialização da língua materna cabo-verdiana em paridade com a língua portuguesa. Daí que a promoção da aprendizagem das línguas estrangeiras no ensino e a valorização da língua nacional (crioulo) sejam um dos objetivos preconizados no programa do Governo na VIII Legislatura (2011-2016).

Em concomitância, estão sendo tomadas medidas no sentido de fazer com que o país caminhe, progressivamente, para um bilinguismo assumido, com a introdução progressiva da língua materna cabo-verdiana no sistema do ensino, paralelamente ao português. Neste sentido, a implementação de um projeto bilíngue de aprendizagem em língua portuguesa e em crioulo cabo-verdiano constitui uma das novidades do ano letivo 2013-2014. De acordo com o Ministério da Educação e Desporto (MED), trata-se de um projeto inovador que pretende introduzir a língua materna cabo-verdiana no sistema educativo e melhorar também a aprendizagem da língua portuguesa.

O programa começou a ser implementado em duas escolas básicas do país, sendo uma na Praia, no polo número três de Ponta de Água, e a outra no município de São Miguel, no interior da ilha de Santiago, no polo três de Flamengos. Para arrancar com esta experiência, o MED está a formar professores de modo a contribuir para a promoção e valorização de um corpo docente e agentes educativos com capacidade para materializar o ensino bilíngue em todas as escolas do país ao longo dos próximos seis anos.

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MEC disponibiliza 62 títulos grátis da Coleção Educadores.

Estão disponíveis no portal Domínio Público do Ministério da Educação e Cultura Brasileiro a Coleção Educadores, com 62 títulos. As obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes, mas o acesso é livre no portal.

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Paulo Freire, Anísio Teixeira, Jean Piaget e Antônio Gramsci, dentre outros, fazem parte da Coleção Educadores. Integram a coleção 31 autores brasileiros, 30 pensadores estrangeiros e um livro com os manifestos Pioneiros da Educação Nova, escrito em 1932, e dos Educadores, de 1959.

Confira as coleções e faça o download das obras no Portal Domínio Público

Fonte: Blog do IILP.

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