A lei de obrigatoriedade do espanhol, veio a ser pensada principalmente por dois fatores. O primeiro é possibilitar aos estudantes do nível médio e fundamental uma nova possibilidade de escolha de língua estrangeira para os estudantes. O segundo, que tem base com a ideia do fato de ser impossível dar aula de línguas sem estar vinculada a sua cultura, que é o maior conhecimento da região, o que pode resultar em uma maior integração regional.

Estes pontos são alguns dos principais, que integram outros inúmeros, que podemos pensar em se tratando desta lei de autoria do deputado federal Felipe Carreiras (PSB-PE) e o senador Humberto Costa (PT-PE), como resultado de uma luta incansável do Movimento Fica Espanhol.

Mesmo que o novo ENEM, tenha repercutido a saída do espanhol da prova mais importante do país, o que pode trazer um conflito ao ensino desta língua, por muitos estudantes acreditarem no ensino escolar apenas e unicamente para o ingresso a universidade.

O espanhol sempre foi uma língua vista em segundo plano, principalmente pela visão pejorativa de que ela é o mesmo que o português. O que vem atrelado ao fato da falta de interesse do país em se ver como parte da América Latina, por se sentir alheio ao resto da região por falar uma língua distinta da maioria dos países que a integram.

Por isso, de alguma forma, seria possível, que o ensino de espanhol, possa ser um ponto inicial, não somente para o brasileiro finalmente se perceber parte do continente, para consolidar “efetivamente a integração latino-americana”.