Carlos Alberto Faraco: “Devemos alterar o acordo ortográfico de 1990?”
Devemos alterar o acordo ortográfico de 1990?
Carlos Alberto Faraco
Qualquer pessoa que estuda a história ortográfica das línguas sabe que, por razões econômicas e culturais, não se deve mexer em ortografias estabilizadas. Mudanças “simplificadoras” ou “racionalizadoras”, embora propostas sempre com a maior das boas intenções, resultam, se implantadas, em desastre.
Apesar dessa lição histórica, os filólogos da geração de Antônio Houaiss, portugueses e brasileiros, entenderam que era necessário superar a duplicidade de ortografias oficias do português. Depois de décadas de debates, chegaram ao Acordo Ortográfico de 1990, pelo qual se fizeram pequenos ajustes em cada uma das ortografias vigentes para submetê-las a um único conjunto de princípios. Na proposta desses filólogos, não houve propriamente uma “reforma ortográfica”, na medida em que o núcleo duro das bases da ortografia estabelecidas em 1911 não se alterou.
China estabelece instituto nacional de pesquisa de tradução
China estabelece instituto nacional de pesquisa de tradução
Um instituto nacional de pesquisa de tradução foi estabelecido na terça-feira, 29/07, para promover um melhor entendimento da China no exterior.
O instituto, subordinado à Administração de Publicação em Línguas Estrangeiras da China, ajudará a divulgar as opiniões da China e deixá-las melhor entendidas, de acordo com a administração.
Devido à diferença cultural e linguística, algumas expressões chinesas são difíceis para os estrangeiros entenderem mesmo que traduzidas em suas línguas nativas.
O instituto focará na pesquisa de como traduzir, expressar e publicar melhor as principais opiniões e ideias chinesas, especialmente aquelas relacionadas à política e aos conceitos com características chinesas.
O instituto também ajudará a promover os talentos de comunicação proficientes em línguas e culturas chinesas e estrangeiras.
Fonte: CRIonline
Como a tecnologia auxilia o aprendizado e a preservação das línguas faladas no mundo
Como a tecnologia auxilia o aprendizado e a preservação das línguas faladas no mundo
[Os links neste artigo conduzem a páginas em inglês, exceto quando outro idioma for indicado]
Este artigo foi escrito por Allyson Eamer, uma estudiosa de sociolinguística do Instituto de Tecnologia da Universidade de Ontário. A versão original do post foi publicada no blog do Ethnos Project
Entre as línguas ameaçadas de desaparecimento no mundo, uma acaba extinta de cada dez a quatorze dias. Na luta para salvá-las de total desaparecimento, falantes, estudiosos e especialistas em tecnologia da informação colaboram para pesquisar formas de uso da tecnologia digital para revitalizar uma língua.
As línguas tornam-se vulneráveis à extinção com o tempo, na medida em que seus falantes gradualmente passam a usar uma outra língua possuidora de maiores poderes político e econômico. Frequentemente, essa mudança ocorre em consequência de uma visão colonialista e expansionista, que assiste aos povos indígenas, culturas e terras cederem lugar aos formadores de império.
Funai prevê chegada em massa de índios isolados na fronteira do AC
Funai prevê chegada em massa de índios isolados na fronteira do AC
Manaus (EFE/Amazônia Real) – Uma equipe responsável pelo contato com índios desconhecidos da fronteira do Acre com o Peru enfrentou a desconfiança e o medo para convencê-los a tratar, com remédios dos “brancos”, uma gripe capaz de exterminar a tribo, que vive em local de difícil acesso no oeste da Amazônia.
Em entrevista à agência Amazônia Real, o coordenador-geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai, Carlos Lisboa Travassos, explicou que os índios isolados recém contatados foram identificados como o povo do rio Xinane, pertencente ao tronco linguístico Pano.
Parceria entre IPOL e IPHAN produzirá documentário sobre as memórias de receitas de comunidades de imigração em SC
Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário

Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira durante o registro do depoimento de Dona Amélia Campestrini, falante de italiano. Blumenau, 2013. Foto: Peter Lorenzo – Fonte: Blog Receitas da Imigração
O projeto Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário, convênio financiado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – e executado pelo IPOL, através de Edital PNPI/2013, está com suas atividades a pleno vapor.
Dando continuidade ao projeto Receitas da Imigração (ver blog aqui e canal de vídeos aqui), esta nova parceria entre os dois institutos prevê a realização de um documentário que abordará o caminho de sabores e memórias da imigração no Estado de Santa Catarina, apresentando ao público brasileiro a história de imigrantes e suas referências identitárias.
A condução do trabalho pretende dar relevância a aspectos da história, da memória e da língua dos imigrantes, tendo como principal fio condutor as receitas culinárias e seus pratos, os ingredientes, sabores e costumes, com o objetivo de contar a história na perspectiva do grupo de imigrante e assim valorizar e legitimar seus saberes e os modos pelos quais se transformaram de geração em geração na interação com outras culturas no Brasil. Procura-se, desse modo, contribuir para a promoção das comunidades de imigração, dando sustentabilidade às suas práticas culturais e linguísticas.
O trabalho será realizado no Vale do Itajaí e do Norte do Estado de Santa Catarina, em municípios de colonização alemã, pomerana, italiana e polonesa, tais como Blumenau, Brusque, Indaial, Gaspar, Massaranduba, Timbó, Pomerode, São Bento do Sul, Rio dos Cedros, Benedito Novo, dentre outros onde as comunidades descendentes de imigrantes tratam de manter as línguas de imigração como língua materna e preservar saberes comuns daqueles grupos. O projeto contempla ainda a pesquisa em acervos, destacando-se o levantamento bibliográfico (livros, revistas, trabalhos acadêmicos) e iconográfico (imagens fotográficas, ilustrações, pinturas, arquivo fílmico) sobre a história da imigração no Brasil.