Idioma chinês será ensinado como “segunda língua oficial” em Cuba
Os Ministérios da Educação da China e de Cuba assinaram um acordo-quadro de cooperação em Havana para promover o ensino do chinês como segunda língua na ilha, informa o Granma, jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista Cubano.
O acordo foi assinado pelo embaixador chinês, Chen Xi, em representação do Centro de Cooperação Internacional para o Ensino de Línguas do Ministério da Educação da República Popular da China, e pelo diretor nacional do Ensino Médio Básico de Cuba, Adalberto Revilla, representando o Ministério da Educação da República de Cuba.
O diplomata chinês destacou que a assinatura do documento simboliza uma cooperação bilateral cada vez mais estreita e um desenvolvimento mais amplo das relações entre os dois países.
Por sua vez, a Primeira Vice-Ministra da Educação de Cuba, Cira Piñeiro, disse à Xinhua que o fato de a China poder ajudar no ensino da língua chinesa é muito importante para continuar fortalecendo as relações de colaboração entre as duas nações.
Segundo a imprensa estatal, o idioma começará a ser ensinado experimentalmente nas escolas secundárias básicas de Havana a partir do próximo ano letivo.
No dia 2 de janeiro, as primeiras aulas de chinês começarão a ser ministradas na Escola de Ensino Fundamental Fructuoso Rodríguez, na capital do país, onde cerca de 100 estudantes, divididos em quatro turmas, receberão esse ensinamento de professores chineses.
Embora oficialmente o sistema de ensino em Cuba estabeleça o estudo da língua inglesa como obrigatório, as aulas de chinês serão inicialmente opcionais nos centros educacionais, como uma “língua complementar”, explicaram as autoridades do MINED.
A intenção das autoridades educacionais cubanas é que esta experiência seja posteriormente estendida a outras escolas.
O acordo, que vigorará por quatro anos prorrogáveis, estabelece que o Centro de Cooperação Internacional para o Ensino de Línguas enviará para a ilha os professores chineses necessários.
Havana e Pequim assinaram em novembro do ano passado um acordo-quadro sobre educação que estabelece a colaboração em diversos níveis de ensino em Cuba, como a primeira infância, a educação especial e a educação técnico-profissional.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GRANMA
ATUALIZADO: QUINTA-FEIRA, 5 NOVEMBRO DE 2020.
Universidade Católica de Macau vai criar Licenciatura em Estudos Portugueses e Chineses
A Universidade de São José, instituição de ensino superior católica de Macau, anunciou no último dia 05 de abril que vai criar uma licenciatura em Estudos Portugueses e Chineses.
A criação do curso foi autorizada por um despacho do secretário que tutela a Educação no Governo de Macau, Alexis Tam.
A licenciatura em Estudos Portugueses e Chineses (Língua e Cultura) terá quatro anos, segundo o plano de estudos publicado, e abrange áreas como o ensino da língua portuguesa e chinesa e da cultura e literatura dos países lusófonos e da China.
O curso tem ainda uma componente de tradução e interpretação, de “história global do mundo lusófono”, de “estudos macaenses” e de “literatura e arte de Macau”.
Chinês, português e inglês serão as línguas veiculares do curso.
A Universidade de São José pertence à Fundação Católica, uma organização presidida pelo bispo de Macau e instituída pela Universidade Católica de Portugal e pela Diocese de Macau.
A vice-reitora da universidade, Maria Antónia Espadinha disse à Rádio Macau que esta licenciatura poderá arrancar já no próximo ano letivo, dependendo do número de inscritos.
A China definiu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação econômica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003.
A formação de quadros bilingues (em português e chinês) tem sido apontada pelas autoridades locais como um elemento importante para potenciar esta plataforma.
Macau é uma região chinesa com administração especial desde 1999, quando a administração do território passou de Portugal para a China. O português e o chinês são as duas línguas oficiais do território.