Educação indígena

Estudantes de escola pública criam dicionário de línguas indígenas

Mba’éichapa significa olá na língua indígena guarani. Foi esse simples cumprimento que inspirou o projeto Dicionário Indígena Ilustrativo: resgatando as línguas ofaié e guarani. Estudantes do 6°ano do ensino fundamental da Escola Municipal Antônio Henrique Filho, de Brasilândia (MS) produziram um dicionário com ilustrações próprias das duas línguas. O livro chegou a ser distribuído nas escolas do município e para a biblioteca da cidade.

O Dicionário Indígena Ilustrativo é um dos premiados no Desafio Criativos da Escola, cujos vencedores foram anunciados nesta terça-feira (13).  Continue lendo

Aldeias de Tarauacá são beneficiadas com quatro novas escolas

Em continuidade às ações de fortalecimento da educação também nas aldeias indígenas,o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), acaba de entregarquatro novas escolas indígenas no município de Tarauacá. O investimento, superior a R$ 360 mil, vai beneficiarestudantes de aldeias localizadas ao longo dos rios Muru, Tauari e Tarauacá.

As novas unidades educacionais fazem parte da política de expansão e modernização da rede, implementada pelo governo do Estado. Só este ano a SEE licitou a construção de dez escolas indígenas, beneficiando também comunidades de Feijó e Jordão. Continue lendo

Como amansar a escola? O barro, o jenipapo, o giz

Duas mestras Xakriabá que trabalham com barro – dona Libertina Ferro e dona Lurdes Evaristo – foram convidadas pela Faculdade de Arquitetura da UFMG para serem professoras da disciplinaArquitetura e Cosmociência. Elas moram na terra indígena de São João das Missões, norte de Minas, e viajaram pela primeira vez a Belo Horizonte. Encerraram o Programa Saberes Tradicionaiscom aulas práticas, construindo no campus Pampulha da Universidade Federal uma casa tradicional de pau-a-pique com pinturas artísticas de pigmentos de toá e telhas de barro. Foi quando um aluno, com calculadora à mão, perguntou:

– Como é que se mede o espaçamento da madeira? Qual a quantidade de barro?

– São três mãos cheias de barro para cada quadrado – foi a resposta de uma das mestras, que encheu a mão e mostrou na hora como se fazia.

Os futuros arquitetos indagaram quanto tempo durava uma casa xakriabá e foram informados que entre quatro a seis anos, dependendo da fase da lua no momento de retirar o barro. Um deles, então, ofereceu uma técnica capaz de manter em pé durante a vida toda casas tão bonitas como aquela.

– Não, meu filho. Obrigado, mas isso é perigoso. Se aceito sua oferta, como é que vou ensinar meus filhos e netos a construir? Não é a casa que tem que durar, mas o conhecimento. A casa usada se desfaz justamente para que eles observem como se faz uma nova. A casa cai, mas se fica a forma de aprender, a gente levanta outras e é assim que o conhecimento permanece, circula e se renova.

A construção da casa, em 2015, foi narrada por Célia Xakriabá Mīndã Nynthê nesta terça-feira (31), na Universidade de Brasília (UnB) durante a defesa de sua dissertação de mestrado, que discute a reativação da memória e a lógica territorializada, com reflexões epistemológicas sobre os caminhos da educação numa temporalidade marcada pelo barro, o jenipapo e o giz. Continue lendo

Língua indígena começa a ser ensinada no Centro de Línguas do Acre

Joaquim Mana ministrou a oficina para cerca de 30 professores do CEL (Foto: Cedida)

Como parte do planejamento para as aulas de línguas indígenas no estado, o Centro de Estudo de Línguas (CEL) realizou nesta segunda-feira, 26, uma oficina sobre a Hãtxa kui, língua matriz do povo Huni Kui. Cerca de 30 professores do CEL participaram da aula, ministrada pelo professor-doutor em linguística Joaquim Mana Kaxinawa.

Mana explica que serão ofertadas ao público cinco oficinas de 20 horas, mostrando a cultura e a língua de cinco povos acreanos: Huni Kui, Jaminawa, Madija, Ashaninka e Manchineri. Na oficina de ontem, foi apresentada a estrutura do idioma Hãtxa kui, que Mana estuda e está ajudando na elaboração de livros.

Para o professor e pesquisador, “a escrita surge para fixar todo o conhecimento da convivência de um povo”, por isso é tão importante a organização e propagação de sua língua. Entusiasta da ideia de fortalecer a educação e cultura indígena do Acre, o governador Tião Viana está garantindo todo o apoio para a produção dos livros didáticos e para o ensino da língua, como está ocorrendo no CEL. Continue lendo

Processo Seletivo Simplificado da Licenciatura Indígena

Foi realizada este inicio de semana a publicação do Edital PSSLIN 06/2018
(Processo Seletivo Simplificado da Licenciatura Indígena).

Da versão enviada anteriormente, houve apenas algumas correções e mudanças pontuais e o acréscimo de alguns critérios no anexo 2 para prever as diversas realidades sociolinguísticas da região.

O período de pré-inscrição através de entrega de um formulário e cópias de CPF e RG iniciaram na segunda-feira dia 29/1 e ao final haverá a publicação da lista dos pré-inscritos.
A FOIRN está realizando a divulgação dos formulários de pré-inscrição e do edital PSSLIND 2018. Desse modo, em março haverá as inscrições online dos pré-inscritos, bem como de outros candidatos que não fizeram a pré-inscrição e queiram se inscrever nesse período. A FOIRN se dispôs a dar o devido apoio a quem precisar realizar as inscrições online no site da COMPEC/UFAM. Vejam o cronograma das atividades referentes a esse processo, que finaliza meados de junho, para matrícula ainda em junho se possível.
As provas serão em São Gabriel (sede) [Turma Yegatu], em Tunui – Rio Içana [Baniwa] e em Taracuá – Rio Waupés [Tukano].
As línguas do pólo Tukano foram ampliadas devido às reinvindicações de grupos que pediram que suas línguas pudessem fazer parte do processo. Na verdade isso já ocorreu no PSSLIND 2015. O que fizemos foi dar mais formalidade a isso.

Baixe o EDITAL

Fonte: divulgação interna.

“Mamug koe ixo tig”, o inovador método de alfabetização indígena no Brasil

ELISÂNGELA DELL-ARMELINA SURUÍ E CRIANÇAS EDUCADAS COM “MAMUG KOE IXO TIG” (FOTO: EFE)

Projeto rendeu o título de educadora do ano à professora Elisângela Dell-Armelina Suruí

Mamug koe ixo tig”, um inovador método de alfabetizaçãoque preserva a língua indígena em uma distante aldeia da Amazônia, se sobressaiu entre mais de 5 mil projetos de escolas do Brasil e rendeu o título de educadora do ano à professora Elisângela Dell-Armelina Suruí.

“O nome do meu projeto é ‘Mamug koe ixo tig’, que significa ‘A fala e a escrita das crianças’, para crianças do primeiro ao quinto ano do ensino básico”, contou à Agência Efe a professora, de 38 anos, vencedora em 2017 dos prêmios “Educadora Nota 10” e “Educadora do Ano”, ambos da Fundação Victor Civita. Continue lendo

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