Jornada de Mobilização da Década Internacional das Línguas Indígenas
JORNADA DE MOBILIZAÇÃO da “Década Internacional das Línguas Indígenas no Brasil (20222032) tem o intuito de mobilizar as comunidades indígenas para o engajamento nas ações da Década das Línguas Indígenas e sensibilizar a sociedade envolvente para o reconhecimento da diversidade linguística e cultural dos povos indígenas por meio de mesas de discussão que abordarão temáticas que envolvem a defesa das línguas indígenas.
A Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) foi instituída na Assembleia Geral das Nações Unidas de 18 de dezembro de 2019, dando seguimento aos debates ocorridos no âmbito do Ano Internacional das Línguas Indígenas proclamado pela UNESCO em 2019. No ano de 2020, na Cidade do México, foi elaborado a Declaração de Los Pinos, que definiu os princípios-chave que orientam a Década Internacional, como a participação efetiva dos povos indígenas nos processos de tomada de decisão, consulta, planejamento e implementação.
No Brasil, os povos indígenas estão se organizando e reafirmando seu protagonismo na construção das ações para essa década e propuseram a criação de GTs, a nível nacional, para a elaboração deste plano de ação: o Grupo de Trabalho de Línguas Indígenas, o Grupo de Trabalho do Português Indígena e o Grupo de Trabalho das Línguas de Sinais Indígenas; e a criação de GTs Regionais e Estaduais que estão em processo de construção. Há um grande chamado para construirmos um novo tempo para as línguas indígenas brasileiras: “fortalecendo nosso espírito, nossa ancestralidade, nosso território, nossa língua” (Altaci Kokama).
I- Jornada de Mobilização da Década Internacional das Línguas Indígenas/Brasil
É com muita alegria que compartilhamos a programação da “I- Jornada de Mobilização da Década Internacional das Línguas Indígenas/Brasil”.
Confira as temáticas das mesas de discussão, as datas e os horários e venha participar conosco:
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-Live de abertura: 18/04 às 15:00 – Horário de Brasília;
-Línguas Indígenas: perspectivas e desafios na Década: 18/04 às 19:00 – Horário de Brasília;
-Ensino de línguas em comunidades indígenas: 19/04 às 15:00 – Horário de Brasília;
-Português indígena: a diversidade do português falado pelos povos indígenas: 19/04 às 19:00 – Horário de Brasília;
-Línguas de sinais indígenas; 20/04 às 15:00 – Horário de Brasília;
-Núcleos de formação indígena no Ensino Superior e sua contribuição para o fortalecimento das línguas indígenas: 20/04 às 19:00 – Horário de Brasília;
-Universidades Indígenas: 21/04 às 15:00 – Horário de Brasília;
-Saberes tradicionais: 22/04 às 15:00 – Horário de Brasília;
-As políticas linguísticas de base comunitária: 22/04 às 19:00 – Horário de Brasília;
-Live de encerramento: A musicalidade como forma de fortalecimento linguístico 23/04 às 19:00 – Horário de Brasília;
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•A transmissão será realizada pelo canal do YouTube da Década das Línguas Indígenas Brasil
INSTITUTO IBERO-AMERICANO DE LÍNGUAS INDÍGENAS ABRE AS PORTAS NA BOLÍVIA
O Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas (IIALI) abriu as portas neste mês de março na Bolívia. O objetivo do instituto é fazer frente aos desafios e ameaças que envolvem as mais de 550 línguas indígenas faladas na América Latina e no Caribe. E trabalhar na promoção, preservação, revitalização, incentivo e desenvolvimento das línguas em suas mais diferentes questões.
A abertura dos trabalhos ocorreu durante a reunião do Primeiro Conselho Intergovernamental do IIALI, que contou com representantes de Bolívia, Colômbia, México, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Paraguai e Peru.
Além dos países, também estavam presentes representantes do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC), da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI).
Sede na Bolívia e primeira presidência
No encontro, foram eleitas as três primeiras presidências desta entidade, que definirá os trabalhos do IIALI, cada uma por um período de 2 anos. A Bolívia, a Colômbia e o México irão assumir a presidência desse mecanismo de governo alternadamente. A Bolívia comandará o IIALI de 2022 a 2024, seguida pela Colômbia e México.
Rogelio Mayta, ministro das Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia, agradeceu a confiança dos membros dos demais países para a Bolívia exercer a primeira presidência e sediar a instituição.
“Agradecemos a confiança depositada em nós, embora tenhamos claro que somos uma articulação de povos, com uma visão de mundo inclusivo, e que enfrentaremos qualquer trabalho e desafio que tenhamos no futuro como fazem nossos povos originários: de forma coletiva, pensando mais em nós do que na individualidade”, afirma Mayta.
Ações culturais e linguísticas para os povos indígenas
Importante frisar que a IIALI tem o papel de conscientizar sobre a situação das línguas indígenas, assim como os direitos culturais e linguísticos dos Povos Autóctones, promovendo a transmissão, o uso, o aprendizado e a revitalização das línguas indígenas.
Outro ponto fundamental é que o Instituto pretende prestar assistência técnica na formulação e na implementação de políticas linguísticas e culturais para os povos autóctones, e facilitar a tomada de decisões sobre o uso e a força das línguas indígenas.
Vale lembrar que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década Internacional das Línguas Indígenas 2022-2032, com o objetivo de chamar a atenção para as questões e perdas das línguas indígenas. Outro ponto importante é a necessidade imediata de conservar, revitalizar, promover e adotar medidas urgentes dentro e fora dos países com tradições indígenas.
Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas é lançado na Bolívia
O Instituto Ibero-americano de Línguas Indígenas (IIALI) iniciou suas atividades com o objetivo de enfrentar as ameaças que espreitam as mais de 550 línguas indígenas que ainda são faladas na América Latina e no Caribe, assim como o de promover seu uso, preservação, revitalização, incentivo e desenvolvimento.
O lançamento dessa iniciativa ocorreu durante a reunião do Primeiro Conselho Intergovernamental do IIALI, da qual participaram representantes da Bolívia, da Colômbia e do México, países com plenos direitos à iniciativa; o Equador, El Salvador, a Guatemala, a Nicarágua, o Panamá, o Paraguai e o Peru participaram como convidados. Além dos países, o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC), a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) também estavam presentes.
Na reunião, foram eleitas por consenso as três primeiras presidências desta entidade que definirá os trabalhos do IIALI, cada uma por um período de 2 anos, sem reeleição imediata. A Bolívia, a Colômbia e o México irão assumir alternadamente a presidência desse mecanismo de governança. A Bolívia irá assumir a presidência do IIALI de 2022 a 2024, seguida pela Colômbia e, depois, pelo México.
Rogelio Mayta, ministro das Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia, agradeceu aos demais países pela confiança depositada em seu país, tanto para exercer a primeira presidência, quanto pelo fato de que a sede permanecerá na Bolívia.
“Agradecemos a confiança depositada em nós, embora tenhamos claro que somos uma articulação de povos, com uma visão de mundo inclusivo, e que enfrentaremos qualquer trabalho e desafio que tenhamos no futuro como fazem nossos povos originários: de forma coletiva, pensando mais em nós do que na individualidade”, afirmou Mayta.
A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década Internacional das Línguas Indígenas 2022-2032, com o objetivo de chamar a atenção para a perda irreparável das línguas indígenas, além da necessidade imediata de conservá-las, revitalizá-las, promovê-las e de adotar medidas urgentes ao nível nacional e internacional.
Nesse contexto, a iniciativa visa conscientizar sobre a situação das línguas indígenas, assim como os direitos culturais e linguísticos dos Povos Autóctones, promovendo a transmissão, o uso, o aprendizado e a revitalização das línguas indígenas.
Da mesma forma, o Instituto pretende prestar assistência técnica na formulação e na implementação de políticas linguísticas e culturais para os povos autóctones, e facilitar a tomada de decisões informadas sobre o uso e a força das línguas indígenas.
La Paz, Bolívia –
(Com informações de FILAC)
Traduzido do espanhol por Aline Arana/ Revisado por Graça Pinheiro