combate a islamofobia

Youtuber muçulmana usa culinária para combater islamofobia

A belga-marroquinta Myriam Bouzian produz vídeos de culinária no Youtube em quatro idiomas – francês, árabe, rifenho e híndi – e aproveita o sucesso para combater a islamofobia e os estereótipos da mulher mulçumana

Youtuber muçulmana usa culinária para combater islamofobia

Foto: Deutsche Welle

Com mais de 100 mil seguidores no Youtube, a belga-marroquina Myriam Bouzian está usando sua paixão, a culinária, para combater a islamofobia na internet. Com questionamentos como “quem disse que não temos voz?”, ela explica sua cultura em quatro línguas para os internautas.

Myriam é mãe de cinco filhos e atualmente mora na Bélgica, onde grande parte da população fala francês. Por esse motivo, seus primeiros vídeos na plataforma foram feitos nesse idioma. Com o sucesso, ela decidiu lançar outros três onde fala em árabe, rifenho e híndi.

Ela conta que teve a ideia de criar o canal no Youtube quando uma tia pediu para ela filmar o preparo de seu prato favorito. Como não estava conseguindo encontrar um emprego formal devido à islamofobia, ela decidiu investir na carreira na internet.

“Comecei a buscar trabalho para encontrar essa pequena felicidade que me faltava. Sempre que eu batia em uma porta, me recusavam acesso. Eles simplesmente me diziam: ‘Você está pronta pra retirar o seu véu?’. Eu pensei: ‘qual é a relação? O que conta não é o que eu tenho sobre minha cabeça, mas sim o que tenho dentro da minha cabeça’”, disse em entrevista ao portal Deutsche Welle.

Agora, ela se dedica a combater o preconceito em seus vídeos, mas conta que não está livre dele na internet. “Me chamaram de terrorista, salafista, islamista. Admito que isso me deixou muito magoada”, contou a youtuber.

No seu canal de culinária, ela também mostra cenas fora da cozinha e compartilha momentos de sua vida privada, e reclama do estereótipo da mulher mulçumana. “Estou um pouco cansada de as pessoas nos verem como mulheres submissas ou mulheres que não têm voz no casal. Nós somos iguais em termos de tarefas domésticas, de refeições, frente aos filhos e à vida”, disse.

Por Juliana Lima Fonte: Razões Para Acreditar

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