Ministra defende resgate das manifestações artísticas
A ministra da Cultura defendeu ontem, em Cabinda, o resgate das manifestações artísticas de cada região do país.
Carolina Cerqueira, que falava na abertura do VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura, sublinhou que este desafio passa pelo “reforço do projecto de municipalização da cultura”.
A ministra disse ser fundamental o contributo dos municípios nesta tarefa, promovendo feiras de artesanato e outras exposições de vária índole com recursos próprios.
Carolina Cerqueira anunciou que o sector que dirige vai, nos próximos doze meses, desenvolver tarefas ligadas ao resgate e preservação do património cultural e imaterial, à preservação dos monumentos, divulgação da história de Angola e dedicar atenção particular à cidade de Mban-za Kongo, que celebrou no dia 8 do mês em curso o primeiro aniversário de elevação a Património Mundial.
O Ministério da Cultura vai, também, dinamizar o turismo cultural, que inclui um guião de principais pontos turísticos de cada província, instrumentos que deverão necessariamente estar patentes nas agências de viagens, embaixadas e delegações de companhias áreas angolanas no exterior. Outro desafio é a valorização e o mapeamento das línguas faladas em cada região e o estudo dos grupos étnicos de Angola.
O governador provincial, Eugénio César Laborinho, manifestou-se preocupado com a proliferação de seitas religiosas em Cabinda. Su-blinhou que esta situação tem contribuído para a desestruturação de famílias e a imposição de práticas contrárias à nossa realidade sociocultural.
Eugénio Laborinho agradeceu a pronta intervenção do Ministério da Cultura, aquando do desabamento da parte frontal da igreja São Tiago Maior de Lândana, no município de Cacongo, primeiro monumento histórico da África subsariana.
O VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura decorre sob o lema “Cultura, um desafio do de-senvolvimento, potenciemos as indústrias culturais e valorizemos o património cultural nacional e mundial”.
Dentre outros temas abor-da “Os desafios da cultura no quadriénio 2018-2022”, “O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN)”, “A implementação da legislação cultural”, “Aplicação da lei geral dos arquivos e a “Estratégia de implantação do sistema nacional dos direitos do autor”.
O encontro debate ainda “A proliferação do fenómeno religioso em Angola”, “O papel das comunidades e instituições do poder tradicional no processo das autarquias” e o “Redimensionamento dos serviços culturais nas embaixadas”.
Fonte: Jornal de Angola
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