Ministra defende resgate das manifestações artísticas

A ministra da Cultura defendeu ontem, em Cabinda, o resgate das manifestações artísticas de cada região do país.

Carolina Cerqueira orienta Conselho Consultivo Fotografia: Rafael Tati | Cabinda|Edições Novembro

Carolina Cerqueira, que falava na abertura do VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura, sublinhou que este desafio passa pelo “reforço do projecto de municipalização da cultura”.
A ministra disse ser fundamental o contributo dos municípios nesta tarefa, promovendo feiras de artesanato e outras exposições de vária índole com recursos próprios.
Carolina Cerqueira anunciou que o sector que dirige vai, nos próximos doze meses, desenvolver tarefas ligadas ao resgate e preservação do património cultural e imaterial, à preservação dos monumentos, divulgação da  história de Angola e dedicar atenção particular à cidade de Mban-za Kongo, que celebrou no dia 8 do mês em curso o primeiro aniversário de elevação a Património Mundial.

O Ministério da Cultura vai, também, dinamizar o turismo cultural, que inclui um guião de principais pontos turísticos de cada província, instrumentos que deverão necessariamente estar patentes nas agências de viagens, embaixadas e  delegações de companhias áreas angolanas no exterior. Outro desafio é a valorização e o mapeamento das línguas faladas em cada região e o estudo dos grupos étnicos de Angola.
O governador provincial, Eugénio César Laborinho, manifestou-se preocupado com a proliferação de seitas religiosas em Cabinda. Su-blinhou que esta situação tem contribuído para a desestruturação de famílias e a imposição de práticas contrárias à nossa realidade sociocultural.
Eugénio Laborinho agradeceu a pronta intervenção do Ministério da Cultura, aquando do desabamento da parte frontal da igreja São Tiago Maior de Lândana, no município de Cacongo, primeiro monumento histórico da África subsariana.
O VI Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura decorre sob o lema “Cultura, um desafio do de-senvolvimento, potenciemos as indústrias culturais e valorizemos o património cultural nacional e mundial”.
Dentre outros temas abor-da “Os desafios da cultura no quadriénio 2018-2022”, “O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN)”, “A implementação da legislação cultural”, “Aplicação da lei geral dos arquivos e a “Estratégia de implantação do sistema nacional dos direitos do autor”.
O encontro debate ainda “A proliferação do fenómeno religioso em Angola”, “O papel das comunidades e instituições do poder tradicional no processo das autarquias” e o “Redimensionamento dos serviços culturais nas embaixadas”.

Fonte: Jornal de Angola

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