Concurso de redação da ONU é oportunidade ideal para jovens brasileiros discutirem cidadania e multilinguismo

As inscrições para o concurso de redação Muitas Línguas, Um Mundo, voltado para jovens universitários, seguem abertas até 16 de março. A iniciativa, promovida pela escola de inglês ELS Educational Services em parceria com o programa Impacto Acadêmico da ONU, é uma ótima oportunidade para jovens brasileiros se envolverem em questões de cidadania global e entendimento cultural e discutirem a importância do desenvolvimento de habilidades linguísticas. Brasileiros contam como foi a experiência em 2016.

As inscrições para o concurso de redação Muitas Línguas, Um Mundo, voltado para jovens universitários, seguem abertas até 16 de março.

Jovens brasileiros selecionados na edição passada do concurso Muitas Línguas, Um Mundo. Da esquerda para a direita: Leonardo Alves (espanhol); José Ildo de Oliveira Júnior (francês); Ellen Silva (espanhol); e Tom Claudino dos Santos (inglês). Foto: Arquivo pessoal/Tom Claudino dos Santos

Jovens brasileiros selecionados na edição passada do concurso Muitas Línguas, Um Mundo. Da esquerda para a direita: Leonardo Alves (espanhol); José Ildo de Oliveira Júnior (francês); Ellen Silva (espanhol); e Tom Claudino dos Santos (inglês). Foto: Arquivo pessoal/Tom Claudino dos Santos

A iniciativa, promovida pela escola de inglês ELS Educational Services em parceria com o programa Impacto Acadêmico da ONU, é uma ótima oportunidade para jovens brasileiros se envolverem em questões de cidadania global e entendimento cultural e discutirem a importância do desenvolvimento de habilidades linguísticas.

Na edição do ano passado, quatro brasileiros ficaram entre os sessenta vencedores selecionados como delegados para o Fórum Global de Juventude da ONU.

Na ocasião, eles participaram da criação de planos de ação relacionados à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas e apresentaram as propostas na sede da Organização em Nova York.

Para a mestranda em Ciências Sociais da Universidade de Brasília e uma das selecionadas do grupo de espanhol da edição passada, Ellen Silva, 27 anos, é muito importante os brasileiros participarem da seleção e contribuírem com as discussões propostas pelo concurso.

“Como somos um país de dimensões continentais e de muita importância na região, acredito que nós temos muito a contribuir nestes espaços. É importante estar lá para representar as especificidades e desafios que os países do sul global, de forma geral, apresentam, tais como a desigualdade social e dificuldades na consolidação de nossas democracias. Além disso, acho excelente que tenhamos cada vez mais brasileiros conectados em redes globais, trocando experiências, idéias e boas práticas que podem ser aplicadas no nosso contexto”, ressalta a jovem, que é de Brasília.

O estudante gaúcho de Relações Internacionais e também finalista da equipe de espanhol de 2016, Leonardo Alves (25), afirma que ter a oportunidade de conhecer a ONU, praticar uma língua estrangeira e fazer parte do intercâmbio cultural promovido no convívio entre jovens de diversos países é uma experiência única e bastante motivadora.

‘’Nós, brasileiros, somos um povo multicultural, pluralmente diverso e abonados por uma natureza única, temos muitas capacidades para colaborar além de nossas fronteiras. Precisamos ser atuantes nas causas que nos interessam, sejam elas relacionadas ao meio ambiente, aos direitos humanos, à conquista da paz ou em defesa de qualquer minoria. É preciso questionar, dialogar, mas acima de tudo, mudar nossa atitude e fazer mais pelo nosso planeta e pelas pessoas que vivem nele. Toda pequena ação, desde a separação do lixo em casa até participar de um concurso como este, resultam positivamente para todos nós’’, destaca.

Para ele, saber outros idiomas hoje em dia ”significa estar preparado para interpretar e compreender os desafios da globalização”.

‘’A globalização é uma realidade. Vivemos em uma era de interdependência onde tudo o que acontece no mundo, em menor ou maior escala, acaba resultando de alguma forma em nossas vidas. Falar outros idiomas é ganhar voz; implica em conhecer novas culturas, e isso por si só nos torna mais tolerantes às diferenças e contribui para a evolução de nossa sociedade, promovendo a cidadania global e o entendimento cultural”, frisa.

Para se candidatar à edição deste ano, os participantes precisam ser estudantes universitários, ter mais de 18 anos e autorização formal de um membro da faculdade ou administrador universitário para participar.

É necessário que a redação enviada seja escrita em um dos seis idiomas oficiais da ONU, que seja diferente do idioma materno e da língua na qual recebeu educação primária e secundária.

Cada vencedor terá direito a uma viagem paga para Boston e Nova Iorque no período da conferência. Os custos com passagem aérea, acomodações e alimentação serão pagos pela ELS Educational Services.

‘’Minha dica para os que querem se inscrever é a mais clichê possível: falem do que vocês sabem. Pode incluir dados, referências bibliográficas e o que mais quiserem, mas é fundamental que mostre como a experiência de aprender outro idioma impactou você. Se esse impacto se relacionar com a Agenda 2030, melhor ainda. Aliando esses dois pontos, acho que é possível criar um texto com relevância mas com seu ‘toque especial’’’, aconselha Ellen.

Fonte: ONU BR

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