Clube Poliglota reúne amantes de idiomas para conversas em outras línguas

Trupe de Maceió se reúne duas vezes por mês; feira acontece na capital alagoana para ensinar iniciantes

Clube Poliglota se reúne para bate-papo em outras línguas

FOTO: DIVULGAÇÃO

Eles se encontram duas vezes por mês e, quando estão juntos, todas as línguas são permitidas. É mais ou menos assim que funciona o Clube Poliglota de Maceió, surgido em  2013 a partir de encontros para a prática de inglês, os chamados English Meetings. Seria no ano seguinte, porém, que todos os idiomas passariam a ser bem vindos.

Danilo Belo Daniel é fundador da iniciativa e conta que a ideia surgiu a partir da necessidade de praticar “Foi devido à necessidade de praticar inglês, sendo que não tinha muita oportunidade para isso aqui em Maceió e, como todos nós sabemos se não praticarmos algum idioma vamos esquecendo gradativamente do que aprendemos”.

A inspiração veio do Clube Poliglota de Brasília, que o funcionário público de 34 anos conheceu também em 2014. Hoje, a unidade da capital alagoana já faz parte de um grande grupo de organizadores de todo o Brasil, que inclui cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Belo Horizonte, entre outras – uma outra está sendo organizada pelo integrante Tom Guimarães em Penedo.

O alagoano explica que os encontros, geralmente em restaurantes, são informais e os participantes podem se organizar para praticar diferentes idiomas. Os grupos são formados de acordo com a língua falada – até a Língua Brasileira de Sinais, a Libras, entra no meio – e bandeirinhas são colocadas sobre as mesas para que a trupe seja identificada.

Bandeirinhas são colocadas nas mesas para identificar a trupe

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Por aqui, as reuniões acontecem sempre aos terceiros domingos do mês, no Café São Braz Ponta Verde, e nas últimas quartas-feiras, no restaurante Arrí, quando são realizadas as chamadas Happy Hour Poliglotas. Ah, e uma boa notícia: para participar não precisa ser poliglota – basta apenas querer conversar em algum idioma.

“Sabendo que o grupo existe, e dos eventos, é só chegar e conversar com pessoas que também tem o interesse em falar outros idiomas. Geralmente o idioma que predomina é o inglês, mas existe a rodinha de pessoas falando em espanhol, e eventualmente francês, italiano, libras, japones, alemão, russo, coreano, mandarim?”, diz a participante Kátia Caldas.

Já o criador diz que o diálogo não fica confuso. “Pode parecer confuso, mas já nos acostumamos. Em cada encontro tem pessoas que ajudam na organização, os hosts. Eles são responsáveis para organizar os grupos e procurar pessoas que queiram falar idiomas diferentes para separar os locais onde cada um vai ficar”, aponta Danilo.

Aí entra a divisão imaginária da sala e, com ela, cada grupo pode falar no idioma que escolher. Quem quiser participar de um deles é só se juntar e começar a conversa. Em geral, de 25 a 30 pessoas participam das ações aos domingos. Já às quartas, vão de 12 a 15. De vez em quando, alguns estrangeiros também comparecem.

Kátia, que fala inglês, espanhol, alemão (iniciante) e russo (iniciante) é uma das hosts e aponta que o interesse de progredir com “mais empolgação” e fazer amizades estão entre as finalidades da trupe. A socialização é um ponto chave – para setembro, por exemplo, ela organizou uma sessão especial de cinema, com descontos para quem integra o clube.

Reuniões acontecem uma quarta-feira e um domingo por mês

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Uma feira também está sendo organizada para iniciantes. Nela, aulas introdutórias de inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, japonês, mandarim, russo e Libras. A iniciativa será voltada apenas para quem estiver interessado em aprender. Além disso, também será possível conhecer mais sobre a cultura dos países em questão.

Os grupos de outros estados não costumam se encontrar, mas Danilo conta que um grupo no Whatsapp reúne todo mundo para que possam trocar ideias. “Porém, alguns clubes de cidades próximas se encontram às vezes”, explica ele, acrescentando que, em outubro, estarão todos juntos na conferência nacional Poliglotar.

O evento acontece em Fortaleza, no Ceará, e está sendo organizado pelo clube poliglota loca. “Terá a participação de várias pessoas relevantes no mundo do aprendizado de idiomas. Serão realizadas palestras e outras programações que envolverá  participação dos organizadores de encontros poliglotas também”.

Fluente em inglês e espanhol e arranhando no alemão, o alagoano conta que só enxerga benefícios na iniciativa. “O principal benefício do clube poliglota é ter mais confiança quando falo em outros idiomas. Além disso, tenho a oportunidade de conhecer pessoas que têm o mesmo objetivo e fazer amizades. É uma troca de experiências muito válida”.

Kátia considera a experiência é enriquecedora. “Eu acredito que poucas coisas são mais enriquecedoras do que reunir pessoas diferentes com um mesmo propósito, abertas a aprender. Isso gera não só amizades inesperadas, mas oportunidades de parceria, e frequentemente encontro com nativos de diversas partes do mundo que estão de passagem pela cidade, ou mesmo moram aqui e querem se juntar a nós”.

Além de brasileiros, encontros reúnem também estrangeiros

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Fonte: Gazeta Web

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